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Viana do Castelo

Autarca socialista demonstra

20 Outubro, 2011 - 08:25

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O presidente da câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, manifestou "gratidão" pelo "esforço" do secretário de Estado da Defesa para resolver a questão do ferry Atlântida, construído pelos estaleiros da cidade.

O presidente da câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, manifestou "gratidão" pelo "esforço" do secretário de Estado da Defesa para resolver a questão do ferry Atlântida, construído pelos estaleiros da cidade.
O navio deveria ter como destino os Açores, mas a empresa pública Atlânticoline, detida pelo Governo Regional dos Açores, acabou por rescindir o contrato em 2009, alegando diferença na velocidade máxima.
O Atlântida representa para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) um negócio de 46,5 milhões de euros, sendo um dos mais luxuosos navios construídos pela empresa e já terá potenciais interessados.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo recorda estas "recentes notícias que dão conta dos esforços em encontrar uma solução definitiva" e por isso José Maria Costa já deu nota da "satisfação" ao Governo, lembrando tratar-se de um negócio "que poderá pôr em causa a viabilização dos ENVC".
Em entrevista ao Diário Económico, o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, disse que os Açores estão a "delapidar recursos públicos" e a "prestar um pior serviço aos utentes" com a recusa em adquirir o navio Atlântida acabado de construir nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo em 2009 e destinado ao transporte de passageiros entre ilhas.
O governante aludia aos custos que a Atlânticoline terá até 2012 com o fretamento de dois navios para assegurar o transporte inter-ilhas.
Em três anos, serão gastos cerca de 21 milhões de euros, apenas para fretar os navios a um armador grego, ou seja pouco menos de metade do custo da compra do Atlântida.
Desde 2009 esta fatura já se eleva a 17 milhões de euros e o prolongar do contrato, previsto no negócio, até 2012 representará um custo de mais quatro milhões de euros, apurou a agência Lusa junto de fonte ligada ao processo.
"Independentemente disso, um euro que fosse, seria muito dinheiro, porque estão a delapidar recursos públicos", afirmou Paulo Braga Lino, sustentando que existem três potenciais compradores para o ferry, ancorado em Lisboa desde 28 de agosto, após dois anos encostado na doca dos estaleiros.
Mas insiste como possibilidade, "se possível", entregar o navio ao "primeiro e original destinatário".
O Atlântida foi um dos dois navios encomendados, e depois rejeitados, pelos Açores, para assegurar as ligações inter-ilhas, tendo capacidade para transportar 750 passageiros e 140 viaturas.

FONTE: LUSA