O antigo hospital psiquiátrico da Gelfa, em Caminha, desativado há vários anos, aguarda desde dezembro por autorização para abrir como Unidade de Cuidados Continuados, após um investimento de dois milhões de euros.
A situação foi revelada à Agência Lusa por fonte ligada ao processo, que acrescentou que nesta altura até já foram recrutados os 33 profissionais que ali vão trabalhar por parte do Instituto de São João de Deus (ISJD), que vai gerir a unidade da Gelfa.
Em contrapartida, fruto do protocolo celebrado com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), aquela instituição vai contar com a concessão do património durante 35 anos, mas todo o investimento realizado “nunca sairá do domínio público”.
Contudo, a “falta de orçamentação” da ARS-N para o funcionamento desta unidade estará, garante a fonte, a atrasar o processo.
“A reabilitação total do edifício custou, à instituição privada, cerca de dois milhões de euros e foi concluída a 05 de dezembro.
Entretanto algum do equipamento já foi retirado, exatamente para não se deteriorar, porque ninguém sabe quando poderá começar a funcionar”, explicou fonte ligada a este processo.
Contactada pela Agência Lusa, fonte oficial da ARS-N reservou para “mais tarde” qualquer comentário sobre o assunto.
Ao todo são 41 camas de um espaço a integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados, como Unidade de Longa Duração e Manutenção.
O edifício, que esteve praticamente abandonado durante uma década depois de desativado o hospital psiquiátrico, foi reabilitado durante o ano de 2011, ao nível das infraestruturas, acessibilidades e segurança, num investimento totalmente assegurado pelo ISJD.
“Está totalmente pronto a funcionar desde dezembro”, garante a mesma fonte.
Segundo um despacho conjunto de 2011 dos ministérios da Saúde e da Solidariedade Social, a unidade da Gelfa, deveria ter iniciado funções em dezembro passado.
“O próprio pessoal foi contratado e já está formado. O que falta é uma autorização da ARS-N para dar cumprimento a um protocolo assinado há muito tempo”, acrescentou.
Localizada na freguesia de Âncora, Caminha, aquela unidade pretende dar resposta ao internamento de longa duração na região Norte.
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