Banhos com leite de cabra puro ou jantares debaixo de uma vinha são alguns dos “mimos” proporcionados por um hotel de Ponte de Lima, esta segunda-feira visitado e elogiado pela secretária de Estado do Turismo.
No Carmo’s Boutique Hotel, um “cinco estrelas” instalado num espaço rural, é ainda possível dormir a sesta numa das camas espalhadas pelo espaço relvado exterior, além de “não haver horas marcadas” para tomar o pequeno-almoço ou para jantar.
“O cliente é que escolhe a hora, porque aqui a ideia é que as pessoas se sintam literalmente em casa”, disse a diretora do hotel, Maria do Carmo Fernandes, sublinhando que se trata de um “hotel de luxo de mimos”.
Ligada à aromaterapia e ao rejuvenescimento, a unidade hoteleira apresenta como principal novidade os banhos com leite de cabra puro.
Numa banheira com capacidade para 320 litros, são despejados 15 a 16 quilos de pó de leite de cabra puro, a que se junta uma “quantidade grande” de outros nutrientes e óleos essenciais biológicos.
Um banho que, como admitiu Maria do Carmo, se destina a um “segmento mais elevado”, já que fica por 280 euros.
O leite tem de se importado da Holanda, porque Portugal não tem capacidade de resposta.
“Não faz milagres, mas ajuda muito, se aliado a uma alimentação à base de cabra”, referiu, lembrando que são muitas as atrizes de cinema que recorrem àqueles banhos.
De resto, todo o hotel aposta na “diferença”, desde logo porque não há dois quartos iguais.
Há póneis para os hóspedes mais pequenos e cavalos para os mais crescidos, disponibiliza passeios de charrete pela ecovia existente nas margens do rio Lima, dá fado aos clientes que estão na sauna.
“Há clientes que estão na sauna e nos pedem champanhe e presunto e nós levamos, naturalmente. Porque, aqui, o cliente é quem manda”, disse Maria do Carmo.
A gastronomia e os vinhos são todos portugueses, assim como portuguesa é a assinatura do mobiliário.
À noite, o espaço exterior fica “em fogo”, com candelabros cheios de vela e o lume aceso.
O bar fica aberto toda a noite à disposição dos hóspedes, para tomarem “aquele” café quentinho ou degustarem um bolo ou uns biscoitos.
A funcionar desde maio, o hotel significou um investimento de 2,2 milhões de euros e tem nos estrangeiros, sobretudo ingleses e franceses, os seus principais clientes.
Dispõe de 12 quartos e três suítes, com uma taxa de ocupação que ultrapassou, em agosto, os 90 por cento.
Uma noite numa suíte, no verão, que inclui jantar e pequeno-almoço, custa 320 euros.
“O que é curioso é que, mesmo com a crise que se vive, os clientes acham barato”, acentuou Maria do Carmo.
Um investimento hoje elogiado pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, que destacou a “enorme capacidade de diferenciação” do hotel.
“É um conceito novo, difícil de replicar noutro sítio qualquer. Vem em todos os manuais da economia que a melhor forma de competir é oferecer uma coisa que é única”, afirmou.
A governante acrescentou que Portugal “precisa muito destes investimentos” para sair da crise.
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