“Valeu a limpeza da mata à volta da casa. Foi isso que fez com que as labaredas abrandassem. Podia ter acontecido aqui uma tragédia”. O desabafo foi de um entre as dezenas de populares que assistiram ao final da tarde desta quarta-feira, na localidade de São Pedro da Torre, em Valença, ao avançar de uma onda de fogo em direção a uma habitação. “Deve ter sido um reacendimento”, dizia-se enquanto as labaredas de quatro a cinco metros de altura engoliam a vegetação.
Os bombeiros não tardaram a chegar. Três operacionais e uma viatura. No entanto, não pararam na casa ameaçada. “Foram a uma fábrica daquele lado”, disseram-nos. A proprietária da vivenda desesperava. Não quis prestar declarações à Rádio Vale do Minho, mas deixou clara a revolta perante a atuação dos bombeiros. “Podiam ter-se dividido”, disse. “A minha sorte é que tenho um ‘corta-fogo'”. E acabou mesmo por ter sido uma sorte. Enquanto os soldados da paz faziam esforços para as chamas não atingirem a “fábrica”, as labaredas em frente à habitação extinguiram-se por si próprias. Quem viu, ficou a perceber melhor do que nunca a importância da limpeza das matas.
Às 20h15 desta terça-feira, o combate a este incêndio prosseguia com os mesmo três operacionais e uma viatura no teatro das operações.
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