“São 10 anos a dar a conhecer ao mundo, a partir de Melgaço, um cinema que procura fazer esta reflexão sobre a identidade de memória e fronteira”.
As palavras foram deixadas aos jornalistas esta segunda-feira pelo Presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, no arranque da 10ª edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário.
O evento vai prolongar-se até 4 de agosto.
“Durante esta semana, as pessoas poderão ver em Melgaço cinema documental do melhor que se faz no mundo inteiro e que chega até Melgaço porque os vários realizadores se candidatam aos prémios que este festival tem. São mais de 30 produções cinematográficas a ser exibidas”, destacou.
Em síntese, Manoel Batista mostra “um orgulho enorme em ter percorrido estes 10 anos. Em ter proporcionado ao País e ao mundo um festival de grande qualidade”, que surgiu em 2014.
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
“Os grandes críticos dizem que é um dos melhores do País… o terceiro melhor do País, dizem uns… dentro dos três melhores do País, dizem outros e há quem diga que é o melhor festival de documentário do País”, prosseguiu Batista para quem o mais importante “é oferecer num território de interior aquilo que é oferecido nas grandes metrópoles e fazer prova de que grande cultura e grandes eventos ligados ao cinema são possíveis fora de grandes capitais”.
“Temos tudo isto porque fomos capazes de cativar e de ser cativados por Jean-Loup Passek, que deixou a Melgaço um espólio de valor incalculável que nos permite ter o Museu do Cinema e que nos permitiu alavancar o festival”, sublinhou.
A questão palestiniana, os direitos humanos, as migrações, o colonialismo, o ambiente, as questões de género são os temas centrais numa edição comemorativa que fica marcada com 22 estreias no grande ecrã, destas três são estreias nacionais, a saber: “A Savana e a Montanha”, a terceira longa metragem de Paulo Carneiro; “Um Mergulho em Água Fria” de Raquel Loureiro Marques e “Couto Mixto” de João Gomes.
Há 31 filmes a concurso no MDOC: 21 longas-metragens e 10 curtas e médias-metragens.
À seleção de filmes a concurso, junta-se um programa paralelo: oficina de documentário, residências de cinema e fotografia, masterclass, análise de um filme documentário de referência, estreia de seis exposições, curso de verão, conversas com realizadores e ainda o habitual CINEférias e o Salto a Melgaço (que inclui, nos dias 3 e 4 de agosto, a projeção de filmes, visita a exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek, ao Espaço Memória e Fronteira e às Termas de Melgaço).
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