Nenhum português deixará de estar em sintonia connosco neste início e término de fim-de-semana prolongado em matéria desportiva, que começa esta mesma noite em pleno Estádio da Luz, e gritar em uníssono e a uma voz Portugal, Portugal, Portugal, nesta etapa decisiva pela posse do bilhete rumo ao Brasil, à fase final do Mundial. Quer aqueles que encherão as bancadas do Estádio da Luz, quer os milhões que ficarmos a torcer por fora, não deixaremos de apoiar e gritar bem alto, força selecção nacional, levantemos hoje de novo o esplendor de Portugal. E então na noite de Terça-feira manifestaremos o apogeu da nossa felicidade, quando, em solo escandinavo, tivermos consolidado a vitória sobre os suecos e garantirmos a nossa presença em terras de Vera Cruz.
Entretanto e no intervalo entre os dois jogos da selecção, manifestemos o nosso entusiasmo e satisfaçamos as nossas emoções com as competições internas e sobretudo regionais, que vão crescendo de interesse e entusiasmo. Pelo principal campeonato, os nossos cinco magnos representantes não terão que se enfrentar entre si, mas medirão forças com os três primeiros classificados da prova, o que confere interesse acrescido à jornada. Não é o caso de Desportivo de Monção e Cerveira, dois conjuntos a jogar nos seus domicílios, que enfrentarão adversários doutros calibres. O Desportivo, que esperemos tenha a crise directiva solucionada pela assembleia desta noite, vem de vitória em dérbi com Courense, com moral elevada, e enfrentará um Vila Fria que, apesar de ter ganho fora de casa o dobro dos pontos conseguidos no seu recinto, estará ao alcance dos da terra de Deuladeu que terão mais uma oportunidade soberana de amealhar os pontos para o seu magro pecúlio, visando a natural e ansiada recuperação. Os da vila das artes serão anfitriões do Darquense, um dos conjuntos da parceria do fundo da tabela, pelo que assumem claro favoritismo até porque esperam extrair benefícios dos duelos entre os colegas e os da linha da frente.
Dos três restantes do Vale, o Courense também será anfitrião embora da Correlhã, que vem “ferida” pelo rotundo desastre caseiro e sentirá obrigação de regresso aos pontos para se não distanciar dos lugares do pódio e até nem sabe ainda o que é perder fora de casa, mas terá que contar com os courenses também forçados a ganhar para manter uma esperança de manutenção na perseguição pelos lugares do topo.
Melgacense e Campos terão que efectuar viagens e qual delas a mais complicada em termos de antevisão. Os dois primeiros classificados da prova os esperam e tentam puxar dos galões para se manterem comodamente ali instalados por mais alguns dias. Os da Inês Negra deslocam-se às terras do Vale do Vez onde o Atlético costuma dificultar as contas as adversários e os do 1º de Janeiro vão testar o comandante Castelense, num Beira-Mar em que o terreno de jogo lhes será “familiar”, mas o estatuto local e o ambiente ao seu redor não serão propícios aos forasteiros.
Desequilibrado deverá voltar a ser o confronto da lanterna vermelha no seu reduto, já que não nos parece que o Moreira de Lima reúna argumentos para levar de vencida o candidato Neves que não deverá desperdiçar oportunidade segura para continuar a ascensão e não se vislumbrando também momento de início de recuperação dos locais, ao passo que maior equilíbrio deverá acontecer no Ponte da Barca/Vitorino de Piães, desde logo pelo empate pontual existente, mas ainda pelas prestações habituais em que os barquenses vencem em casa e os limianos não perdem fora e onde costumam espalhar o seu “veneno”, terminando com um dérbi mais modesto entre os vizinhos Lanheses/Bertiandos, em que o maior pendor de vitória pende para os anfitriões. Seja com for, a jornada é deveras empolgante e promete emoções, pelo menos em ansiedade e expectativas .
Descendo à divisão secundária, o cartaz de jornada é, indiscutivelmente, o confronto entre os dois primeiros, em casa do segundo. Paçô/Raianos vão decidir o líder do final da ronda, mas o jogo poderá valer um pouco mais, pois os três pontos de vantagem dos raianos são apenas teóricos, já que os locais contam um jogo a menos. Um jogo de tripla, pensar-se-á, em Paçô, mais importante para os anfitriões que jogam em casa, mas que poderá servir de rampa de lançamento para fuga em frente caso os monçanenses logrem os três pontos.
Na ajuda ao Raianos poderá estar o Moreira, fresquinho pela folga, anfitrião do Perre, num jogo interessante até para saber se os locais conseguem com as vitórias em casa esquecer os naufrágios externos, e ainda para registar até que ponto se mantém o ciclo negro dos visitantes ou se finda a fase terrível pelas três derrotas consecutivas. Concluindo o Vale, o Castanheira viaja até à foz do Minho, onde o espera um Caminha, em maré cheia, interessado em manter o “caudal”, continuando os courenses em série menos produtiva, mas talvez empenhados na modificação deste estado.
Arcozelo/Chafé e Vila Franca/Távora reúnem duas boas doses de emoção em dois jogos de ansiedade e luta empenhada pelos lugares cimeiros, não deixando antever para que lado tombarão os desfechos, dados os equilíbrios que costumam caracterizar os embates entre estes quatro intervenientes, quase se podendo manter estes aspectos no Águias do Souto/Fachense, já que no Darquense B /Ancorense, não obstante os forasteiros almejarem os três pontos, os anfitriões espreitam soberana ocasião para regressar à vitória, tendo a única alcançada até então ocorrido na ronda inaugural, e frisando o mesmo, embora em termos contrários, no encontro Gandra/Lanhelas, mas aqui apostaremos fortemente na primeira vitória dos lanhelenses, atentas as duas prestações antecedentes e a maior ligação já existente entre plantel e nova equipa técnica .
Pelo nacional de seniores, o destaque vai, agora mais que nunca, para os confrontos em que intervêm Vianense e Limianos, momentaneamente em “paz” moderada e quiçá já entrecortada pelos “casos de polícia” no distrital vianense, já que ambos anseiam pelo regresso aos dois primeiros postos, ultrapassados que foram pelo Fafe na semana passada e que desta vez vai jogar apenas pela continuidade da Taça frente ao Aves, de escalão superior.
Para fechar esta primeira metade, o Vianense viaja até ao nordeste transmontano onde o Bragança não tem sido fácil de domar e não poderá desperdiçar uma das últimas hipóteses para se manter na carruagem da frente, pois não ganhando dificilmente a conseguirá, ao passo que o Limianos espera no Cruzeiro pelo vizinho Vilaverdense, equipa talvez já conformada pela fuga aos lugares indesejados, embora também neles necessite pontos.
O Valenciano tem pela frente o jogo que não poderá falhar de forma alguma, já que não só joga em casa, senão defronta a lanterna vermelha Ninense, e tem o principal momento para poder “desviar-se” do adversário, que, perdendo em Valença, complicará em muito as contas matemáticas de hipotética salvação. Mais equilibrado deverá ser o confronto entre Santa Maria e Mirandela, conjuntos acomodados aos lugares de meio da tabela.
E a concluir, uma saudação especial, apesar de a época já se aproximar de meio, ao Inatel, cujas competições arrancarão neste fim-de-semana, com a participação de seis conjuntos, em realce ao nosso Longos Vales, triunfador nas duas últimas épocas, com o campeonato na primeira delas e a Taça na mais recente. A equipa sanjoanina estreia-se em casa perante um “novato” Cardielos, desconhecendo-se o que cada conjunto será capaz, tal como no outro par de embates Cabaços/Cepões, um dérbi limiano, e no Adecas/Anais, jogando os campeões da época transacta em sua casa. Três encontros a abrir uma competição curta e em duas fases, já que após esta primeira poule de dez rondas, os três primeiros, com metade dos pontos averbados, partirão para a fase decisiva de atribuição do título.
Para não variar e como já o habituamos a seguir tudo a par e passo, conte connosco em mais quatro grandes blocos desportivos, especialmente na tarde de Domingo por esses campos fora. E no estúdio, claro.
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