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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 29 e 30 de Dezembro

31 Dezembro, 2012 - 13:02

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Não sabemos se foi para deixar alguma saudade em matéria desportiva, mas a verdade é que a última ronda do ano trouxe-nos emoções a rodos, tendo sido, possivelmente, a mais entusiástica e uma das mais emocionantes.

Não sabemos se foi para deixar alguma saudade em matéria desportiva, mas a verdade é que a última ronda do ano trouxe-nos emoções a rodos, tendo sido, possivelmente, a mais entusiástica e uma das mais emocionantes.
Principiemos pela Divisão de Honra Distrital, onde a antepenúltima jornada da primeira volta colocou muitos nervos em franja e atenções desmedidas até ao derradeiro apito, em grande parte dos jogos. Campos, Coura e Vila Fria foram três desses locais em que só o apito final conseguiu apurar os vencedores das partidas.
Começando pelo alto de Paredes de Coura, a equipa local travou um duelo empolgante com o Neves, com “prolongamento” e tudo, ditado por algumas escaramuças, terminado quase dez minutos após os noventa, com apenas um golo marcado, numa vitória tangencial para os courenses que os deixou colados à liderança, provocando alguma azia em Fernando Rego a ponto de ter disparado em várias direcções sem que a própria força de segurança tivesse sido poupada. Sinal inequívoco da importância tremenda dada ao jogo.
A completar o par da liderança – assumindo-a mesmo em face do confronto da primeira jornada – está o Valenciano vencedor no 1º de Janeiro, embora num final dramático e com uma expectativa enorme. Só após meados da etapa complementar é que os comandados de Rogério Brito alcançaram o golo, parecendo uma combinação perfeita com o Courense, pois curiosamente os golos aconteceram em simultâneo. De aparente tranquilidade à entrada dos cinco minutos de compensação, com dois golos de vantagem, o Valenciano não só sofreu um golo como acabou encostado às suas redes num verdadeiro calafrio provocado pelos nove do Campos que estavam em jogo na altura, pois o vermelho foi erguido três vezes na partida, que teve todos os condimentos dum verdadeiro dérbi.
Não menos emotivo terá sido o encontro em Vila Fria, equipa que ia provocando sensação já que o golo apontado aos dezanove minutos manteve os locais na expectativa de vitória apenas contrariada já nos minutos finais e mesmo em plena compensação, graças a dois marcadores que Luís Martins mandou do banco para o terreno de jogo minutos antes, acabando por valer os três pontos aos da vila das artes e coloca-los no último lugar do pódio.
Extra Vale, saliência para três vitórias extra muros, sendo excepção a Correlhã que marcou apenas um golo ao Castelense e integra já o equador da tabela, lugar mais condizente com o habitual estatuto. De resto, a lanterna vermelha Vila Franca, que até esteve em vantagem, acabou derrotada pelos Vitorinos de Piães, e começa a ter imensas dificuldades em sair desse incómodo posto. Também o Lanheses começa a entrar no seu habitat natural, tendo ontem vencido no terreno dos vizinhos de Moreira de Lima, equipa que já perdeu, em definitivo, o epíteto de “sensação”. Finalmente, vitória do Paçô em Bertiandos, em face do que “afogou” a equipa das Lagoas e colocou-se com a cabeça a borbulhar sobre a linha de água.
E assim, 2013 arrancará com três equipas Vale do Minho no pódio, a prometer um semestre empolgante e repleto de emoções. Tentaremos segui-las a par e passo.

Resumindo um pouco mais a Distrital secundária, o primeiro destaque vai para a aproximação entre o trio da frente, em resultado de nova derrota do ainda líder Darquense, por dois golos sem resposta, no Olival, em Perre, a terminar da pior forma o ano, em contraste com o adversário, a equipa com maior número consecutivo de vitórias, conjugada com mais um triunfo do Lanhelas frente ao conterrâneo Ancorense, num jogo com alternância de marcador e pautado por cinco golos.
Quatro pontos separam agora o trio do pódio, logo seguidos pelo Arcozelo que ontem infligiu nova derrota ao Castanheira, o único perdedor do Vale, pese ter estado em vantagem durante a primeira parte do encontro. Os outros dois conjuntos averbaram empates, tendo o Raianos segurado o nulo até final em Chafé, valendo-lhe a permanência na metade superior da tabela, ao passo que o Moreira consentiu o empate já perto do final da partida em Caminha, onde esteve em vantagem durante largo período do jogo.
Os dois encontros restantes serviram para confirmar os dois últimos postos da tabela, com a lanterna Águias do Souto a ser cilindrada nos Arcos por sete a um, na segunda vez que os arcuenses conseguem esse resultado, e o Gandra a perder no seu terreno com os vizinhos da Facha, por dois golos sofridos e apenas um apontado em seu favor.

No nacional, a jornada de despedida do ano coincidiu com a primeira da segunda volta e trouxe quatro situações a nível distrital: a pujança do Vianense, as dificuldades eminentes no Melgacense, a clarificação das reduzidas hipóteses dos barquenses e a inevitabilidade da despromoção dos monçanenses.
O Vianense mostrou garra, atitude e vontade férrea dando volta a um resultado desfavorável, com menos um elemento em campo durante quase uma hora e colocando um ponto final à invencibilidade do líder Bragança, demonstrando as reais capacidades da equipa da capital do distrito se poder manter pelo nacional.
O Melgacense não conseguiu disfarçar alguma crise, ainda que velada, que se diz abater-se sobre o plantel e mais não foi capaz que conseguir melhor que um empate, depois de ter chegado à vantagem, notando-se a desmotivação pela parte final da partida. O cenário é muito sombrio e o futuro carregado de incerteza, agora que o pódio começa a ser de difícil acesso.
Os barquenses não conseguiram repetir a proeza da primeira volta e pagaram, com juros, o atrevimento do primeiro jogo, perdendo, desta feita, por dois em terras de Galegos, perante Santa Maria a entrar na luta pelo cimo.
Os monçanenses repetiram a dose dos últimos onze jogos, que o mesmo é dizer, nova derrota, também com juros, face à proeza única da ronda inaugural. Desta feita, os da terra de Deuladeu ainda chegaram a dar um ar de valentia, estando em vantagem por dois a um, mas a Maria da Fonte impôs a sua lei eliminando o Desportivo com quatro implacáveis golos, tornando a sua sentença de despromoção quase em julgado.
E com a “prata” garantida pelo Ronfe há uma semana, após triunfo em Esposende, não permitindo que esta equipa se descole dos monçanenses, como par do fundo, o Marinhas deu chapa três ao Merelinense, um resultado que deverá ter servido para condenação recíproca.

E quase em despedida, apenas a constatação que o Limianos, apesar de ter assistido à jornada em sofá, vai transitar de ano no pódio, uma expectativa que lhe poderá acalentar enormes esperanças de futuro.
Assim termina o ano da dúzia, com nota apenas Suficiente para dragões e leões, muito solidários pelas dificuldades encontradas em conseguir empates no Estoril e em Moreira de Cónegos, que, todavia, lhes dão inteiras garantias de poderem prosseguir na Taça da Liga, em vésperas do seu confronto para o campeonato, facto que vai animar a primeira quinzena de 2013, ano em que se espera a ressurreição do leão, definitivamente “morto” para qualquer título na época, após o naufrágio total no Rio Ave
Tenha uma boa passagem para o Novo Ano e continue connosco ao longo dos próximos meses, pois como depreende as emoções são cada vez mais apaixonantes.

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