A serra de Santa Luzia, em Viana do Castelo, tem os seus acessos controlados por militares do Exército que, até 28 de setembro, poderão identificar e proibir a passagem, no âmbito de uma operação contra incêndios florestais.
Segundo a informação hoje avançada pelo comandante da Escola Prática de Serviços (EPS), responsável pela operação, “todos os acessos à serra estão controlados”, nomeadamente o maciço central, “existindo informação visual e as devidas barreiras físicas”.
“Sempre que as equipas de patrulhamento intercetam alguém dentro das áreas de acesso restrito, devidamente identificadas e balizadas pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, as pessoas são identificadas e a informação comunicada às entidades competentes”, explicou à Agência Lusa o coronel Lopes Cardoso.
No âmbito desta operação, que arrancou a 02 de julho e decorre durante o período crítico dos incêndios florestais, apenas será permitido o acesso às áreas “restritas” aos proprietários de terrenos, “nomeadamente nos dias de maior risco de incêndio”, sendo os mesmos alertados para alguns tipos de comportamentos que têm de evitar.
A informação de identificação recolhida pelos militares poderá depois ser utilizada pelas autoridades policiais na investigação de eventuais focos de origem criminosa que possam ser detetados.
“A identificação está devidamente salvaguardada nos normativos legais que preveem o empenhamento das Forças Armadas em missões desta natureza”, apontou.
Em 2011, numa primeira experiência do género, a pedido da Câmara Municipal de Viana do Castelo, os militares identificaram, em cerca de um mês, 150 pessoas e os focos de incêndio foram praticamente nulos.
“De uma forma geral, as pessoas reagiram bem ao pedido de identificação por parte dos militares, tendo sido poucas as situações em que as pessoas intercetadas tiveram reação de forma menos correta. Mas não se verificou qualquer incidente”, esclarece Lopes Cardoso.
Os fogos naquela serra, durante o período em que se desenvolveu esta operação em 2011, foram praticamente nulos e “não passaram de pequenos incêndios, fruto da rápida deteção e pronto combate”, garantiu ainda o comandante da EPS, unidade do Exército com sede na Póvoa de Varzim e que, para esta operação, acordada com a autarquia local, disponibiliza, em várias funções, cerca de 15 militares.
A identificação do acesso à serra está prevista nomeadamente em pontos das freguesias de Areosa, Carreço, Afife, Freixieiro de Soutelo, Perre e Meadela.
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