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Desporto

Rescaldo do dim-de-semana desportivo de 24 a 25 de Março

26 Março, 2012 - 12:33

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Foi, sem sombra de dúvidas, um fim-de-semana absolutamente contrastante com o anterior. Lamentámos, há oito dias, alguma pacatez, monotonia, acalmia e até menos entusiasmo.

Foi, sem sombra de dúvidas, um fim-de-semana absolutamente contrastante com o anterior. Lamentámos, há oito dias, alguma pacatez, monotonia, acalmia e até menos entusiasmo. Não seria possível termos melhor reacção que a já vivida e nem imaginámos sequer o que ainda por aí virá! É caso para dizermos: viva o futebol, mas cuidado com os cardíacos!
Certamente verão nesta “entrada” referência implícita ao principal campeonato nacional, com o Porto a desperdiçar o “bónus” do Sérgio Conceição ou, ao invés, de Melgarejo a devolver o prejuízo ao “seu” Benfica. Seja como for, Benfica e Porto fizeram o mesmo resultado e o melhor “castigo” para ambos seria hoje a elevação dos bracarenses ao topo. Porém, aconteça o que acontecer no Axa, mais logo, vem aí duas jornadas de cortar a respiração e dar que falar… nem que seja, como está na moda, das arbitragens. Até parece que estas são as grandes responsáveis pelo fracasso de alguns.

Pensámos, evidentemente, na Zon Sagres, mas também entre nós houve motivos de sobejo para considerarmos o fim-de-semana altamente alucinante, mas a criar também motivos de profunda reflexão.
Começando pelo Nacional, em arranque na fase decisiva, tudo começou mal, diremos da pior maneira para os do “Vale do Minho”, com duas derrotas e a junção dos nossos representantes nos dois últimos lugares. Tudo saiu ao invés do que havíamos protagonizado e sobretudo desejado.
O Cerveira começou provavelmente a traçar o seu destino ao perder em casa, já que a sua situação não permitia cedência de pontos em seu domicílio. Até começou bem a equipa de Aníbal Ferreira, colocando-se em vantagem, mas o Amares deu a volta, consumando a vitória já lá pelos instantes finais, mantendo a equipa da vila das Artes na condição de lanterna vermelha e em situação de difícil recuperação. A derrota do Melgacense em Fão, algo inesperada pela situação dos fangueiros, também não foi negativa apenas para si própria, mas também para os cerveirenses ao deixar fugir o adversário mais próximo.
Tudo correu mal também ao Melgacense, que nem uma grande penalidade conseguiu converter para inverter o estado das coisas, parecendo ainda atordoado pelo “fantasma” dos seis golos sofridos na primeira fase da prova.
Em resultado destas derrotas, precisamente perante os adversários que entravam em lugares de despromoção, Cerveira e Melgacense caíram em situação complicada, sendo muito crítica a do Cerveira, obrigado a conquistar fora de casa mais pontos que os perdidos nesta jornada, e preocupante a do Melgacense que se vê já obrigado a ultrapassar dois degraus para evitar lugares indesejáveis.
Já que nos encontramos no nacional, estendemos o alcance ao outro conjunto regional, o Vianense, que também entrou de pé torto, derrotado em casa e começando a complicar a intenção de subida. Como o Limianos também sucumbiu na Madeira, eis a saída dum fim-de-semana muito sombrio para estes lados.

Passemos para a Honra, de regresso após a Taça e a entrar na recta da meta. Ganharam os da frente, Ponte da Barca e Neves, ambos em casa, com menos dificuldades que as esperadas, talvez, embora o Neves tenha adiado a calma por alguns minutos ao desperdiçar uma grande penalidade. Continuam separados pelo ponto, quem sabe se só até Domingo, pois têm deslocações difíceis. O líder viajará até Piães, equipa em luta tenaz pela fuga aos últimos lugares e que ontem travou o Valenciano, a viver período menos produtivo, querendo, por isso, redimir-se perante o seu público, precisamente na recepção ao perseguidor Neves.
No Manuel Lima viveu-se mais um derbie Vale do Minho, com a recepção do Desportivo ao ex-líder Courense, equipa em queda livre desde há sete rondas. Ao invés, os monçanenses atravessam o melhor período com uma boa série de vitórias, para o que muito terá contribuído ontem o golo mais veloz da competição, averbado com apenas vinte e cinco segundos de jogo, obra de um Duque!
No entanto, no Manuel Lima viveram-se emoções de verdadeiro derbie, já que após o Desportivo de Monção ter dois golos de vantagem e superioridade numérica também em dois elementos, viu Hugo Alves expulsar o guarda-redes Mota e punir os locais com uma grande penalidade que o “improvisado” Lucas não conseguiu suster, lançando a incerteza do desfecho nos minutos finais.
Saliência ainda para o jogo escaldante entre Darquense e Távora, com vitória para os arcuenses, lançando ainda confusão no fundo da tabela, onde os clubes ali instalados estarão agora mais preocupados após os desfechos do nacional.
Continuará este campeonato emotivo por mais alguns dias e isso não fará senão bem à prova.

No escalão secundário, surpresa também em Arcozelo, com a primeira vitória – e gorda -desta equipa perante o Campos, ontem muito aquém do que nos habituou. Os locais até começaram por desperdiçar uma grande penalidade, mas a seguir “beneficiaram” de autogolo e concretizaram uma segunda oportunidade, sendo ainda favorecidos por dois vermelhos do adversário, elevando o marcador para números expressivos. Pese a derrota, os homens do 1º de Janeiro ainda se mantêm em lugar de promoção, embora já distante agora da equipa sensação desta fase – o Bertiandos – que não está a desperdiçar a “mão” que lhe foi dada. É assim mesmo, bem feito, para ver se alguém se arrependerá!
No Torneio, destaque para mais vermelhos no derbie entre Castanheira e Moreira, com a equipa de casa a vencer, confirmando o resultado no momento em que tinha menos duas pedras, e rumando ao primeiro lugar, lançando-se à renovação da conquista que conseguiu na época passada. Já o Raianos voltou a não ter argumentos para conseguir três pontos e cedeu novo empate, no Areal, frente ao Lanhelas.

Em suma, tirando os dois derbies entre equipas de Monção e Coura, com uma vitória para cada lado, dos que jogaram em casa, os restantes encontros trouxeram-nos um fim-de-semana negro. Mas valha-nos a excepção com a Taça Fundação do Inatel, onde houve boas notícias para as nossas cores.
O Longos Vales venceu em Gondar, dando a volta a um resultado desfavorável da primeira metade e beneficiou da ajuda do Estrela de Monção que atrasou o líder Anais, na Tomada. Apesar de jogar desfalcado, graças às sanções de Calheiros, o Estrela impôs uma igualdade ao Anais e esteve mesmo na eminência de conquistar os três pontos. Tal feito permitiu a redução da diferença para quatro pontos entre a equipa sanjoanina e que ainda lidera – Anais, que pode ser suprida pelos dois jogos a mais que faltam disputar aos monçanenses.
Boas novas estas e o recrudescer das emoções a acompanhar as quatro rondas finais.

Em linhas gerais, contrapusemos à pacatez, monotonia, acalmia e falta de entusiasmo de há uma semana, resultados menos positivos para os “nossos” clubes (salvo nos confrontos entre eles), mas também “casos” e “factos”, desde o golo mais veloz, a oito grandes penalidades relatadas, entre falhadas e convertidas e à amostragem de nove vermelhos.
Não seria demasiado pedir mais num só fim-de-semana?!
Mas pedimos. Antes, exigimos; exigimos melhores resultados nos próximos.

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