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O Alto Minho parou durante a noite desta quarta-feira para ficar de olhar pregado ao céu. A lua (quase cheia) apresentou um enorme anel ao redor que encantou todos os que da janela olharam o satélite natural da Terra.
Deu-se um fenómeno atmosférico chamado halo lunar. Círculos luminosos que, de acordo com os especialistas, já se formavam mesmo antes dos primeiros dinossauros habitarem o planeta.
O halo lunar forma-se devido à presença de milhões de minúsculos cristais de gelo presentes na alta troposfera terrestre, que agem como prismas e espelhos em miniatura. Os cristais de gelo são geralmente longos e tem formato hexagonal e flutuam praticamente alinhados pelas correntes de ventos que sopram em grandes altitudes.
Quando a luz da lua atinge uma das faces do cristal e sai pela face oposta ocorre um fenómeno óptico chamado refração, que desvia parte dos raios de luz num ângulo entre 22 e 50 graus. Esse desvio não é igual para todos os comprimentos de onda, sendo de 21.54 graus para a luz vermelha e 22.37 graus para a luz azul.
Apesar de pequena, essa variação no desvio da luz faz com que a borda interna do círculo formado pela refração seja vermelha enquanto a borda externa apresenta cor azulada. Como não há refração em ângulos inferiores a 22 graus, a área ao redor do Sol ou da Lua se torna escurecida ou opaca.
O halo de 22 graus é o mais comum dos fenómenos ópticos formados pela presença de cristais de gelo hexagonais na alta atmosfera. Entretanto, dependendo do cristal, que pode ser mais alongado ou mais achatado, outros fenómenos similares podem ser vistos, mas com padrões e formatos diferentes variando entre meio-círculos, colunas luminosas, faixas coloridas, etc.
Halo Lunar a partir de Melgaço [fotos: Sílvia Domingues]
Halo Lunar a partir de Paredes de Coura [fotos: Cecília Pereira]
Halo Lunar a partir de Caminha [fotos: Liliana Silva]
Halo Lunar a partir de Ponte da Barca [foto: Paula Sousa]
Halo Lunar a partir de Ponte de Lima [foto: Patrícia Maciel]
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