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“Os cerveirenses merecem mais, merecem um projeto, um executivo que zele pelos seus interesses, que os defenda nos cenários de adversidade”. Em tom implacável e de baterias apontadas ao atual Executivo independente liderado por Fernando Nogueira, foi desta forma que o PS de Vila Nova de Cerveira reagiu este domingo à saída de duas dependências bancárias do concelho.
Em comunicado, a concelhia socialista começa por puxar a fita atrás. Em 2013, o PS perdeu a Câmara para os independentes do PenCe [Pensar Cerveira]. A equipa liderada por Fernando Nogueira voltou a conquistar nova vitória em 2017, colocando novamente o PS como segunda força política mais votada em Vila Nova de Cerveira.
“Este executivo independente herdou uma Câmara com identidade e reconhecimento público, financeiramente estabilizada e com um plano estratégico bem definido nas várias dimensões, urbanística, cultural, económica e Social, um concelho dinâmico, com forte identidade”, aponta a concelhia socialista.
No entanto, considera a estrutura, “ao ao longo dos últimos 7 anos, imperou a ausência de estratégia, ausência de dinâmica e falta de diplomacia Institucional e económica. A Câmara tem assim desbaratado todo o capital que Vila Nova de Cerveira havia acumulado”.
“Autarquia fica impávida e serena!”
Os socialistas traçam um cenário desolador sobre o panorama económico do concelho de Vila Nova de Cerveira. “Ao longo dos últimos meses foram vários os serviços parcial ou totalmente encerrados: primeiro o Millenium-BCP, agora foi anunciado o encerramento da sucursal do Santander para 20 de novembro, a agência da Caixa Geral de Depósitos depende da agência de Caminha, antecipando assim o seu encerramento”, lamentam.
Mas há mais. “A repartição de finanças já não aceita pagamentos e atende por marcação, e fica a duvida sobre um eventual encerramento”, questiona o PS que se mostra também preocupado com o comércio local.
“Tem sido esquecido e desprotegido pela atuação deste executivo, com a abertura de uma grande superfície comercial na Vila, o surgimento de armazéns na entrada do município, a ausência de investimento no mercado municipal e a entrega a privados de um património publico que deveria ser dinamizado pela Câmara Municipal”, dispara o partido.
Estratégia do banco para emagrecer estrutura é “meia verdade”
Para o PS, a justificação que o banco Santander terá dado para deixar Vila Nova de Cerveira é “apenas uma meia verdade”. Emagrecer a estrutura fechando sucursais é um argumento que não colhe na totalidade junto dos socialistas, “caso contrário nos concelhos vizinhos também teria encerrado”.
Então porquê Vila Nova de Cerveira? O partido responde à questão… com mais questões: “O que faz uma entidade que presta serviços essenciais abandonar um concelho em detrimento de outro? Qual tem sido a preocupação da autarquia? O que tem feito para evitar que o banco saia do concelho? Vai fazer um mero comunicado de lamento, como na anterior situação?”
“Os erros estratégicos têm sido recorrentes: encerram dois bancos e a autarquia fica impávida e serena!!”, lamentam os socialistas.
PS não perdoa adesão à AdAM
No topo da lista dos pecados cometidos pela maioria independente está, previsivelmente, a adesão à empresa Águas do Alto Minho. “Aderem a uma parceria para gestão das águas e além do forte aumento de preços que todos sentimos ainda somos confrontados com um serviço que tem tido pouca qualidade!”, considera o PS.
E há também as estradas. “Para o ano (ano de eleições) prometem gastar um milhão em repavimentação de estradas, mas gastaram mais de 140.000 euros numa praceta! Então o que era mais prioritário: a praceta ou as estradas?”, questionam os socialistas. “Ou será que vale tudo para ganhar mais uns votos? Os cerveirenses não terão memória curta”, finaliza o PS.
[Fotografia: Arquivo / DR]
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