Emília Cerqueira é a candidata pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Paredes de Coura nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro.
Em entrevista à Rádio Vale do Minho, a candidata considera que a gestão socialista tem sido marcada “pelo conformismo e pela inércia”. Pretende, por isso, “um futuro melhor para os courenses”
Rádio Vale do Minho (RVM) – Qual ou quais as razões que a levam a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal?
Emília Cerqueira (EC) – A principal razão pela qual aceitei foi porque acredito que, com a minha experiência e com o conhecimento que acumulei ao longo de 10 anos como deputada à Assembleia da República, posso realmente trazer uma nova abordagem ao desenvolvimento de Paredes de Coura.
Mais ousada, mais moderna, que tire este território do marasmo em que se encontra, fruto de décadas de governação socialista e aposte seriamente no seu potencial humano, ambiental, turístico, histórico, cultural, industrial, rural, por forma a conquistar o lugar onde devia e merece estar.
RVM – Que balanço faz do anterior mandato?
EC – O anterior mandato é o corolário dum ciclo de 12 anos marcado pelo conformismo e pela inércia em relação às reais necessidades das pessoas e do território.
Com isto não quero obviamente dizer que nada foi feito, porque foi, e acredito que o executivo fez o melhor que podia e sabia, mas, tirando a aposta nas zonas industriais, que saúdo, a grande marca é o conformismo e a estagnação.
RVM – Que medidas propõe ao nível da habitação?
EC – A falta de oferta de habitação é hoje um dos maiores problemas com que confronta o país e que afeta sobretudo os mais jovens que, não raras vezes, se vêm impossibilitados de constituir família por não conseguirem custear os
preços de mercado.
Para fazer face a este grave problema daremos prioridade à criação de soluções efetivas de habitação para os courenses través da aposta: Por um lado: Na simplificação dos licenciamentos para novas habitações privadas, ou para reabilitação das já existentes e, por outro lado: Na criação de habitação para arrendamento jovem por forma a criar condições para que os jovens courenses aqui possam constituir as suas famílias e fixar-se no concelho. No apoio à requalificação de habitações nas aldeias para estimular a fixação nas zonas rurais e combater o êxodo para os grandes centros urbanos ou para os concelhos vizinhos.
RVM – Que propostas tem para a indústria?
EC – No que se refere à atração de investimentos para as zonas industriais iremos manter e reforçar a política atual de atração de investimentos, bem como dar continuidade à construção da nova zona industrial. Continuaremos a ser um município amigo das grandes empresas.
RVM – E para o comércio tradicional?
EC – Para as pequenas e microempresas, constituídas essencialmente por pequenos comércios, serviços e pequenas indústrias, têm sido votadas ao esquecimento por parte do poder atual.
Para nós essas empresas são fundamentais para o desenvolvimento económico local, para a fixação de pessoas, para criação de riqueza e para a dinamização da vila e freguesias, por isso criaremos um gabinete técnico especializado que forneça apoio técnico e tecnológico para a requalificação e modernização, bem como apoiaremos esses projetos através da redução ou isenção das taxas municipais.
RVM – Que ideias tem para a saúde?
EC – O acesso fácil à saúde por todos é fundamental pelo que iremos proceder às tão necessárias obras de reabilitação do Centro de Saúde, pugnar pela abertura do SAP 24 horas, mas também iremos apostar numa saúde de proximidade, através de protocolo com as juntas de freguesia, garantir consultas médicas ou de enfermagem em todas as freguesias, por forma a garantir que, especialmente as pessoas mais idosas, acedam a pequenos tratamentos e exames sem necessidade de se deslocarem á vila.
RVM – Que propostas tem para a cultura e desporto?
EC – Para além do incontornável Festival de Paredes de Coura, iremos profissionalizar a oferta cultural por forma a torná-la permanente e variada, com o Centro cultural no epicentro da oferta cultural, através da aposta em eventos
variados, desde música, dança, pintura, fotografia, teatro, descentralizar pelas freguesias oferta cultural para garantir que a cultura é para todos independentemente de viverem na vila ou na aldeia.
Manter e reforçar a oferta cultural relacionada com as nossas tradições, nomeadamente através de feiras mostra, festivais gastronómicos, feiras de artes e ofícios, bem como divulgar as tradições e o que de melhor se faz em Paredes de Coura lá fora.
No que concerne ao desporto iremos manter uma estreita colaboração com as associações e proceder à manutenção e reabilitação das estruturas destinadas à prática de desporto que se encontram em avançado estado de degradação
ou abandono nas freguesias.
RVM – A população de Paredes de Coura tem vindo a diminuir? Que medidas para inverter este ciclo?
EC – Embora seja necessária uma visão holística e multissetorial para fazer face a um dos maiores desafios com que se debate o concelho, a prioridade tem de passar, nomeadamente, por criar condições de atratividade, como sejam oferta de habitação quer privada, quer a preços controlados, estímulos à economia local através da atração de novos investimentos e de ajuda à modernização dos equipamentos já existentes, reforço da oferta de creches junto às zonas
industriais, melhoria das acessibilidades e da mobilidade, para que os jovens sintam que vale a pena viver e constituir família em Paredes de Coura.
RVM – Que papel tem hoje o Festival de Paredes de Coura no concelho?
EC – O Festival de Paredes de Coura é, sem dúvida, um evento incontornável do concelho e sem dúvida o momento em que o concelho se torna o palco do que de melhor se faz em Portugal, colocando o Tabuão por uns dias na centralidade da cena musical nacional, para além disso tem um papel muito importante na divulgação do concelho a nível nacional e internacional.
RVM – Que mensagem deixa ao eleitorado?
EC – A todos os courenses, os que aqui residem e aos que se encontram espalhados por toda a diáspora, gostaria de deixar uma mensagem muito clara e direta: se estão cansados do marasmo, do conformismo, de ver Paredes de Coura a ficar para trás e acham que é necessária uma mudança, votem no PSD.
Somos o único projeto que se apresenta a eleições com um programa verdadeiramente alternativo, ousado e com visão de futuro para criar um futuro melhor para os courenses, e com uma equipa, que tenho a honra de liderar, competente, ousada, resiliente, inconformada e preparada para fazer mais e melhor.
[N.R – A Rádio Vale do Minho enviou, via email, 10 questões a todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal deste concelho nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro. São publicadas as respostas daqueles que aceitaram o nosso repto]
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