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Galiza

Galiza: Menina de 7 anos e homem hospitalizados após picada de caravela-portuguesa

21 Agosto, 2025 - 06:14

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A caravela-portuguesa não se move – flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes.

Uma menina de sete anos e um homem tiveram de ser hospitalizados após terem sido picados por uma caravela-portuguesa (Physalia physalis), na Galiza.

 

Os dois episódios ocorreram em praias diferentes.

 

A caravela-portuguesa, uma colónia de organismos da classe dos hidrozoários semelhante na aparência a uma alforreca, é uma perigosa espécie gelatinosa.

 

Por cá, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emite avisos constantes à população para não lhes tocar.

 

Em circunstâncias que se desconhecem, numa praia em Porto do Son, a menina terá tocado num desses exemplares. O mesmo aconteceu a um homem, numa outra praia, no concelho de Xove.

 

Segundo o jornal G24, o homem ignorou mesmo a bandeira vermelha na praia hasteada devido à já detetada presença destas gelatinosas no mar.

 

As caravelas podem causar lesões severas na pele, semelhantes a queimaduras, mesmo depois de mortas.

 

Em caso de contacto acidental com uma caravela-portuguesa o IPMA aconselha a lavagem do local afetado com água do mar mas sem esfregar, a remoção de possíveis vestígios de tentáculos e a aplicação de compressas quentes ou vinagre, durante 20 minutos. E consultar um médico.

 

 

Cuidados a ter

Não toque nestas gelatinosas.

 

Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais.

 

Estas espécies têm células chamadas cnidócitos usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais. Os cnidócitos encontram se essencialmente nos tentáculos.

 

No caso dos humanos, o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada.

 

Os cnidócitos permanecem ativos mesmo quando os animais estão mortos na areia da praia.

 

A maioria dos contactos é acidental e ocorrem na praia. Por isso, é importante que os frequentadores das praias evitem tocar nos organismos arrojados especialmente nos tentáculos.

 

 

 

[crédito fotografia: GelAvista]

 

 

O que fazer?

Se avistar uma (ou várias) caravela-portuguesa na praia, deve alertar de imediato os responsáveis pela segurança da praia. Neste caso, apela o GelAvista, os nadadores-salvadores.

 

Se tiver tocado em alguma: 

  • Lave a zona afetada com água do mar, sem esfregar;
  • Remova com uma pinça os possíveis vestígios do organismo que possam estar na pele

 

 

Não faça isto:

  • Não usar água doce, álcool, ou amónia;
  • Não usar ligaduras ou pensos rápidos.

 

 

Após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:

  • Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos;
  • Aplicar vinagre sem diluir;
  • Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

 

 

Vale referir que a caravela-portuguesa não se move – flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes com a finalidade de capturar peixes para a sua alimentação. Os tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.

 

 

 

[crédito fotografia capa: GelAvista]