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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 1 e 2 de Dezembro

3 Dezembro, 2012 - 10:43

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Tivemos um fim-de-semana especial, já que os pontos ficaram fora das contas e deram lugar às grandes emoções das Taças. E embora não tenhamos assistido aos fenómenos próprios dos tomba gigantes, o certo é que num ou noutro campo as emoções não poderiam ter sido maiores. É caso para dizer que foram poucos, mas bons os jogos em que houve, efectivamente, Taça.

Tivemos um fim-de-semana especial, já que os pontos ficaram fora das contas e deram lugar às grandes emoções das Taças. E embora não tenhamos assistido aos fenómenos próprios dos tomba gigantes, o certo é que num ou noutro campo as emoções não poderiam ter sido maiores. É caso para dizer que foram poucos, mas bons os jogos em que houve, efectivamente, Taça.

Na Taça principal, na que é de todos nós, a maioria não deixou de ficar satisfeita com a eliminação dos dragões na cidade dos Arcebispos, redimindo-se os arsenalistas do desaire de uns dias atrás e encontrando alguma da imensa sorte que lhe havia fugido. Além da eliminação, esta vitória bracarense fez caducar aos dragões o estatuto de única equipa invicta, sendo, por isso, um duplo feito o praticado pela equipa de Peseiro.
Além desta situação, o facto mais saliente vai para o Arouca, único conjunto de escalão inferior a bater o pé ao superior, merecendo o feito ainda o destaque de o ter conseguido perante a equipa da capital do seu distrito, um Beira-Mar que junta à sua condição de lanterna vermelha uma subjugação na Taça.
De resto, normalidade, com o senão do Guimarães voltar a forçar os seus hospedeiros a horas extras e a dar-lhes novamente, desta feita aos insulares do Marítimo, o golpe fatal nas grandes penalidades.

Cá pelos nossos âmbitos também houve jornada de Taça, com os trinta conjuntos em acção e no cômputo geral, apenas três equipas do principal escalão ficaram pelo caminho, o que pressupõe, inversamente, apenas três apurados do escalão secundário. Precisando mais especificamente, diremos que apenas um caso se reportará pelo desvio à teoria do mais forte. Trata-se do Perre, único conjunto a apurar-se à custa dum adversário do escalão principal, o Vitorino de Piães, com o golo único obtido mesmo nos instantes finais da partida, no Olival.
O Perre transformou-se, via desse facto, no único tomba gigantes, já que os outros dois conjuntos eliminados da Honra – Bertiandos e Vila Franca – sucumbiram perante “colegas” do mesmo campeonato. Num e noutro caso, porém, as dificuldades foram de monta, já que o Neves, que jogou nas Lagoas, venceu tangencialmente um encontro que teve sete golos no decurso dos noventa minutos. Já o Vila Franca foi ultrapassado pelo seu vizinho e homónimo “vila”, que vingou “Fria” a desfeita então praticada para o campeonato. No entanto, para a que o Vila Fria ficasse apurado, foram necessárias, além dos cento e vinte minutos, as grandes penalidades.
Semelhantemente, também os outros dois apurados da I divisão conseguiram a qualificação à custa de parceiros de prova. Com relativa facilidade, até pela expressão de quatro a zero, o sensacional Lanhelas passou e “passeou” em Vitorino das Donas, mas já o novo Atlético dos Arcos caiu na “morte súbita” da lotaria dos penaltis em Chafé, onde nos cento e vinte minutos não largaram mão da igualdade, tal como na primeira série das grandes penalidades.

Apesar dos restantes apurados terem sido do principal escalão e o terem conseguido perante os do inferior, longe de se imaginar que tudo foram “rosas”, pois muitos “espinhos” foram espetados e as meias surpresas fizeram a sua aparição e provocaram muitos calafrios. Que o digam Valenciano e Courense, por exemplo, que foram obrigados a horas extras para levar de vencida Raianos e Arcozelo, respectivamente.
O Valenciano, então, andou pelas nuvens, bem perto do céu, desceu aos infernos e acabou no purgatório. Com uma vantagem de dois a zero a quinze minutos do final da contenda, talvez não lhes passasse pela ideia a disputa dum prolongamento no Areal, onde voltou à vantagem e consentiu nova igualdade, apenas desfeita quando o espectro das grandes penalidades já pairava na mente de quase todos. Houve, de facto, emoção e taça, no Raianos/Valenciano.
O Courense também se viu forçado a horas extras, melhor viu-se bafejado pela sorte em ter conseguido manter a igualdade que lhe conferiu esse direito, pois a surpresa chegou a ser evidente.
Já agora, aproveitando a “boleia” dos conjuntos do Vale do Minho, o Campos também se viu em apuros no municipal de Caminha perante a equipa local e só a segunda grande penalidade é que lhe serviu para carimbar o passaporte rumo aos oitavos. Vinagre não conseguiu “azedar” à primeira, mas na segunda “vinagrou” mesmo a turma local, afastando-a da prova.
O Cerveira não teve problema algum em bater o Moreira, por quatro a um, na Tomada, não se chegando sequer a enervar com a morosidade do primeiro tento, pois tudo decorreu de forma natural e ao ritmo conveniente. Já o Castanheira impos alguma resistência ao Correlhã, mas apenas durante algum tempo, pois após o primeiro derrube da muralha, os cornelianos tornaram a eliminatória bastante facilitada.

Restam cinco embates, dos quais apenas dois se resolveram no tempo regulamentar e um deles sem grandes preocupações e incertezas desde cedo. Trata-se, neste último caso, do Távora que “despachou” com mais facilidades que as esperadas o invicto Darquense, que não teve argumentos para suster o ímpeto tavorense e até viu o seu trabalho facilitado pela superioridade numérica provocada pelo guardião forasteiro. O outro foi o Moreira de Lima que venceu os vizinhos de Gandra através dum único golo.
Os três restantes só foram resolvidos no prolongamento, com realce ao Paçô que, jogando em casa, só afastou o Fachense no tempo extra, conseguindo desfazer o empate a um golo, tendo obtido mais dois. Também Castelense e Lanheses, em Vila Praia de Âncora e em Rebordões, respectivamente, só foram capazes de desfazer o empate a dois golos, no tempo extra, concretizando cada qual mais dois, embora as Águias ainda marcassem mais um, pairando a incerteza mesmo até ao apito final.
Em suma, não poderemos falar de grandes tomba-gigantes, mas que houve taça, lá isso…

Para não fugir à regra, até o Inatel teve também taça só que nenhum dos oito clubes ainda foi eliminado, faltando a segunda mão. Em todo o caso, o campeão Longos Vales e o Calheiros partem em vantagem confortável porque ambos ganharam fora dos seus redutos, ainda que por números diferentes. Mais equilíbrio poderá surgir nos outros dois jogos, já que assistimos a duas vitórias caseiras, ambas pelo resultado de dois a um, podendo Cepões e Deucriste, em seus domicílios, anular as vantagens de Gárcea e Adecas.

E a terminar este fim-de-semana sui generis, apenas uma referência a três pontos, precisamente os conquistados pelo Limianos em território flaviense, em jogo antecipado da jornada de fim de ano, que assim já os tem a render e que lhe vão valendo o pódio.

E pronto. Depois das emoções carregadas pelo Novembro, a entrada do Dezembro trouxe-nos as “taças” para os brindes de Natal. Mas este mês de festas ainda vai trazer por aí muita euforia e, de modo contrastante, alguma frustração e, quiçá, desilusão. Quem sabe se não será já o próximo fim-de-semana que entre outros nos irá proporcionar um Sporting/Benfica, com todos os aliciantes habituais e mais um para parafrasear a moda política: será que Godinho Lopes aguenta? Ai se aguenta! Aguardemos a febre de Segunda à noite, da qual começaremos a falar lá para Sexta-feira.

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