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Monção/Melgaço

Monção/Melgaço: PS quer Estado a comparticipar tratamentos termais

19 Novembro, 2017 - 02:44

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O PS quer que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) volte a comparticipar os tratamentos termais, repondo-se o quadro de apoios que existia antes do programa de ajustamento. A notícia […]

O PS quer que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) volte a comparticipar os tratamentos termais, repondo-se o quadro de apoios que existia antes do programa de ajustamento. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios, que dá conta de que no Parlamento deu entrada uma proposta para que o apoio seja retomado, designadamente quanto à taxa de ingestão de águas, tratamentos, consultas, actos de medicina física e análises termais. 
A proposta dos socialistas surge no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018, no último dia para a apresentação de alterações (que terão ainda de ser votadas nas próximas duas semanas), e prevê que “o Governo implementará o regime de reembolso, mediante prescrição médica, das despesas com cuidados de saúde prestados nas termas”.

Ainda de acordo com o Jornal de Negócios, o PS considera ainda que o termalismo constitui uma importante fonte de rendimento para o interior do país. “Considerando que grande parte dos recursos hidrominerais susceptíveis de serem aproveitados para a actividade termal encontram-se nas regiões mais desfavorecidas e do interior do país, o valor das estâncias termais é de inegável interesse para estas localidades”. A proposta do PS acaba, assim, por fazer eco das reivindicações da Associação das Termas de Portugal, que há pouco tempo liderou uma petição à Assembleia da República para que as comparticipações dos tratamentos termais fossem retomadas.

 

Monção em ‘braço de ferro’ com concessionária

 

No que refere a Termas, Monção e Melgaço vivem cenários bem distintos. Conhecidos por serem vilas termais, estes dois concelhos mostram atualmente intenções de devolver aos respetivos espaços a era dourada de outros tempos. Em Monção, esse objetivo não tem sido fácil de alcançar. Só em rendas mensais, 11 no total, a empresa concessionária do Balneário Termal de Monção deve 55 mil euros. Os números foram referidos pelo presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Tangil. A estas cifras, somam-se outras tais como o “incumprimento na liquidação do fornecimento de água pública(cerca de 11.500 euros), bem como atrasos no plano de pagamentos aprovado por deliberação camarária (11 mil euros). A estes valores, acresce IVA à taxa legal em vigor”, leu o edil monçanense. Contas feitas, a divida global da Advancesfera ao Município de Monção é de cerca de 100 mil euros.

O presidente da Câmara, António Barbosa, apresentou uma proposta em reunião do Executivo, tendo sido aprovada por unanimidade. Desta forma, com prazo a contar da data de receção da notificação, a empresa “Advancesfera – Unipessoal, Lda”, concessionária do balneário termal durante 25 anos (contrato celebrado em 24 de abril de 2007), tem um prazo de 30 dias para regularizar as dívidas em atraso.

A autarquia lembra em comunicado que a concessionária não tomou as medidas e providências necessárias para evitar a suspensão de tratamentos termais que aconteceram em dois períodos distintos. O primeiro de 16 meses e o segundo de 3 meses, “contribuindo para transmitir uma imagem muito negativa do termalismo em Monção”.

 

Termas de Melgaço ‘já rolam’ em direção ao êxito

 

Em Melgaço, o cenário parece ser bem mais risonho. Com nova gerência desde o passado mês de julho, as Termas passaram a estar abertas todo o ano. O Grupo Pinto da Costa & Carriço Lda. assumiu o leme e pretende que estas Termas voltem a ser uma referência nacional e internacional, atraindo quem procura o lugar certo para descansar e passar bons momentos. “Queremos trazer o glamour e a importância que outrora estas Termas tiveram, dinamizando-as e devolver à comunidade melgacense o privilégio que é ter um património destes. Queremos também dar a conhecer não só ao nível nacional mas também a nível internacional aquilo que são as Termas de Melgaço, as suas valências e tudo o que agora temos para oferecer”, disse à Rádio Vale do Minho a CEO do grupo, Carina Pinto da Costa.

Dois meses depois, o mesmo grupo deu uma boa-nova que levou ao rubro todo o concelho: a recuperação do emblemático Hotel das Termas. Localizada num dos mais belos recantos do Norte de Portugal, a unidade hoteleira complementará a oferta da estância termal e será uma mais-valia para a região. O processo desenvolver-se-á na propriedade onde se localizava o Grande Hotel do Pezo, conjunto edificado hoje em ruínas, construído na segunda metade do séc. XIX, e circunjacente ao Parque Termal de Melgaço. O investimento na recuperação do hotel está na ordem dos 2,5 milhões de euros.
“Aquele hotel, que um dia foi um estabelecimento de referência na região, vai voltar a ser”, afirma a CEO do Grupo, Carina Pinto da Costa. Como noticia o blog Entre o Minho e a Serra, o hotel “(…) era tido como um hotel de elevada qualidade onde os clientes saiam muito satisfeitos”. Sob o conceito de Hotel-Boutique, será uma unidade hoteleira de 4 estrelas, com cerca de 44 quartos. “Um alojamento de características diferenciadoras, numa filosofia de sustentabilidade ambiental”, conta o arquiteto responsável pelo projeto, José António Lopes, do gabinete de arquitetura Ad quadratum Arquitectos.

Indicadas para o tratamento de diferentes patologias, nomeadamente: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2, Dislipidemias, Dispepsia, Duodenites, Colecistites crónicas, Disquinésia biliar, Obstipação, Cólon irritável ou Colite funcional, Lombalgia, Artralgia, Rinite alérgica, Sinusite, Faringite crónica e Bronquite crónica; as Termas de Melgaço dispõem ainda de uma oferta complementar aos tratamentos clássicos, focados numa vertente de bem-estar, estética, beleza e relaxamento.

 

[Fotografia: Termas de Melgaço / Direitos Reservados]

 

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