Na passada Sexta-feira, iniciamos a crónica de antevisão ao fim de semana afirmando que “este será também um fim-de-semana de Taça, e, por isso, como se costuma dizer da festa do futebol aí por muitos recantos deste país.”
Pois é, mas não se poderá omitir o inverso. Festa, de verdade, para uns, mas tristeza e desilusão para outros. A repercussão maior destes opostos ocorreu em Moreira de Cónegos, com os locais a prosseguir em festa e em prolongamento da agonia dos leões. A Taça fez tombar um grande logo à primeira! Há quem diga, porém, que o Moreirense não foi “tomba gigante”! Seja como for, o Sporting está fora de mais uma prova, numa época de arrepiar caminho, mas ontem até foi grande – em azar! É bem certo: quando se está em desgraça, tudo corre mal.
Mal não correu para o Porto, mas foi preciso um “milagre” de Santa Eulália para ter conseguido, no mínimo, fugir a horas extras, das quais se não livrou o Braga para conseguir bater os bebés de Matosinhos.
Não se poderá falar em grandes surpresas nesta ronda, sinal de que o Ponte da Barca não foi capaz de evitar a eliminação frente à Académica, detentor do troféu, ficando a Associação vianense sem qualquer representante já que o Limianos também se despediu após ter sofrido um golo do Tourizense.
No que respeita aos nossos campeonatos regionais, após quatro jornadas disputadas, sobressai o total contraste dos Moreiras: sensacional, o do Lima, a liderar isolado a Honra, pois além das quatro vitórias já é a única equipa que não conheceu a derrota; anormal, o do Gadanha pelas quatro derrotas averbadas, só atenuadas pelo facto de ontem, no dérbi, ter apontado o primeiro golo oficial da época.
Pois é, quem esperaria que o Moreira do Lima possuísse, à quarta jornada, mais três pontos que os potenciais candidatos ao trono? Mas, a verdade é que já os amealhou e ontem desvencilhou-se dos vizinhos de Bertiandos com um triunfo por dois golos conseguido na segunda metade da partida.
À espera da primeira escorregadela dos moreirenses estão agora o par Cerveira/Courense, dois conjuntos que garantiram triunfos na tarde de ontem e assumiram o estatuto de vice-líderes. A vitória do Cerveira aconteceu no 15 de Agosto, em Lanheses, com um único golo obtido ainda na primeira metade da partida, suficiente, porém, para amealhar os pontos em disputa e conseguir a terceira vitória consecutiva, como que a fazer esquecer, em definitivo, o desaire inicial no seu campo.
O Courense, apesar de ter obtido uma vitória mais folgada sobre o Távora, concretizando dois golos, não deixou de sentir algumas dificuldades, embora por alguma culpa própria ao não concretizar uma grande penalidade na primeira parte, ficando depois privado da “estrela” Lipinho por expulsão, situação que viria a “empatar” com o adversário, pouco antes de confirmar a vitória que o levaria ao segundo posto da tabela.
Ao contrário deste par do Vale, o Valenciano voltou a claudicar, pelo segundo Domingo consecutivo, naquela que foi a terceira saída do seu reduto. O candidato, agora assumido, Neves não deu quaisquer hipóteses aos comandados de Rogério Brito, cujo guardião ainda adiou o primeiro remate da grande penalidade, mas foi impotente para segurar a recarga. Desta forma, através duma grande penalidade, embora “trocada”, significando duplo erro do pretenso sucessor de Luís Peixoto e já “herdeiro” na distribuição de cartolinas, começou a construir-se a vitória do Neves, a equipa que reúne, no entendimento do seu técnico, Fernando Rego, as melhores condições para conquistar o título. Que se cuidem os restantes, incluindo o Campos que ontem descansou!
Desalojado da dianteira foi o Vila Fria, em seu domínio, pelo vizinho e homólogo. Um golo solitário, ainda na primeira metade da partida, contribuiu para os primeiros pontos dos homens da Vila Franca e, inversamente, para a primeira derrota dos vilafrigidenses. A esta, que consideramos a primeira surpresa da ronda, junta-se-lhe outra não menos inesperada, igualmente com os primeiros pontos do Paçô conquistados na vitória na Correlhã e de forma mais ou menos idêntica o nulo arrancado pelos Vitorinos (de Piães) em terras da Beira-Mar perante o Castelense que havia travado, uns dias antes, os homens de Valença. Em suma, se dúvidas houvesse, estes três encontros vieram demonstrar que a “lógica” não existe e o factor casa nem sempre é sinónimo de vantagem.
Descemos ao escalão secundário que começou na tarde de Sábado com confronto entre candidatos na Coutada. Os arcuenses estiveram em vantagem, mas os de Castanheira repuseram a igualdade á entrada dos minutos finais, mantendo-se os pupilos de Alberto Pires ainda invictos.
Na tarde de Domingo, o dérbi monçanense começou prometedor, com o Moreira a conseguir o primeiro golo da competição ainda nos primeiros minutos, mas com pronta resposta dos Raianos a dar a volta a seu favor. Tudo isto no primeiro quarto de hora e depois a “fonte” dos golos secou e os três pontos ficaram em Messegães, pesem algumas queixas de Quim Zé sobre decisões de arbitragem, no que foi contraposto por Vítor Alves.
Honras da jornada para o Darquense, em que um golo único na Carapita, perante as Águias (do Souto), graças a uma grande penalidade assinada por Bárbara Domingues na primeira parte, valeu a vitória e a liderança isolada desta competição que pretende vencer, mas em que terá que contar com vários adversários dominados pelos mesmos objectivos. Dentre estes, o Ancorense que foi à Facha vencer por dois a um, bem como do Caminha, em grande momento, triunfador sobre o Perre, sem margem para dúvidas, por três bolas a uma.
Também o Lanhelas tem demonstrado intenções de chegar aos lugares do cimo, mas ontem nada poderia ter feito pois coube-lhe a folga, que aproveitou para recuperar energias para o grande dérbi concelhio que por aí virá Domingo.
Ao contrário, as prestações em sentido inverso vão chegando do Chafé, a surpreendente lanterna vermelha, que ontem foi “esmagada”, no 9 de Julho, pelo Arcozelo, equipa que averbou a primeira vitória da época. A concluir, neste leque de equipas do fundo da tabela, um empate entre Grecudega e vizinhos de Donas, com um par de golos para cada um, traduzindo-se no primeiro ponto para os visitados de S. Martinho da Gandra.
Pronto por esta semana e até ao próximo fim-de-semana onde voltaremos a contar com os nacionais, mormente o “nosso”, onde Melgacense e Desportivo competem, apresentando-se-nos a expectativa extra da prestação dos monçanenses, a partir de agora sob a orientação do Avelino Afonso (Chio), que terá estreia, desta vez, em terras de Galegos. A ver se no-lo chamam, pois será sinal que não gostaram do nosso resultado.
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