A Câmara de Caminha acaba de aumentar os preços dos bilhetes para passageiros e veículos que utilizem o ferry-boat Stª Rita de Cássia, no momento em que o barco se encontra acostado no cais português há cinco semanas, devido a uma avaria.
A alteração do tarifário foi aprovado na sessão camarária de anteontem, após uma reunião mantida na passada Terça-feira com a alcaldia de A Guarda (co-responsável pela carreira fluvial), em que foi acordado subir o preço, dado que desde 2005 que não se procedia a una actualização, confirmou-nos Montserrat Magallanes, vereadora do município galego
De acordo com a nova tabela a praticar já a partir do próximo mês, os aumentos variam entre os 10% para as autocaravanas e automóveis, 13% para automóveis com atrelado, 33% para passageiros e bicicletas e 40% pata táxis.
Entretanto, o município galego veio em auxílio do seu congénere caminhense, tendo transferido hoje 133.536euro respeitantes à tranche de 2009, após o acerto de contas feito há dois anos.
Correspondeu assim a um pedido expresso do executivo presidido por Júlia Paula, na tentativa de obter uma antecipação da entrega do dinheiro, destinada à comparticipação nos custos do arranjo do motor do barco que o mantém encalhado há cinco semanas, devido a uma avaria num colector.
No entanto, o executivo local de A Guarda só agora pôde libertar o dinheiro, devido a procedimentos legais a que está obrigado no país vizinho.
A peça, um colector, a substituir foi importada da Alemanha, mas ainda não chegou a Caminha, esperando-se que isso suceda na próxima semana, após o que o barco, depois de reparado, deverá ainda ser submetido a uma inspecção regular anual. Só depois poderá voltar a navegar, mas a vereadora do município galego ainda desconhece a data prevista. "Admito, contudo, que já se nota bastante no comércio local a falta desta transporte", lamentou.
Caminha tem levado a responsabilidade mais directa da gestão da carreira fluvial, cabendo-lhe proceder à reparação das avarias num barco já com 16 anos.
Entretanto, continuam a ser dragadas os inertes no canal de navegação do ferry-boat, de modo a facilitar a sua navegabilidade e impedir choques do barco nos bancos de areia, o que contribui para as avarias.
Espanha responsabiliza-se por esta empreitada de extracção de areias (28 mil toneladas) que conta ter pronta até final do ano.
O bom tempo que agora se tem feito sentir facilita os trabalhos de sucção do fundos do rio, mas, por outro, a imobilização do transbordador "impede a circulação de um maior número de turistas atraídos pelas condições atmosféricas mais favoráveis", precisou, inconsolável, Montserrat Magallanes.
FONTE: JN
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