O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo considera que o aumento do IVA para 23 por cento traduz uma "machadada enorme" para a restauração do distrito. Luís Ceia admite que alguns restaurantes poderão estar em risco, numa altura em que muitos empresários utilizam já capital pessoal para garantir a sobrevivência e o pagamento de despesas a curto prazo, como salários e facturas da água e luz.
A reacção do representante dos empresários vianense acontece dias depois de o Governo aprovar o aumento da taxa do IVA para o máximo – 23 por cento.
O dirigente da associação vianense considera que esta poderá ser a "gota de água" para muitas empresas do distrito e admite o possível cenário de encerramento de muitas delas e, por consequência, mais despedimentos.
Luís Ceia explica que o quadro de crise no tecido empresarial do distrito só não é mais negativo, porque muitas empresas são familiares.
Ao todo, o distrito de Viana do Castelo integra 22 mil empresas, sendo que 96 por cento das mesmas possuem menos de dez funcionários. Questionado sobre o número de empresas que poderá estar risco, Luís Ceia refere que, até ao momento, não é possivel quantificar.
O Executivo de Pedro Passos Coelho acaba de aprovar o IVA para 23 por cento, um cenário que em muito preocupa os empresários do Alto Minho, em particular o sector da restauração.
De referir que o aumento do IVA também se fez sentir em outros produtos, como as bebidas e as sobremesas lácteas, a batata fresca descascada, os refrigerantes e as manifestações desportivas (caso dos bilhetes para os jogos de futebol).
Passam ainda 23%, as conservas de frutas, frutos e produtos hortícolas, óleos e margarinas alimentares, o café, pizzas e as refeições prontas a consumir, seja em regime de pronto a comer ou de entrega ao domicílio.
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