A Câmara de Viana do Castelo vai investir mais de 3,6 milhões de euros em intervenções de poupança energética em vários equipamentos públicos que poderão representar um corte de cerca de 600 mil euros na fatura anuai.
A iniciativa foi avançada à agência Lusa pelo presidente da autarquia, José Maria Costa, que assumiu o objetivo de "poupar na conta corrente do município para investir noutras áreas", tendo em conta os cortes nas dotações orçamentais.
A maior fatia do investimento, pouco mais de um milhão de euros, passa pela implementação de melhorias nos sistemas de aquecimento de água e isolamento térmico dos edifícios dos pavilhões desportivos municipais de Monserrate, Santa Maria Maior e Santa Marta de Portuzelo, estimando-se uma poupança anual de 95 mil euros.
Na implementação de painéis fotovoltaicos em 38 instalações municipais para a produção e venda de energia elétrica a autarquia vai investir 950 mil euros, esperando um retorno financeiro anual de 105 mil euros.
Em termos de iluminação pública serão gastos 786 mil euros na instalação de 18 reguladores de fluxo na cidade e 39 nas freguesias, bem como na instalação de balastros com regulação pré-definida nas luminárias existentes, o que gerará uma poupança estimada de 112 mil euros por ano.
Outra das intervenções, em fase de conclusão, passa pela implementação de melhorias no sistema de aquecimento de águas e tratamento de ar das três piscinas municipais, onde foram investidos 542 mil euros para uma poupança anual de 75 mil euros.
Estão ainda previstos neste programa, a implementar até 2012, cerca de 282 mil euros na redução de consumos, controlo de temperaturas e diminuição do tempo de funcionamento de equipamentos de ar condicionado em instalações municipais, possibilitando uma poupança anual estimada de 188 mil euros.
Entre outros investimentos, a autarquia planeia ainda substituir todas as lâmpadas dos semáforos de trânsito por equipamentos LED (diodo emissor de luz), investindo neste processo 10 mil euros para poupar, nos consumos, 3.200 euros todos os anos.
No total, estes investimentos vão custar à autarquia 3,6 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários, e deverão gerar um retorno, através da poupança nos consumos e na produção de eletricidade, de 598 mil euros por ano.
"Para quem tem muitas infraestruturas públicas, como é o caso das câmaras municipais, o custo com a fatura de energia é muito elevado, daí a importância de criar condições para reduzir consumos e aumentar a eficiência", concluiu José Maria Costa.
FONTE: LUSA
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