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Desporto

Súmula da jornada de 31/1 de Janeiro/Fevereiro

2 Fevereiro, 2015 - 15:13

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Confira os principais momentos do fim-de-semana desportivo.

Não há dúvida que para muitos clubes, mormente os que militam em escalões secundários de níveis paralelos, foi fim-de-semana de pontaria afinada. Trinta e cinco golos na divisão distrital secundária, com média a rondar os quatro e meio e trinta e quatro na II Liga, a aproximar a média em três golos/jogo, são destaques a considerar agora que as contas começam a ser mais “penteadas”, pois as margens de manobra deixam de ter folgas para os desperdícios.
O parágrafo anterior até nem tem grande aplicabilidade na principal divisão vianense, pois a média não superou os dois e meio golos/jogo, ficando-se pela vintena, neles incluindo o contributo do Piães, que à sua custa conseguiu oito, para contrabalançar com nulos de seis conjuntos, um visitado e cinco forasteiros.
O Vale do Minho não tem, decididamente, pedalada para ombrear com o Lima e Neiva, que a partir desta ronda parecem reunir os principais candidatos à vitória final, tanto que o melhor “minhoto” baixou ao quinto posto.
Precisamente o Valenciano que tinha jogo decisivo na recepção ao Ponte da Barca, a quem só uma vitória poderia manter esperanças, só que não só não a conseguiram como permitiram dois golos aos forasteiros nos instantes finais da partida, o primeiro em cima dos noventa e o segundo no último suspiro da compensação. Com esta vitória arrancada a ferros, os barquenses não deixaram fugir o líder Neves, que sentiu dificuldades para bater o Desportivo de Monção, que resistiu bastante mas acabou por “colaborar” no golo local, que garantiu aos locais a vantagem do ponto sobre o mais directo perseguidor, sendo que ambos (Neves e Barca) se distanciaram uns “pozinhos” do Atl. Arcos que não foi capaz de ultrapassar o Courense, em jogo de mais baixa qualidade e numa segunda parte em que os forasteiros conseguiram responder ao golo de penálti apontado pelos arcuenses, garantindo uma igualdade e deixando os locais a depender de terceiros, pois a exclusividade independente está apenas ao alcance dos dois primeiros.
Para o quarto posto saltou a turma da Correlhã, triunfadora, em seu ambiente, sobre o Campos, por dois a zero, que trouxe como consequência a atribuição da posse da lanterna vermelha à turma cerveirense, porquanto o até agora titular, Moreira do Lima, no seu domínio, marcou um golo em cada parte à turma Melgacense e ultrapassou os do 1º de Janeiro, igualando o Perre, que foi autenticamente “cilindrado” em Piães, encaixando quatro golos em cada metade. Este trio dos baixos da tabela mantém proximidade entre si, tendo-se afastado, ligeiramente, o Vila Fria, que ganhou ao Paçô num golo apontado na primeira parte, emparceirando-se com o Melgacense após esta derrota no ex lanterna vermelha e ampliando um pouco o fosso para Lanheses e Castelense que, defrontando-se no 15 de Agosto, repartiram os pontos, em função dum golo apontado por cada.
O pé quente dos artilheiros da divisão secundária teve expressão máxima em Vila Franca do Lima, onde as “rosas” espetaram oito “espinhos” no Ancorense, como que gritando alto e bom som que “voltamos para a luta”. Um triunfo esclarecedor e esmagador que lhes valeu a reentrada no lugar de “prata” e de subida, em permuta com o Moreira que bem tentou remar contra a maré nas Lagoas de Bertiandos, mas não resistiu às últimas braçadas e naufragou já com a meta à vista, sofrendo dois golos num ápice, a dez minutos do final e apenas foi capaz de responder com um à entrada dos cinco minutos da compensação, insuficientes para evitar a quarta derrota.
Era certa a liderança do Chafé, mas a acabou por não ampliar o seu pecúlio, pois não segurou a vantagem de dois a um que ao intervalo possuía na Arcela, permitindo ao Fachense o golo que daria o empate, passando a existir agora maior aproximação no quinteto da dianteira em face das vitórias de Arcozelo e Raianos, mais expressiva a dos primeiros sobre o Darquense, traduzida em três golos de diferença, num triunfo por quatro a um, sendo mais tangencial e difícil a dos Raianos, na sua casa de empréstimo, sobre o Gandra, que sofreu uma grande penalidade nos primeiros minutos, viu-se privada do guardião titular e empatou à meia hora, complicando a tarefa dos monçanenses, que só conseguiram tento da vitória na recta final da partida.
Caminha e Vianense B mantém os dois postos imediatos ao quinteto, já que os da foz do Minho triunfaram em Castanheira, por dois a um, mantendo a posse da lanterna vermelha nos courenses, e os da capital do distrito triunfaram sobre o Lanhelas, por três a um. Resta um triunfo esclarecido do Távora, há tempos arredado deles, depenando as Águias do Souto, na sua “gaiola” com quatro arremessos sem reverso.
No futebol profissional, a II Liga foi deveras repleta de surpresas, nomeadamente em algumas expressões numéricas, como foram os casos da Oliveirense, que deixou a liderança debaixo de cinco “golpes de espada” em terras do conquistador, perante uma mortífera equipa B do Vitória, ou dos “capões” de Freamunde que, em seu próprio terreno, foram desfeiteados pelos homens de Viriato, vindos de Viseu, enfiando três lanças certeiras, merecendo destaque ainda os cinco golos do União da Madeira na capital algarvia. É claro que o grande beneficiado foi o Tondela que não se deixou embalar pelo extremo oposto e despachou o Trofense com quatro golos sem reacção e isolou-se na liderança da prova.
A Liga principal foi mais tranquila, sem ter provocado grande frenesim e ansiedade entre os ditos grandes e os imediatos perseguidores minhotos, apesar da tremedeira monumental que o Braga passou na Pedreira, para conseguir uma vitória magríssima por um a zero, no jogo mais clerical, com os “Cónegos” em reverência perante os “Arcebispos”, a ponto de nem aproveitarem uma grande penalidade, enquanto os conquistadores não foram para além de empate em Penafiel.
Os três ditos grandes não tiveram problemas de maior nem preocupações excessivas, nem deixaram adensar adrenalina, pese o Sporting ter estado em desvantagem e empatado ao intervalo, em Arouca, mas consolidou o triunfo na segunda metade, enquanto Benfica e Porto venceram, sem dificuldades, embora “irmanados” em empurrãozinhos de grandes penalidades modernas (leia-se fora das áreas). Todavia, três dos encarnados ofertados ao Boavista e uma mão cheia, pela quarta vez, dos azuis e brancos, “vingando” o rival lisboeta do desaire de Paços de Ferreira, não colocam em causa a justeza dos triunfos.
A luta lá pelo fundo está bem mais interessante que pelo topo, e pouco se alterou já que o trio mais baixo solidarizou-se por empates caseiros, todos pela mesma margem de um golo, com a lanterna vermelha, Gil Vicente a consenti-lo frente ao Setúbal, o Penafiel perante o Vitória SC e a Académica frente aos insulares do Marítimo.
Nas pinceladas finais, menção para uma provável despedida do Valença H C aos lugares do topo após nova derrota caseira perante o Cambra, enquanto no campeonato principal tudo converge para a decisão na Luz entre os dois únicos candidatos ao título, mormente após o triunfo dos dragões sobre o Sporting, por cinco a dois, e da vitória complicada da Águia sobre os barcelenses, em remontada de marcador, e novo empate caseiro do campeão em título, Valongo, sobre o Turquel, comprometendo a Juventude de Viana também presença europeia pois não conseguiu triunfar sobre Paços de Arcos.
Em Futsal feminino continua o mano a mano entre Castanheira e Soutelense, com vitória de ambos, enquanto na principal competição nacional masculina, o Sporting regressou ao segundo lugar após o triunfo do líder Benfica em Braga.
E assim se desenrolou mais um fim-de-semana de grandes emoções e alguns dissabores, mas não faltarão já por aí novos entusiasmos e ansiedades para o próximo com a sua convergência para a noite domingueira, em Alvalade, no clássico com o Benfica decisivo para o Sporting. E viva o campeonato e as restantes competições.

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