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Paredes de Coura

P. Coura: ‘Comboio socialista’ na Assembleia Municipal aprovou Orçamento

16 Dezembro, 2017 - 04:24

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A maioria socialista na Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou esta sexta-feira o Orçamento Municipal para o próximo ano. O documento, com um valor global a rondar os 14,5 […]

A maioria socialista na Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou esta sexta-feira o Orçamento Municipal para o próximo ano. O documento, com um valor global a rondar os 14,5 milhões de euros, foi descrito pelo presidente da Câmara como um “orçamento que tem um compromisso com os princípios do rigor e da prudência orçamental. Parte de projeções financeiras conservadoras no campo da receita, bem como acautela a gestão cuidadosa, a transparência e o rigor das contas públicas”.

Mais a fundo, Vítor Paulo Pereira apontou desde logo que este orçamento “não é infalível nem encerra em si o único caminho de desenvolvimento possível”. No entanto, o autarca socialista fez questão de realçar que “é o mais estratégico e o maior desde que chegámos à Câmara Municipal, em 2013”.

São mais de 14 milhões e meio de euros divididos por vários itens. À semelhança dos anos anteriores, mantém-se uma forte aposta do Executivo Municipal na Cultura e na Educação – 3,5 milhões de euros. “Só o investimento na reabilitação da Escola Secundária representa aproximadamente metade do valor do Plano Plurianual de Investimentos. E isto reflete o compromisso do Município com a Educação”, frisou o presidente da Câmara. “A Cultura e a Educação são as armas mais importantes de mobilidade social e aquelas que mais felicidade trazem às famílias. Somos frequentemente acusados de investirmos muito na Educação e na Cultura”, continuou Vítor Paulo que já sacava a ‘cartada’ para aqueles que o fazem. “Chamo-lhe a ‘crítica maravilhosa’! Ou então é aquilo que eu chamo de ‘elogio feito ao contrário'”, disse. “Na Cultura e na Educação não se gasta dinheiro… investe-se!”, exclamou. “Há vozes que criticam a Câmara por investir muito na Cultura. Então que experimentem investir na ignorância e verão os resultados”, disparou Vítor Paulo Pereira.

 

 

Vítor Paulo Pereira: “Há vozes que criticam a Câmara por investir muito na Cultura. Então que experimentem investir na ignorância e verão os resultados.”

 

O Emprego continua também a ser uma preocupação para a gestão socialista plena da Câmara Municipal de Paredes de Coura [cinco elementos do PS nos cinco lugares do Executivo]. “Caminharemos ao lado dos empresários. Procuraremos abrir novas fábricas”. No entanto, “o maior desafio será a diversificação dos investimentos e a criação do emprego ligado à inovação como instrumento de fixação de jovens licenciados no nosso concelho”. Vítor Paulo Pereira lembrou que este trabalho já é visível com “os muitos jovens courenses que encontram lugar para a realização profissional nas fábricas de Paredes de Coura”. Mas edil socialista quer mais. Muito mais. E o desejo passa por abrir novas unidades industriais. “Já somos exemplo no país! Desde 2013 que as exportações aumentam todos os anos bem como a derrama duplicou”. “A ligação à A3 será o prémio para quem trabalha muito na captação de investimento”, salientou.

No Orçamento para o próximo ano, está também previsto um investimento de 1 milhão e 219 mil euros na rede viária das freguesias. “Queremos freguesias desenvolvidas, com bons padrões de desenvolvimento e qualidade de vida”, garantiu o presidente da Câmara. A reabilitação urbana está também nos pontos principais do documento. As requalificações do Mercado Municipal, do Centro Coordenador de Transportes, do Largo Hintze Ribeiro e do antigo quartel dos bombeiros estão entre as obras principais previstas para o próximo ano.

No campo do Turismo, a autarquia faz intenções de contrariar a sazonalidade das visitas. Para isso, explicou Vítor Paulo Pereira, está prevista a construção de um Centro de BTT na Paisagem Protegida do Corno de Bico. Nas margens do rio Coura está também planeado um novo percurso pedonal já batizado de “Meandros do Coura”, que promete “dar aos courenses um percurso contemplativo, sendo um promotor do desporto ao ar livre”.

A concluir, o presidente da Câmara deixou a promessa da continuação de “uma gestão sensata e rigorosa com o objetivo da consolidação orçamental. Mas jamais perderemos a capacidade de investimento e jamais esqueceremos aqueles que mais precisam”. “Este é um Orçamento para as pessoas e para as famílias!”, finalizou.

 

PSD lamenta falta de ousadia / CDU queixa-se de pouca fundamentação

 

Do lado do PSD, o deputado José Augusto Caldas lamentou o que considera “um Orçamento sem ousadia”. Reparou ainda que “este é o primeiro Orçamento nos últimos anos em que não há um aumento significativo das transferências do Estado para as autarquias”. De baterias apontadas ao Governo de esquerda, o deputado social-democrata mostrou-se desiludido com “um Governo que não está a aumentar as comparticipações. Está a manter. E, a confirmar-se a taxa de inflação, até recebem menos”.

Do lado da CDU, a deputada Celina Sousa, eleita pelo PEV, reprovou o formato excessivamente numérico em que o documento chegou às mãos dos grupos parlamentares. “Tal como eu, a maior parte dos membros desta Assembleia não são contabilistas, nem economistas nem nada do género. O que eu recebi foi um papel cheio de números!”, disse. “É um documento onde não existe absolutamente nenhuma estratégia política nem nenhuma linha orientadora do que se pretende com este Orçamento”, lamentou. “Eu sei que os números são importantes até porque estamos a falar de um Orçamento. Mas é preciso saber o que se pretende. Qual a estratégia política, quais os objetivos… é preciso fundamentar!”, concluiu a deputada.

Na votação, o documento foi aprovado com 26 votos favoráveis [25 por parte do PS e um independente] e seis abstenções. Do lado do PSD, quatro abstenções. Pela CDU, uma abstenção. Foi ainda registada uma abstenção por parte de um deputado independente.

 

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