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Apagão: Falhas em cascata na produção provocam colapso

3 Outubro, 2025 - 12:15

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Relatório.

O apagão ibérico de 28 de abril foi provocado por uma sucessão de desligamentos súbitos de produção renovável, e subsequente perda de sincronismo com a rede continental europeia.

 

Os dados, segundo a SIC Notícias, constam do relatório publicado esta sexta-feira, elaborado por 45 especialistas de operadores de rede e reguladores de 12 países.

 

O incidente aparece classificado como sendo de “escala 3” – o nível mais grave previsto pela legislação europeia – e descreve-o como “o mais significativo ocorrido no sistema elétrico europeu em mais de 20 anos”, afetando milhões de cidadãos e provocando perturbações graves em serviços essenciais.

 

De acordo com a análise da Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês), a sequência de falhas teve início às 12h32 (hora de Bruxelas), quando diversas centrais solares e eólicas no sul de Espanha se desligaram subitamente da rede, seguidas de perdas adicionais em regiões como Granada, Badajoz, Sevilha e Cáceres. Em menos de um minuto, foram retirados mais de 2,5 gigawatts de capacidade de produção

 

Esta quebra reduziu a compensação reativa disponível, provocando uma escalada da tensão elétrica e desencadeando um efeito em cascata em toda a Península Ibérica.

 

Às 12h33, o sistema ibérico começou a perder sincronismo com a rede continental, registando oscilações de frequência e tensão que não puderam ser estabilizadas pelos planos automáticos de defesa de Portugal e Espanha.

 

Pouco depois, as interligações com França e Marrocos também foram desligadas, consumando a separação elétrica da Península e o colapso total dos sistemas português e espanhol.

 

 

[crédito fotografia: Arquivo/Rádio Vale do Minho]