A imprensa local desecreve o cenário como uma autêntica “avalanche” aquilo que está a acontecer nas praias de Cangas, na Galiza.
Centenas de caravelas-portuguesas (Physalia physalis) estão a dar à costa em diversos areais muito frequentados por alto-minhotos e portugueses em geral, nomeadamente Sanxenxo, Rodeira, Nerga, e Liméns.
Segundo o jornal Atlántico, esta terça-feira foram recolhidas mais de 150. Número que poderá aumentar hoje e nos próximos dias, segundo as autoridades.
O cenário levou ao hasteamento imediato da bandeira vermelha em algumas destas praias.
Cuidados a ter
Não toque nestas gelatinosas.
Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais.
Estas espécies têm células chamadas cnidócitos usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais. Os cnidócitos encontram se essencialmente nos tentáculos.
No caso dos humanos, o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada.
Os cnidócitos permanecem ativos mesmo quando os animais estão mortos na areia da praia.
A maioria dos contactos é acidental e ocorrem na praia. Por isso, é importante que os frequentadores das praias evitem tocar nos organismos arrojados especialmente nos tentáculos.
Se avistar, alerte
Se avistar uma (ou várias) caravelas-portuguesas na praia, deve alertar de imediato os responsáveis pela segurança da praia. Neste caso, os nadadores-salvadores.
Se tiver tocado em alguma:
Lave a zona afetada com água do mar, sem esfregar. Remova com uma pinça os possíveis vestígios do organismo que possam estar na pele
Não faça isto:
Não usar água doce, álcool, ou amónia;
Não usar ligaduras ou pensos rápidos.
Após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:
Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos. Aplicar vinagre sem diluir.
Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Vale referir que a caravela-portuguesa não se move – flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes com a finalidade de capturar peixes para a sua alimentação.
Os tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.
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