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Autárquicas 2025

Autárquicas 25/ENTREVISTA: António Barbosa, candidato pelo PSD à Câmara de Monção

9 Outubro, 2025 - 01:25

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Autárquicas 2025.

António Barbosa é o candidato pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Monção nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro.

 

Em entrevista à Rádio Vale do Minho, o candidato mostra-se orgulhoso do trabalho feito nos últimos oito anos como Presidente da Câmara. Mas quer mais. Há um Pavilhão Multiusos e umas Piscinas Termais à espreita e, caso seja eleito, garante que a próxima edição da Feira do Alvarinho vai levar “uma volta radical”.

 

 

 

 

Rádio Vale do Minho (RVM) – Qual ou quais as razões que o levam a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal?

António Barbosa (AB) – Monção. Isto depois de três candidaturas. Uma delas perdedora, mas eu diria que foi ganhadora porque foi a partir daí que o projeto se alicerçou… que mais gente começou a acreditar e que pudemos transfomar definitivamente o território.

 

Há projetos estruturantes que quero ver feitos no terreno.

 

 

 

RVM – Que balanço faz do anterior mandato?

AB – Foi muito marcado pelo investimento feito na rede viária. Quando chegamos ao Município, em 2017, a rede viária por essas freguesias fora estava uma autêntica miséria.

 

Hoje podemos ir até Riba de Mouro ou até Anhões e Luzio, e percebemos que nessa circulação grande parte dos trajetos são estradas novas. São cerca de 20 milhões investidos em rede viária que hoje colocam o cidadão com melhores condições, melhores acessibilidades.

 

Um investimento que responde ao que sempre defendemos: temos de aproximar as freguesias mais longíquas da sede do concelho e dar-lhes condições e segurança rodoviária para que o cidadão não se sinta tão longe do centro.

 

O objetivo passou sempre por criar homogeneidade no território.

 

 

 

RVM – Que medidas propõe ao nível da habitação?

AB – Acredito que o setor privado irá responder em massa perante a procura que hoje o território tem. Comparando 2011 a 2017 [gestão PS] e 2018 a 2024 [gestão PSD], nós mais do que duplicamos o número de novos fogos.

 

Nos seis anos anteriores à nossa entrada foram registados pouco mais de 800 licenciamentos. Connosco, esse número ultrapassou os 2.000 nos seis anos seguintes.

 

Mas aquilo que nos continua a preocupar é um território com cada vez mais procura. O preço da habitação está a ficar fora daquilo a que serão os padrões aos quais estávamos habituados.

 

Isso só se resolve com construção. Nós, o que temos de fazer, é facilitar o licenciamento. Naturalmente dentro das regras, cumprindo a legislação.

 

Temos depois a parte onde o setor público deve entrar: nas questões mais sociais. Falo da construção de mais 32 novas habitações no Bairro da Imaculada Conceição e a reabilitação dos bairros já existentes.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para o comércio tradicional?

AB – Temos uma medida que irá entrar em vigor ainda este ano, que pretendemos replicar nos anos seguintes e de forma permanente, cujo objetivo é darmos uma imagem ao nosso comércio local.

 

Com investimentos até 20 mil euros, iremos pagar 50% da reestruturação desse espaço comercial.

 

O objetivo é que o comerciante esteja mais preparado para os tempos modernos, com lojas mais atrativas, e ao mesmo tempo que vão de encontro ao que está a acontecer no centro histórico: reabilitação.

 

 

 

RVM – Que projetos tem para a indústria?

AB – O Minho Parque está pronto e Messegães também. O nosso objetivo com o Pólo de Messegães será responder às necessidades das empresas locais.

 

Quanto ao Minho Parque, acredito que muito em breve estará de portas abertas para trazer grandes empresas e aquilo em que sempre acreditamos: mais e melhor emprego.

 

Mais emprego qualificado que permita trazer mais massa crítica ao território.

 

 

 

 

RVM – Que ideias tem para a saúde?

AB – Estamos hoje num patamar em que temos de resolver definitivamente os problemas da sáude. Eles passam por uma via estrutural, por uma questão física de reestruturação do nosso Centro de Saúde, dando-lhe melhores condições tornando o edifício mais sustentável e de olhos postos no futuro.

 

Mas preocupa-nos também o que se passa dentro de portas. O nosso Centro de Saúde não tem Tomografia Computorizada (TAC) e há duas hipóteses: ou a ULSAM percebe a importância disso ou o Município irá pagar o equipamento.

 

Vamos tornar aquele espaço, definitivamente, num espaço que pode salvar vidas.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a cultura e desporto?

AB – O Pavilhão Multiusos e as Piscinas Termais são para nós dois projetos estruturantes.

 

O Pavilhão Multiusos vai ter uma vertente económica muito importante. Temos hoje uma necessidade de mais espaços físicos, mas também há a necessidade de um espaço novo e diferenciador em termos culturais.

 

Será um pavilhão com capacidade para 2 mil pessoas. Moderno, com todas as infraestruturas necessárias. Será economia pura e dura para Monção.

 

Passaremos a ter aqui eventos desportivos de relevância tais como hóquei em patins, basquetebol, voleibol, andebol.

 

Mas, para além disso, juntamos a vertente cultural: poderemos ter ali grandes espetáculos, grandes feiras.

 

Quanto às Piscinas Termais, acredito que vão fazer disparar a marca Monção enquanto destino que hoje se afirma das mais variadas formas.

 

Temos hoje um destino que é visitado pela via desportiva, pela via cultural, gastronómica, entre outras.

 

 

 

RVM – Que propostas tem para a educação?

AB – A educação é uma das nossas áreas prioritárias. É um dos vetores mais importantes do nosso território. Falar mais do que fizemos é falar nos resultados: basta perceber onde estava a nossa escola pública em 2017 e perceber onde está a escola pública de Monção volvidos oito anos.

 

Em oito anos, conseguimos pôr a escola pública de Monção no TOP100 nacional. É a 28ª melhor em 308 municípios. Isso deixa-nos orgulhosos. Significa que as coisas estão a correr bem.

 

Mas o que queremos é colocar a escola pública de Monção mais acima e até a competir com privados. Tudo isto conta, para além dos investimentos brutais que temos feito no nosso parque escolar.

 

 

 

RVM – Que futuro para a Feira do Alvarinho?

AB – Está a fazer um caminho de afirmação. Se hoje fosse feito um ranking de grandes eventos nacionais, não tenho dúvidas de que a Feira do Alvarinho estaria lá.

 

Mas acho que falta tudo. Se no próximo mandato cá estivermos, vamos partir outra vez do ponto zero. A Feira do Alvarinho de 2026 vai levar uma volta radical.

 

O evento transformou-se. Uma das coisas que as pessoas gostam mais na Feira do Alvarinho é que é sempre diferente. Cada vez com mais qualidade… mas diferente.

 

Estando eu por cá, diria que podemos olhar com muita expetativa aquilo que pode acontecer nos próximos quatro anos.

 

Há uma coisa essencial que não se perdeu na Feira do Alvarinho: a sua autenticidade que mantém desde a primeira hora.

 

Aquilo que faz com que as pessoas continuem a vir a este evento é o facto de elas se sentirem bem na Feira. Há uns anos, um casal chileno disse-me que “a frase que melhor descreve este evento é que as pessoas sentem-se felizes e não conseguem explicar porquê”.

 

As pessoas são sempre recebidas como se fossem alguém da terra, alguém da família. É isto que faz a diferença neste evento. O que acontece é que cada pessoa, no ano seguinte, traz sempre mais alguém. Isso faz com que esta Feira tenha aquele ambiente de multidão… mas é uma multidão familiar.

 

No próximo ano, se eu cá estiver, este evento será totalmente reinventado. Será no mesmo local, mas tudo será renovado.

 

 

 

RVM – Que mensagem deixa ao eleitorado?

AB – O melhor ainda está para vir. As pessoas devem votar em mim, no PSD, pelo mesmo motivo que as levou a votar desde a primeira hora em que iniciei este processo.

 

Pela forma diferente de nós fazermos política. Com proximidade. Com muita paixão, e sempre sabendo que do outro lado está alguém que precisa de nós a qualquer momento.

 

É dessa forma que vejo a política, como um cidadão que está disponível para mais um mandato para ouvir, resolver problemas das pessoas e, essencialmente, para ser um cidadão atento àquilo que vai acontecendo na vida das pessoas… porque é aquilo que mexe efetivamente connosco.

 

 

 

[N.R – A Rádio Vale do Minho enviou, via email, 10 questões a todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal deste concelho nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro. São publicadas as respostas daqueles que aceitaram o nosso repto]

 

 

 

[crédito fotografias capa: PSD Monção | Rádio Vale do Minho]