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Desporto

Súmula da jornada de 4/5 de Junho

6 Junho, 2016 - 09:20

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Confira os principais momentos que marcaram o último fim-de-semana desportivo da temporada 2015/2016.

A Taça transbordou de emoções até ao âmago. Foram cento e vinte minutos de incertezas, duas horas completas de indefinição ou mera indicatória de queda para um dos lados, tempo regulamentar e prolongamento insuficientes para atribuir o troféu a Atl. Arcos ou Desp. Monção, pelo que só o recurso à lotaria das grandes penalidades permitiu a entrega aos arcuenses por uma margem bem curta, mas apesar de tudo de maior eficácia na concretização.
No cômputo geral, as defesas prevaleceram sobre os avançados e os guarda-redes sobre os marcadores, a ponto de não se ter concretizado qualquer golo no decurso do jogo normal e prolongamento extra. A bola ainda entrou por uma vez na baliza do Atlético, mas considerada em posição irregular por parte do juiz da partida, o melhor árbitro da época, Fábio Nunes. Mas também poderia ter entrado nas redes monçanenses ou não tivesse efectuado Filipe a defesa de mais uma grande penalidade imitando a meia-final. Por isso, apesar de haver oportunidades para ambos os lados e mormente o Desportivo ter ficado muito próximo da conquista, sobretudo na segunda parte do prolongamento com mais um elemento em campo devido a um vermelho bem exibido ao então capitão Hélder, a verdade é que só na lotaria se decidiu. E os arcuenses acreditavam num tal Cesteiro, titulado a defender grandes penalidades, como o fez por três vezes, mas os monçanenses também tiveram um grande Filipe a defender outras tantas (a do jogo incluída). Assim, a eficácia arcuense foi mais feliz num aproveitamento de cinquenta por cento com duas convertidas em quatro batidas, contrapondo com a ineficácia monçanense que apenas conseguiu concretizar vinte por cento, ou seja, unicamente a quarta entre as cinco, que, no momento até serviu de empate. O pior veio logo a seguir com a obtenção do segundo golo arcuense e o falhanço monçanense a dizer adeus à Taça, que vai embelezar as vitrinas do Arcos, recuperando o direito perdido na derradeira jornada do campeonato em disputar a Taça de Portugal. Parabéns ao vencedor, Arcos, honra, porque tiveram muita, ao vencido, Desportivo de Monção.
Por nós, encerra a época, mas Arcos e Barca ainda decidirão a Supertaça no próximo Domingo, em Cerveira, dispondo ainda os barquenses da hipótese de conquistar o título de campeões do Minho, no dia dezanove, em Ponte de Lima. Já agora boa sorte ao nosso Barca para esse encontro de campeões e que ganhe o melhor da ribeira Lima no fim-de- semana que se segue.
Houve mais umas réstias de futebol, concretamente a primeira mão da segunda eliminatória para despromover mais dois emblemas por Portugal Prio. Dois empates foram os resultados registados, em um golo entre Arões e Nogueirense e um nulo no encontro Sacavanense/Águias do Moradal, pelo que ficou tudo adiado para a segunda mão, lá para Sexta-feira, podendo advir alguma vantagem do factor casa. Inversamente, o Fafe, com um nulo caseiro diante do Casa Pia e mercê do triunfo em Lisboa conseguiu, nesta etapa extra, a ascensão à II Liga do futebol Profissional, juntamente com o Vizela e Cova da Piedade, emblemas que ontem decidiram entre si o título de campeão de Portugal Prio, passando o título a morar na Cova da Piedade, pelo triunfo de três a zero, obtido em grandes penalidades, já que, á semelhança da nossa Taça, o nulo prevaleceu.
Façamos ainda uma saudação de honra aos veteranos do Cerveira, que, com a vitória magra de um a zero, diante do Vianense se sagraram campeões de veteranos do Alto Minho, numa prova em que não saborearam derrota alguma nos vinte e oito jogos disputados. Sexta-feira próxima lá teremos tira teimas entre ambos na disputa da Taça.
Abarcando ainda o futebol de onze, embora na formação, ficaram concluídos os campeonatos distritais de Iniciados e Juvenis, com os títulos de campeão entregues a Limianos e Barroselas, respectivamente, que assim voltam aos nacionais e ficou encontrado o Cerveira, como vencedor da série em Juniores, após derrotar o Paçô e marca encontro com o Barroselas para disputa da final do Torneio Extraordinário, quiçá com o pensamento na tripleta.
Concluído ficou também o campeonato de Juvenis nacionais, no que concerne à despromoção, enquanto na disputa pelo título, em segunda ronda, Sporting/Benfica e Braga/Porto marcaram um golo cada. Finalmente nos Juniores, o Porto conseguiu o bi-campeonato após triunfo suado e difícil diante do Belenenses, por três a dois, enquanto o Boavista, apesar da vitória em Matosinhos, se despediu da divisão principal, juntamente com Tondela e Vizela.
Pincelando as modalidades, no Hóquei em Patins o Valença H C não conseguiu o título diante do Tomar, passando os nabantinos a ostentá-lo, mas o Riba D’Ave averbou vitória robusta perante o Sintra e acompanha os valencianos na subida de divisão, deixando lugar reservado para o H C Braga, que com a derrota em Paço D’Arcos e o triunfo da Candelária em Vale de Cambra é despromovido à II Divisão juntamente com o Cambra e a Física. Já Porto, Benfica e Sporting obtiveram triunfos, com os campeões a ganharem facilmente em S. João da Madeira, e pelas tangentes de três a quatro do Porto em Oliveira de Azeméis e de oito a nove do Sporting em Turquel, merecendo ainda saliência o triunfo da Juventude de Viana perante o Valongo.
No Futsal, o Neiva voltou a brilhar, agora na Supertaça, conquistada ao Anha, por sete a quatro, registando-se mais um triunfo das meninas de Castanheira frente à Académica e confirmaram-se as presenças de Benfica e Sporting na final da Liga Sport Zone, apesar dos sportinguistas terem estado a escassos segundo de afastamento, no jogo da negra, pelo Braga, que acabou vencido no prolongamento. Não ganharam para o susto os leões, que travarão mais algumas partidas empolgantes diante dos encarnados, como já se tornou hábito.
Concluímos dando nota dos vencedores das séries da segunda fase de Futebol de Sete. Em Benjamins 2006, Academia, Chafé, que bisa, e Limianos. Já no escalão propriamente dito (sub 11) tivemos Ponte da Barca, Perspectiva, Academia, Artur Rego e Bertiandos, voltando a vencer Academia e Perspectiva; finalmente em Infantis foram vencedores Cerveira A, Torre, Limianos A, Limianos B, Academia B, Paçô e Ancora Praia B, repetindo os triunfos Cerveira A, Torre e Academia B.
Pronto, atingimos o epílogo. Após quarenta semanas de dose dupla – antevisão e súmula – eis a octogésima crónica dada à estampa, e tal como em épocas anteriores, certamente nem sempre de agrado geral ou de aceitação por todos, esta forma de diálogo e informação. Foram muitas horas despendidas, nem sempre com a melhor das condições, mas com total vontade e na melhor das intenções. Desculpará o ouvinte ou o leitor alguns momentos ou tiradas menos interessantes ou algum arrazoado menos diligente, mas poderá ficar com certeza que esta trabalheira foi levada a cabo apenas com o pensamento nestes dois entes.
Gratidão aos clubes: atletas, dirigentes e equipas técnicas pela aceitação e pela teimosia e insistência da nossa parte, glória aos vencedores e honra aos vencidos. Compreensão às equipas de arbitragem por eventuais “picadas”, embora sempre impregnadas de admiração pela dificuldades que lhe reconhecemos.
E como Coordenador da componente desportiva, não posso deixar de manifestar alguma amargura pela perda humana do Chico na recta final, contrariamente ao orgulho e honra sentidas com as inexcedíveis colaborações do Marques, do Filipe e do Mário, sobretudo pelo regresso desta última dupla de sucesso, como impensável a omissão do Maximiano, deixando a minha admiração e apreço a todos pela forma abnegada com que percorreram quilómetros e suportaram intempéries e outros obstáculos. Bem hajam, todos.
Manifesto, de igual forma, a consideração e simpatia à Fátima, pelo “massacre” na montagem de centenas de RM que deram vida no “Prolongamento” e nos “Tamanhos da Bola”, extensivas ao Miguel Rocha pela montagem de “Primeira Mão”, mas também a ambos pela pachorra que sempre tiveram e pelo martírio que suportaram em tantas tardes domingueiras.
Numa despedida mais íntima, ao Conclave, aos senhores “cardeais”; eméritos, decanos ordinários e acólitos, bem como aos catecúmenos que esperamos baptizar em breve, na “pia”; que temos disponível na pureza da montanha, a todos a minha homenagem e eterna gratidão pela confiança e quantas vezes pelos alertas a algumas incorrecções que sempre se vão pautando pelas crónicas. Abraço.
Depois de mais de trezentas e vinte horas de emissão, resta-me segredar-lhe que “foi com muito gosto que o fizemos por si”. Até sempre.

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