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Caminha/Moledo: Mar já consegue ‘tocar’ no Moinho e impressiona turistas [c/VÍDEO]

22 Dezembro, 2019 - 18:01

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Vários turistas mostraram-se impressionados com o estado em que ficou a praia de Moledo após os últimos dias de mau tempo em todo o Alto Minho. A depressão Elsa foi a mais gravosa. Vento, chuva e forte ondulação acabaram por deixar à vista enormes tubos de geotêxtil, enchidos com areia, colocados há cinco anos durante as obras de reforço e recuperação daquela praia do concelho de Caminha.

A intervenção feita em 2014, inserida no Plano de Acção de Valorização e Proteção do Litoral 2012-2015, previu diferentes ações. Entre elas o reforço da duna primária, dotando-a de um núcleo artificial “resistente”. Na altura, foi considerada uma ação inovadora, ao colocar tubos de geotêxtil de grande dimensão, entre os três e os sete metros, preenchidos com areia de forma a serem capazes de reter o material sedimentar.

No entanto, esta “resistência” está agora em risco. Em perigo também está o pinhal a escassos metros dos contentores de areia. 

De acordo com os especialistas, a erosão costeira pode trazer diversas consequências. Entre elas a perda do valor paisagístico, consequentemente, do potencial turístico de uma região. 

A Rádio Vale do Minho esteve este domingo no local e constatou que a ondulação marítima já consegue alcançar o moinho. Algo impensável quando a praia tinha uma aparência adequada ao termo.

Um domingo em que vários locais e turistas passaram pela praia e se mostraram impressionados, sobretudo pelo facto de que a faixa de rodagem fica escassos metros daquele moinho.

 

Presidente da Câmara garante que não existem riscos

 

O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, assegurou já que não existem quaisquer riscos na praia de Moledo. Após o alerta dado pela Rádio Vale do Minho perante o avanço do mar e com a todalidade dos tubos de geotêxtil à vista, o autarca socialista referiu ao jornal O Caminhense que a intervenção feita em 2014 foi pensada para aguentar os impactos do mar.

“Eu percebo naturalmente a preocupação das pessoas. Temos tido problemas com o mau tempo e temos tido problemas de erosão em toda a nossa costa”, disse o presidente da Câmara.

“Mas o que está a acontecer é aquilo que supostamente devia acontecer. Em virtude deste mau tempo, alguma areia foi retirada pelo mar. Estes geocilindros ficaram a descoberto”.

No entanto, assegura o autarca, “estão preparados para resistir às altas pressões feitas pelo mar. Estão também preparados, como é o caso, para serem colocados a nu para que depois – quando o tempo melhorar – possam voltar a ser cobertos com areia. E no limite, se eles romperem, a areia que eles contêm ficará no local não havendo contaminação de nenhuma espécie nem qualquer perigo para obras públicas”.

De acordo com os especialistas, a erosão costeira pode trazer diversas consequências. Entre elas a perda do valor paisagístico, consequentemente, do potencial turístico de uma região. 

A maioria dos autores acredita que a principal causa está relacionada à elevação do nível do mar durante o último século. Mas o homem não está totalmente isento de culpas.

De acordo com os dados mais recentes, aproximadamente 20% da rede de costas de todo planeta são formadas por praias arenosas. Destas, 70% encontram-se em predominante processo de erosão.

 

Veja vídeo:

 

 

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