Antevisão à jornada de 31/1 de Janeiro/Fevereiro

À entrada para o mês de Fevereiro, que apesar de mais curto será comprido em emoções e expectativas, cá pelo principal campeonato vianense, o trio da frente, dos Vales do Lima e Neiva, vai medir argumentos com os nomes mais sonantes do Vale do Minho. Será, em termos de estatuto, das rondas mais empolgantes da prova.
Neves, Ponte da Barca e Arcos, por um lado; Monção, Valenciano e Courense, em oposição, serão três jogos de gabarito e daqueles que ou vai… ou rachou! É que se algum do Minho não vence, complica em demasia a sua possibilidade de atingir o cimo. Neves e Arcos jogam em casa e apenas o Ponte da Barca viaja até Valença, sendo, até por isso, o encontro de maior ansiedade e o mais aguardado, tanto que o Valenciano é aquele que ainda não perdeu a totalidade da esperança ou pelo menos aquele que se encontra em posição de ainda almejar o topo, pois é o único que já entrou na casa dos trinta pontos, o patamar do trio.
O Desportivo de Monção encontra-se em maré baixa e, por isso, a deslocação ao líder apresenta-se em momento particularmente indesejado, a não ser que acredite num daqueles “partidaços”, pois é nestes jogos que a motivação se sublima, e possa repetir o triunfo da primeira volta, a única derrota do líder até agora, tal como o Arcos também só vergou totalmente frente aos monçanenses. Eis a sina que não foi com os ditos “grandes” que o Desportivo se deu mal!
O Arcos espreita nesta ronda uma hipótese séria de trepar até ao cimo e os Courenses tentarão evitar que tal aconteça, mas os scores de arcuenses em casa e de courenses fora, ditam dificuldades aos forasteiros.
Só pelo trio de jogos supra expostos, valeria a pena a jornada, mas tem mais motivos, mormente para os fundos ou lugares mais baixos. Dentre os últimos, Campos e Perre têm missões complicadas, pois deslocam-se a Correlhã e Vitorino de Piães, respectivamente, posicionados imediatamente ao quarteto da dianteira e com vista e intuição para as alturas, enquanto Moreira de Lima, motivado por vitória extra muros, será anfitrião de Melgacense e vê na jornada a melhor possibilidade de deixar a lanterna e até os lugares de despromoção, mas os da terra de Inês Negra não podem vender de barato a vitória pois ficarão também em situação de instabilidade, tanto que o Vila Fria espreita, em casa, a forma como se desenvencilhar do Paçô e ganhar algum fôlego na contabilidade.
Resta um dérbi entre conterrâneos e vizinhos de tabela, Lanheses e Castelense, sempre imprevisível mas com duplo interesse em cada qual amealhar o maior número de pontos possíveis.
Na divisão secundária, ao contrário de rondas anteriores, o quinteto da dianteira pode perfeitamente por aí se manter, já que não há confrontos entre eles. O Chafé garantirá a liderança a qualquer troco, mas cremos que também pretenderá manter a distância e, apesar do devido respeito, não possibilitará que o Fachense se intrometa nas suas contas. Já o Moreira será o único a ter que vencer fora de casa, pois desloca-se às Lagoas, desabituado como está pois não sai há mês e meio (desde 14 de Dezembro). Será que a ânsia de viajar vai levar a equipa ao empenhamento total frente ao Bertiandos ou a desabituação torna-los mais tolerantes e fáceis de dominar? Tem a palavra Sérgio, sempre bom motivador, já que tem também, à partida, o mais difícil dos cinco jogos, uma vez que Vila Franca, Arcozelo e Raianos se manterão por casa, própria ou emprestada, como é o caso dos Raianos para a recepção ao Gandra, equipa que vai tentar contrariar o favoritismo dos monçanenses. No seu terreno, reúnem trunfos e argumentos válidos para conquistarem os três pontos, quer o Vila Franca perante o Ancorense, quer o Arcozelo, anfitrião do Darquense, sem descurar que de situações inversas a esta lógica está o futebol repleto delas.
Vianense B e Caminha são os dois conjuntos que ainda alimentam expectativas de entrar no lote dos cinco e os adversários desta ronda, apesar de consideráveis, estarão ao alcance de um e outro. Apesar de ter melhorado as suas prestações, o Lanhelas poderá ser ultrapassado pelo conjunto da capital do distrito e o Castanheira, titular da lanterna vermelha, estará também ao alcance do conjunto da foz do Minho. Resta um Águias do Souto/Távora, com ambos os conjuntos longe dos objectivos da dianteira, ao contrário com as águias a pretenderem voar um pouco mais alto.
Em matéria de futebol de seniores, resta-nos o profissional, em fim-de-semana sem nacional de seniores e sem Inatel.
Na II Liga, tocam-se os extremos, com o líder Tondela a receber a lanterna vermelha, Trofense, e a reunir todos os motivos para continuar nessa posição, embora possa ter que manter a parceria com Oliveirense, que tem um encontro difícil em Guimarães. Freamunde ou Benfica B também poderão chegar à liderança, embora dependendo de desperdício total dos anteriores, sendo a sua missão caseira em recepção a Ac. Viseu e Leixões, respectivamente.
Na liga principal e após o acender de ânimos na noite de Segunda-feira com a derrota em Paços de Ferreira, aí estará mais uma jornada, que não sendo das mais escaldantes, poderá trazer algumas chamuscadelas.
O “carrasco” do Benfica, Paços de Ferreira, vai agora ao Dragão, com esta equipa ainda “gelada” da Madeira, mas com a certeza que não pode escorregar outra vez, até porque é a sua vez de jogar em conhecimento dos desfechos da concorrência. Imediatamente antes, o Sporting, que pode ter deixado a Taça da Liga, tenta a sorte em Arouca, com a equipa local envolta em contas complicadas lá para os baixos da tabela, enquanto o líder espera em casa, calmo e sereno, sem esforços no decurso da semana, o Boavista que também mostra alguma calma, podendo assim proporcionar bom desafio. O trio de “grandes” reúne condições para três triunfos, mas a surpresa surge quando menos esperada é. E como não a esperamos…
A ronda abre esta noite em desafio com tons eclesiásticos, com “Arcebispos” a receber “Cónegos”, mas sem veneração hierárquica, pelo que quem quiser ser melhor tem que o demonstrar, e prossegue na tarde e noite de Sábado com dois encontros de contornos europeus à mistura com ranger de dentes; no primeiro caso, Nacional/Belenenses, com os insulares em crescendo e os da Cruz de Cristo também em bom plano; no segundo, o Penafiel/Guimarães, com os locais em busca de salvação e os guerreiros na tentativa de segurar o avanço na luta pelo quarto posto. Semelhante a este, pelo menos na parte que respeita à despromoção, eis o Gil Vicente/Setúbal, com o “galo” em mais uma tentativa desenfreada de deixar a lanterna e os sadinos em momento de ascensão resultante da chicotada. Do Académica/Marítimo poderemos tirar fotocópia do escrito para o jogo anterior, terminando com um Rio Ave/Estoril, o mais equilibrado de todos se o medirmos pela tabela.
Em futebol haverá ainda muito mais jogos, quer nos campeonatos distritais, quer nacionais de formação, com o arranque, nestes últimos, da segunda fase de Iniciados e a conclusão da primeira em Juniores principais, numa ronda desprovida de grandes interesses, pois já estão definidos os apuramentos para a fase final, com destaque negativo para o campeão em título não o poder defender.
Na variante de sete, como de costume, quarenta e cinco desafios por todo o distrito, entre muitos dérbis e em futsal mais uma jornada em todos os escalões distritais, destacando-se no campeonato principal o confronto entre Braga e Benfica, importante para o desfecho da primeira parte.
Extra futebol e antes do início do nacional de Basquetebol, menção ao Hóquei como o nosso Valença H C a necessitar do apoio para mais um triunfo sobre o Cambra, na noite de Sábado, e ainda o olhar atento no campeonato nacional maior ao clássico Porto/Sporting, e com idêntico interesse ao Benfica/O C Barcelos, sem deixar de lado a “nossa” Juventude de Viana, que bem precisa de triunfar sobre o paço D’Arcos para voltar a lugar europeu, donde está afastada, esperemos que momentaneamente.
Pronto. Estão lançados os ingredientes para desfrutar dum excelente fim-de-semana e esperarmos boas colheitas dos que mais gostamos. Lá para a manhã de Segunda-feira será a hora de apresentar a contagem.