Longos Vales, é Campeão. Este é o primeiro apontamento que nos apraz registar relativamente ao fim-de-semana. Se bem que já festejámos a conquista duma Taça, por banda do Castanheira, em futsal feminino, verdadeiramente este é o primeiro título de campeão que recai, na época em curso, sobre equipas “Vale do Minho”.
Um título que assenta bem aos sanjoaninos, mas parece ter tido alguma dor de cotovelo por outras bandas que, na tarde de ontem, ainda quiseram “disfarçar” o que foi inevitável. Para poder chegar à consagração nesta penúltima jornada, a equipa monçanense teria que vencer, como venceu, e esperar que Anais não ganhasse, tal como acabou por acontecer com o nulo final frente ao Calheiros. Com a vitória de ontem frente ao Deucriste, a equipa de Fernando Guedes poderia, quando muito, adiar a festa para o próximo Domingo na sempre difícil deslocação a Cabaços, mas assim… festejar o triunfo em casa foi bem mais saboroso e a viagem até terras limianas servirá apenas para o passeio triunfal no regresso.
Bravo, Longos Vales, num abraço de parabéns a dirigentes, equipa técnica e atletas, bem como aos seus apoiantes que sempre, em elevado número, a acompanharam, numa extensão que certamente se prolongará pela participação na fase nacional.
Antes de rumar a outras provas, destaque ao empate a dois golos do Estrela de Monção na sua deslocação a Gondar, ponto insuficiente para deixar a lanterna vermelha, esperando consegui-lo na derradeira ronda na semana que aí vem.
Pelo Nacional, ficámos, em termos de área, por embate entre os nossos representantes, na terra de Inês Negra. Foi, deveras um verdadeiro dérbi! Os visitantes foram os primeiros a marcar e só perto do intervalo surgiu a igualdade que esteve prestes a manter-se até final, altura em que os donos da casa conseguiram arrecadar três pontos extremamente importantes.
Não sendo possível vencer ambos, este resultado acabou por servir os interesses do Melgacense, quando, em boa verdade, o empate talvez não beneficiasse nenhum deles. É evidente que o Cerveira ainda pode sonhar, pois a matemática ainda lho permite, mas a prática habitual conduz-nos à quase impossibilidade de suprir uma lacuna de oito pontos na disputa de apenas quinze. Porém, enquanto há vida…
Já os comandados de Paulinho deixaram a zona de despromoção, em troca com o Amares batido em casa pelo Marinhas, num encontro com oito golos, todos na segunda parte, a contrastar com o nulo da primeira metade, colocando ao amarenses em situação complicada, juntamente com o Fão que voltou a sofrer derrota imposta pelo “conterrâneo” da sede concelhia. O triunfo do Esposende parece ter colocado esta equipa na rota da manutenção, em oposição nítida ao Cerveira, com os mesmos oito pontos de diferença para a linha divisória. Pelo exposto e salvo sempre imponderáveis, o Melgacense tem que se haver sobretudo com Amares e Fão, pelo que o próximo desafio com recepção aos fangueiros é quiçá o mais importante dos cinco em falta.
Uma palavra à fase de subida, mormente para o Vianense, que sofreu chapa quatro no terreno do líder Joane, mas acabou por nem ser muito prejudicado no objectivo segundo lugar, com a vitória dos vilaverdenses frente aos de Santa Maria. A não ser que venham a fazer o mesmo aos de Viana, no Domingo que aí vem! É que se tal acontecer… mais um ano por baixo de Limianos.
Com a Honra e a I Divisão em pausa antes do trio de jornadas decisivas e “quentes” que aí vêm, o Torneio também trouxe alguma emotividade em ambas as séries, com o baralhar de contas, no que concerne aos finalistas.
Na série dos clubes “Vale do Minho”, a menção honrosa vai para Lanhelas, vitorioso frente ao ex-líder Castanheira, por diferença de dois golos, superior ao único da vantagem da primeira volta, o que valeu mesmo a liderança aos lanhelenses, em igualdade pontual com os de Castanheira, mas em vantagem no confronto directo.
O Moreira alternou o excelente da semana passada com o deficiente desta, sofrendo copiosa derrota na Facha, que deixou marcas desmotivadoras. Já o Raianos sentiu algumas dificuldades para levar de vencida a lanterna vermelha Moledense, acabando por manter-se na corrida à liderança graças à vantagem de dois a um. E nas duas rondas finais, com dois dérbis do Vale, tudo poderá acontecer, até mesmo a vitória do Lanhelas, o melhor posicionado para tal.
Na outra série, o Caminha, ao derrotar o Perre, juntou-se-lhe na liderança e continua tudo em aberto para um destes clubes ou para o Chafé, ainda com hipóteses, apesar do desperdício de dois pontos caseiros ontem perante o Proselense.
E quem sabe, se não teremos uma final caminhense?!
Pois é, com estas pequenas grandes decisões cá entre nós, até nos esquecemos dos grandes confrontos entre dragões e águias, que os braguistas já estão arredados. Pois… também não houve nada de anormal e quando assim é… Talvez lá para o próximo fim-de-semana as coisas não sejam tão pacíficas!
E cá pelas nossas bandas, o próximo fim-de-semana vai escaldar, pelo menos em temperatura desportiva.
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