Súmula da jornada de 28/29 de Março

São os mais pequenitos que hoje merecem honras de abertura desta crónica desportiva: Parabéns U. D. Moreira pela conquista do tri campeonato de Benjamins. Feito inédito no clube, mas sinal evidente que a colectividade é uma boa escola para os primeiros passos. No último jogo, numa verdadeira final perante o Ancorense, em que um deles seria o vencedor, o Moreira entrava com vantagem de dois pontos e, por isso, servia-lhe um empate, mas a cinco minutos do final, um golo forasteiro gelou a Tomada, que ressuscitou no último minuto com o golo apontado por Dinis, que levou miúdos e pais ao delírio no culminar duma prova notável dos comandados por Fernando Duro. Parabéns à U D Moreira, e felicitações também a Barroselas e Academia, os campeões das outras séries.
Partindo agora para a principal divisão vianense, a nível dos seniores, a ronda vigésima quarta reduziu para dois o leque dos candidatos à vitória: Neves e Arcos terão que debulhar o “ouriço” mas a “castanha” só chegará para um deles, que, curiosamente ainda se defrontarão na penúltima ronda da prova, na Coutada, naquele que poderá ser o jogo do título, se entretanto nenhum conjunto perder pontos.
A jornada isolou os dois conjuntos em face dos respectivos triunfos, ambos na condição de visitantes, com especial sabor para o Neves que afastou o Valenciano da corrida, numa vitória que se desenhou desde cedo com uma recarga vitoriosa a grande penalidade e coroada perto do apito final já com os fronteiriços reduzidos a dez elementos. Por sua vez, o Arcos venceu, com naturalidade, em Vila Fria, apontando três golos e só depois permitiu o ponto de honra. Contribuiu ainda para a redução do leque, a surpresa da ronda, em Ponte da Barca, não só pelo triunfo do Courense senão pela expressão do marcador traduzida nos três golos com que saíram do Municipal barquense.
Deixemos o topo e vamos ao fundo onde a luta se mantém a três, por enquanto, já que Melgacense, Campos e Perre foram todos derrotados. Os da terra de Inês Negra tropeçaram no alto de Paçô, encaixaram dois golos num só minuto e a recuperação ficou-se pela insuficiência de apenas um; o Campos entrou sofrendo um golo do Castelense e não teve mais arte nem engenho para o contrariar, terminando com esse resultado negativo com que quase iniciava a partida; o Perre foi o mais lutador, esteve a vencer o Monção, permitiu a remontada até à diferença de dois golos, mas depois a indisciplina só lhe permitiu reduzir para o mínimo, embora fizesse sofrer os de Deuladeu até ao final.
A luta do fundo ficou mais estreita e apertada ao trio, pois o Moreira do Lima continuou a fazer das suas e provocou a segunda desfeita consecutiva à Correlhã, no próprio recinto desta, marcando uma vez e segurando os três pontos, deixando o quinto posto à inteira mercê do Piães que venceu o Moreira do Lima por um golo sem resposta, numa jornada com duas dezenas de golos, e a particularidade dos forasteiros terem contribuído com setenta por cento.
A divisão secundária parece ter reduzido também o leque de potenciais candidatos à promoção, que não tanto ao líder, pois este lugar estará entregue ao Chafé que vem aumentando distância de jornada para jornada, como mais uma vez ocorreu. Sem apelo, o Chafé venceu em Távora, com três golos sem ser beliscado e poderá encomendar as faixas, a não ser que surja um ciclone. A luta estará, por isso, na segunda vaga, em disputa entre Vila Franca e Arcozelo, com estes últimos a vencer na lanterna vermelha, Águias do Souto, por dois a zero, enquanto a equipa das “rosas” se ficou pelo nulo em terras monçanenses, onde visitou o Raianos. Um nulo na Tomada que acabou por prejudicar ambos os conjuntos, pois atrasou o Vila Franca e praticamente “despediu” o conjunto monçanense.
Na questão do “miolo” da tabela, o Vianense B teve o melhor proveito, em face da vitória caseira por duas bolas a zero, frente ao Fachense, que lhe possibilitou a permuta com o Raianos, sendo que o Moreira conseguiu o terceiro empate, cedendo à vantagem que conseguiu em Gandra, saldando o jogo em um a um final, tendo conseguido saltar ainda um degrau a turma do Caminha com o seu triunfo magro, na foz do Minho, sobre o Darquense, equipa muito dizimada na ronda anterior.
Mais por baixo, o Castanheira mantém o penúltimo posto reservado, pois averbou nova derrota caseira, traduzida em zero a quatro, diante do Bertiandos, e o Lanhelas não se adaptou bem à casa emprestada e sofreu três golos no dérbi com o Ancorense, em ronda ainda menos produtiva que a principal, já que se apontaram apenas dezassete golos, mas com percentagem ainda mais elevada dos forasteiros.
Passando para o CNS, o Cerveira bateu no fundo, que é como quem diz, entrou em lugar de descida directa, com mais uma derrota caseira, frente ao Vilaverdense, concluindo a primeira metade sem saborear um triunfo, o que já motivou “chicotada”. Tem muito trabalho físico e psicológico a fazer, o senhor enfermeiro Joaquim Venade! O Limianos também saiu vergado ao peso de derrota, no nordeste transmontano, onde os dois golos apontados foram insuficientes perante o trio dos brigantinos, mantendo, porém, a cabeça fora da linha de água, já que o Vieira perdeu em Pedras Salgadas e voltou a apoderar-se da lanterna vermelha, e ainda ao facto de Santa Maria se ter ficado por empate a um frente ao Vianense. Virão por aí sete rondas de arrepiar, para os conjuntos minhotos, pois os transmontanos parecem indiciar a salvação.
Intensa será também a luta pela subida, já que a vitória do Fafe sobre o Varzim, por dois a um, “incendiou” a série, após o triunfo, conturbado e turbulento, do Famalicão, pela mesma margem, em casa do Salgueiros.
Vildemoinhos e Mirandela continuam e parecem talhados para lanternas vermelhas, após derrotas, extra muros, em terras de Cesar e na Foz do Sousa, respectivamente.
Quatro pinceladas finais no último fim-de-semana de Março e de horário de inverno. A primeira, obviamente, para saudar a selecção nacional pela vitória alcançada frente à Sérvia, que deixa as portas abertas na qualificação para a fase final do europeu.
Por via da selecção, o futebol profissional ficou limitado à conclusão da ronda da II Liga, que serviu para o Chaves manter a liderança, após triunfo muito suado e difícil perante o Farense, só conseguido de grande penalidade e quando já se encontrava em inferioridade numérica, bem como a vice-liderança do Tondela que teve que fazer a remontada caseira diante de Santa Clara, vencendo por dois a um, merecendo ainda destaque a vitória da Covilhã no vizinho beirão de Viseu, que aproximou os serranos da luta pela ascensão.
Falando de Hóquei em Patins, continua na luta o Valença H C, após triunfo forasteiro em Fânzeres, agora que está a quatro pontos dum lugar de disputa de promoção e com menos um encontro que os concorrentes. Já no campeonato principal e após triunfos de Porto e Benfica na ronda, eis que a grande decisão será tomada na próxima jornada, embora só tenha lugar em 18 de Abril, nesse clássico da Luz.
E concluímos no feminino, e da mesma forma como iniciámos entre os pequeninos. Agora as felicitações e os parabéns são para as meninas de Castanheira que ergueram a Taça. Deixaram escapar o campeonato, mas deitaram mão à Taça numa final épica e simultaneamente dramática entre os dois melhores conjuntos. Antevia-se e confirmou-se a superioridade de Castanheira frente ao ARA e do Soutelense, à Zona Fut, disputando os dois emblemas a final. A perder por dois a zero ao intervalo, as meninas de Castanheira tiveram aplicação máxima na etapa complementar conseguindo igualar a partida em três golos e levar a decisão para o sofrimento das grandes penalidades. Na série de três, as courenses converteram duas e apenas sofreram uma, pelo que a festa decorreu pela noite dentro.
Páscoa antecipada em Castanheira e em Moreira. Páscoa, no seu devido tempo, para todos, incluindo-nos, pelo que voltaremos a estas lides dentro de quinze dias. Santa e feliz Páscoa para todos… com amêndoas.