O Estado não tem dinheiro para obras compulsivas no antigo Hospital Psiquiátrico de Paredes de Coura. O aviso foi dado pelo vereador Tiago Cunha na última sessão da Assembleia Municipal. O autarca deixou ainda a garantia de que neste momento o edifício está sob a égide do Estado. Numa reunião decorrida recentemente com o executivo, o sub-director da Direcção Geral do Tesouro e Finanças deixou um pedido à Câmara Courense. “A única coisa pedida pelo sub-director da Direcção Geral [do Tesouro e Finanças] foi que «não nos obriguem a fazer obras compulsivas. Nós não temos dinheiro»”, contou o autarca.
Mesmo sem verbas disponíveis, o Estado mostra-se interessado em encontrar uma solução para o edifício. Mas até que a resposta apareça, a insegurança no local continua. “Quisemos registar, de forma inequívoca, os riscos de segurança que lá existem. O proprietário, estando definido, é responsável por tudo o que lá acontecer. Reportámos por escrito o estado em que o edifício se encontra. Da reunião [com a Direcção Geral do Tesouro e Finanças] resultou a abertura de encontrar uma solução para o edifício. Agendámos nova reunião para dentro de algumas semanas por forma a que o assunto não esmoreça”, referiu o vereador.
Esta é uma questão que se arrasta há vários anos. O antigo hospital está desactivado desde 2002. Os portões tiveram de levar um cadeado em 2007 para evitar mais roubos de material no interior.
Construída na primeira metade do século passado, aquela unidade foi inicialmente utilizada como sanatório, tendo depois passado a hospital psiquiátrico sob a alçada do hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo.
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