Carlos Morais Vieira acaba de apresentar o seu pedido de demissão da presidência da Comissão Política da Secção de Viana do Castelo do PSD. Uma decisão que foi acompanhada pelos dois vice-presidentes e vários vogais. A notícia foi avançada pelo próprio em comunicado enviado às redacções.
De acordo com a nota de imprensa, tal decisão prende-se com o “acumular de discordâncias quanto à estratégia autárquica para o concelho, que agora se vê materializada com a indicação do candidato do nosso [deles] partido à Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Desde o ano passado que, segundo se lê no documento, Carlos Morais Vieira tem vindo a “alertar para a necessidade” de corrigir “o rumo”, “a estratégia” [do partido] e de ouvir “os sinais que a sociedade civil” fez chegar.
Diz o responsável político que respeita a decisão do partido, quanto à escolha de Eduardo Teixeira como candidato à câmara de Viana, mas admite que é uma opção na qual não se revê e por isso concretiza agora a sua saída.
À Rádio Vale do Minho, Carlos Morais Vieira referiu que esta decisão foi “cuidadosamente ponderada de forma a diminuir qualquer dano que pudesse causar à candidatura do PSD à Câmara de Viana do Castelo”.
O responsável confessa que não se revê no projecto previsto para o concelho, um município que diz ser “mal conduzido pelos socialistas” e detentor de vários problemas, que “nunca se conseguiu assumir como capital de distrito”.
“Viana do Castelo está estagnada no tempo, Viana do Castelo e a sua autarquia está falida”, é assim que Carlos Morais Vieira classifica o concelho. O responsável acrescenta ainda que, “para Viana do Castelo, era necessário um projecto ganhador”, assente na coligação do PSD e CDS-PP, liderada por Daniel Campelo.
De resto, Carlos Morais Vieira mostra-se disponível para continuar a colaborar com o partido, enquanto militante social-democrata. De referir que o responsável também apresentou a sua demissão do cargo de tesoureiro da Comissão Política Distrital do PSD.
Em ano de eleições autárquicas, segundo normativa no PSD, não será possível efectuar eleições para os órgãos do partido, o qual só poderá ser feito após o acto eleitoral.
Agora, aguarda-se uma posição do presidente da mesa do plenário de Viana do Castelo, do presidente da federação distrital e dos órgãos nacionais, quanto a este pedido de demissão.
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