Nem que chova – e está mais para isso que para outra coisa – vai haver Taça! A não ser que chova tanto, tanto que deixe os relvados impraticáveis. Também não cremos que cheque a tanto.
E as atenções da Taça estão centradas no Dragão, não por estarmos a um dia, pois já há muitos que há “jogadas” nesse Porto/Sporting, mas precisamente porque ali se disputa mais um clássico, desta feita com um dos potenciais e mais sérios candidatos ao Jamor e à conquista do troféu a sair de cena logo ao primeiro embate.
Sorteio caprichoso, dizem, para o Sporting que o ano passado se viu obrigado a ir à Luz e no presente, ao outro grande rival. No ano anterior foi, todavia, uma eliminatória adiante e a eliminação dos leões só ocorreu após prolongamento e em sequência duma notável recuperação leonina. Como será nesta época? No futebol real e verdadeiramente jogado – bem ou menos bem – sabê-lo-emos lá para o final da tarde de Sábado, altura em que cessará no relvado, mas admitindo quase como dado adquirido que terá prolongamento para além das quatro linhas. Como aliás, quase sempre.
Mas há mais interesses na Taça, nomeadamente com a Águia a voar alto, já que tem que subir até à Covilhã, com os serranos motivados, apesar das reduzidas hipóteses de festa no final, e tantos outros clubes do primeiro escalão a viajar país fora, levando a “festa” a terras mais pequenas, mas onde poderão morar alguns dos “tomba gigantes”, que constituem sempre os momentos mais entusiasmantes da prova.
Dentro aqueles conjuntos que focamos jornada a jornada integrando o nacional de seniores, sem representação vianense, podemos ainda encontrar quatro emblemas, com dois visitados e outros dois em viagens para o centro do país. Entre os primeiros, na terra de Galegos, vamos ter um clube do escalão principal, com Santa Maria a defrontar a Académica, enquanto até Pedras Salgadas viajará a lanterna vermelha da II Liga, o Trofense, numa partida em que se não vislumbra favorito. Em visitas ao exterior irão estar Fafe, em Mortágua, e Vieira em terras de Sernache.
Enfim, uma jornada de Taça, com trinta e dois jogos para todos os gostos, num aspecto que nos praz registar, positivamente: há anos a esta parte que não tínhamos memória de ver todos os jogos em disputa, sem atrasos provocados por “casos”. Óptimo e que viva a Taça!
Provocada pela eliminatória da Taça, o futebol nacional fica suspenso, por assim dizer, centrando-nos pelos campeonatos distritais. Na principal divisão vianense, o sensacional líder, Paçô, tem missão complicada para defesa desse posto já que viaja até ao Municipal da Correlhã, onde os cornelianos não costumam mostrar “simpatia desportiva” aos visitantes. Aliás, com um jogo em atraso ainda, espreitam mesmo esta ocasião para se lançarem em busca dos lugares da frente, pelo que não será dado adquirido a manutenção dos arcuenses na liderança ao final da ronda. Até porque a um escasso ponto e, por isso, à espreita da ultrapassagem estão os três conjuntos que ainda não conheceram a derrota, ou seja, o trio composto por Valenciano, Lanheses e Ponte da Barca, embora um deles não possa fazer a ultrapassagem já que dois se defrontam. São eles Lanheses e Ponte da Barca, quiçá uma das partidas mais esperadas e aguardadas desta quinta jornada, no 15 de Agosto. Até agora, ambos ganharam um e empataram outro jogo em cada condição, sendo que ambos marcaram seis golos e ambos também metade em cada situação, tendo apenas os anfitriões sofrido mais um golo fora de casa. Perante este equilíbrio estatístico, prognostiquemos uma tripla no jogo. Mais facilitada, teoricamente, parece-nos a tarefa do Valenciano que, voltando ao exterior, a viagem é até à lanterna vermelha, Moreira de Lima, que “coleccionou” até agora apenas derrotas. Claro favoritismo aos valencianos, mas não esqueçam a “ilógica” da bola, as surpresas abundantes e os calafrios, por exemplo do Lanheses, naquele campo de reduzidas dimensões, para a Taça.
Voltando cá para o Vale do Minho, destacamos o dérbi Courense/Desportivo de Monção, acrescido de interesse após a jornada da passada semana e mormente da derrota dos monçanenses, que vão a Coura em posição inferior aos locais. O Courense ainda não perdeu em casa e tem pontaria mais afinada que o seu adversário, pelo que qualquer desfecho não causará grande estranheza na partida, embora seja viável acreditar que os da terra de Deuladeu, “feridos”, tudo farão para recuperar, lá pelas terras de Coura, parte do prejuízo.
Ao contrário, o Melgacense, com motivação em alta, volta à terra de Inês Negra, para enfrentar o Castelense, que no que vai de época ainda não saboreou a vitória, mas o empate em casa do Neves pode servir de elo de comparação e força extra para ombrear o primeiro triunfo. A completar o Vale, resta o Campos, ávido de pontos e em busca também dum triunfo, que viaja até aos Arcos que não poderá baquear, mais uma vez em casa, sob pena de ficar arredado da dianteira. Missão difícil, portanto, aos do 1o de Janeiro.
Restam duas partidas com tendência a desfecho favorável aos caseiros: Neves/ Perre e Vitorino de Piães/Vila Fria.
Passando para a divisão secundária, comecemos por focar os jogos dos dois pares da frente. Vila Franca e Raianos são o par da liderança e ambos jogarão, ainda, nos seus recintos desportivos, pelo que, supostamente, se lhes esperam duas vitórias. A equipa da “rosas” recebe o Caminha, que não tem apresentado grande “maré” e o Raianos, uma das lanternas vermelhas da prova, as Águias do Souto, ainda sem pontuar. Se houver lógica, não será necessário alterar os degraus, mas se não houver para estes dois, só outro par os poderá demover do pedestal mais alto: Moreira e Távora. Só que, neste par, as situações invertem-se, ou seja, vão jogar fora de casa, com os “canarinhos” da Tomada, em Darque, equipa despromovida e com objectivo concreto na subida, e os tavorenses, na capital do distrito, perante a única equipa “B”, a do Vianense, em duas tarefas largamente complicadas, como se compreenderá.
A manutenção de invencibilidade será factor extra a ponderar entre o quarteto supra referido, tal como para o Arcozelo, que, não obstante estar impedido de chegar à liderança (atenção que tem um jogo a menos), quererá aproveitar a visita do Lanhelas – outro conjunto que ainda não angariou pontos – para se intrometer lá no alto, a não ser que a “pirotecnia” lanhelense se resolva lançar os “foguetes” da festa.
Três partidas mais e estará completo primeiro sexto da prova, em termos de jornadas, pois há jogos em atraso. Deles, talvez o factor casa seja mais propício a Bertiandos, pese tratar-se dum dérbi com os vizinhos de S. Martinho da Gandra, e a Chafé na recepção ao Ancorense, com Marco Alexandre a obrigar seus pupilos a recuperar os pontos perdidos em Moreira, pautando-se talvez por mais equilíbrio o Fachense/Castanheira, apesar de o campo da Arcela ser mais “familiar” aos seus “donos”.
E estamos já nos apontamentos finais, relativamente a um fim-de-semana em que queremos dar as boas-vindas à miudagem, às noventa e quatro equipas (não tão grande número de clubes, evidentemente) que sob a denominação de “Benjamins” e “Infantis” vão iniciar as maratonas das manhãs de Sábado, que tantas delícias têm feito por esses campos fora. Permitam-nos a individualização aos “Torreenses” pelo ressurgimento da colectividade, há anos hibernada e parabéns aos autores do projecto de renascimento.
Em Basquetebol, aos três escalões já em actividade, juntamos agora os Iniciados Masculinos distritais, com arranque certamente atrasado como o comprova a tripla jornada do primeiro fim-de-semana, para terminar ao mesmo tempo que os outros.
Assinale-se o regresso das “sticadas” em Valença com a recepção ao Marco e a esperança de novo triunfo para ascensão na tabela, a motivar as atenções já que o principal campeonato nacional terá quase todos os jogos adiados lá para o meio da semana por causa dos compromissos europeus.
Resta Futsal, com um nacional que conta na tarde de Domingo com um emocionante Benfica/Braga, exactamente oito dias antes do embate em futebol entre ambos os emblemas, que animará o fim-de-semana seguinte. Disso falaremos. Desfrutemos o presente e temos muito para apreciar.
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