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“Tenho esperança de que esta ilha venha a ser no futuro um grande pólo de atração turística”

21 Maio, 2021 - 15:49

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PUB “Tenho esperança de que esta ilha espiritual, esta ilha que foi um foco de esperança durante tantos séculos, venha a ser no futuro um grande pólo de atração turística”. […]

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“Tenho esperança de que esta ilha espiritual, esta ilha que foi um foco de esperança durante tantos séculos, venha a ser no futuro um grande pólo de atração turística”. A frase foi dita pelo historiador José Hermano Saraiva, há 21 anos, num episódio da série de programas Horizontes da Memória gravado em Caminha.

Ao longo do episódio, o já falecido comunicador televisivo recorda vários episódios e factos históricos relacionados com as origens desta vila alto-minhota. Não esquece a imagem de Santa Maria da Ínsua, também conhecida com Nª Srª da Boa Viagem onde realça que “tem pelo menos 500 anos”.

No entanto, grande parte do programa é centrada no Forte da Ínsua. José Hermano Saraiva percorre vários momentos que marcaram a história desta fortificação e, na reta final, mostra-se bastante preocupado com o estado de degradação a que chegou. Mas antevê um futuro risonho, visto que naquele ano já havia sinais de recuperação da estrutura.

José Hermano Saraiva faleceu em 2012. Foi definido por alguns órgãos de comunicação social como “o homem que sabia mais que o Google”.

 

Veja ou recorde o episódio de Horizontes da Memória gravado em Caminha

 

 

Esperança concretizada

 

 

Nove anos depois, a esperança do historiador concretizou-se. Em pouco mais de dois anos, irá nascer no Forte da Ínsua uma unidade hoteleira, restaurante, bar, piscina e equipamentos de apoio.

No próximo ano, a empresa responsável conta ter já uma embarcação própria e iniciar a construção, que se prolongará pelo ano de 2023, prevendo-se a inauguração do complexo para 2024. Será um investimento de 6,5 milhões de euros.

O Forte da Ínsua, localizado no ilhéu da Ínsua, na freguesia de Moledo e Cristelo, está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Este ilhéu foi inicialmente ocupado por uma comunidade franciscana no século XIV, altura em que construíram o convento de Santa Maria da Ínsua. Também deste período deverá datar a primeira fortaleza, mas da qual nada resta. A fortaleza tal como hoje a conhecemos data do século XVII, do reinado de D. João IV.

O Forte de planta em estrela irregular, com cinco baluartes e revelim, integra no seu interior o convento franciscano, ampliado em 1676.

Em volta da Praça de Armas desenvolvem-se as edificações aquarteladas e o convento, de estrutura austera, com igreja de planta longitudinal de única nave, com abóbadas de berço, sacristia e claustro. As alas do claustro são compostas por colunatas jónicas. O poço existente é um dos três únicos no mundo que se localizam no mar e são de água potável.

Localiza-se na Ínsua de Santo Isidro, como referimos na freguesia de Moledo e Cristelo, concelho de Caminha, a sul da Foz do Rio Minho.

 

[Fotografias: Screens / RTP Memória]

 

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