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Monção

Monção/Incêndios: Ministro do Planeamento garante que Governo está empenhado em ajudar vítimas

20 Outubro, 2017 - 00:15

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O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, esteve esta quinta-feira em Monção para uma reunião de trabalho, realizada no Arquivo Municipal, destinada a avaliar as consequências dos incêndios […]

O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, esteve esta quinta-feira em Monção para uma reunião de trabalho, realizada no Arquivo Municipal, destinada a avaliar as consequências dos incêndios do último fim de semana e os prejuízos materiais resultantes para as populações locais e património público.
Augusto Domingues, presidente da Câmara que se despede do cargo no próximo sábado, entregou ao governante o levantamento das ocorrências registadas no concelho, solicitando-lhe celeridade nos processos e rapidez no apoio às vítimas. Chamou ainda a atenção para a necessidade de trabalhos de limpeza e sustentabilidade das terras.
No final, Pedro Marques referiu que estas reuniões de trabalho servem para auscultar as preocupações e prioridades locais, reforçando a ideia, deixada ontem pelo Diretor Regional da Agricultura do Norte, Manuel Sousa Cardoso, que o governo está atento e empenhado na resolução deste flagelo junto das populações mais atingidas.
Ressalvou que todos os instrumentos, inclusive orçamentais, estão em cima da mesa, referindo ainda que é preciso começar a preparar as condições de recuperação das habitações ardidas através de mecanismos simplificados de licenciamento.
No balanço provisório, o concelho de Monção teve uma área ardida de 4300 hectares, tendo sido atingidas 20 das 33 freguesias (antiga denominação administrativa) durante o período crítico de incêndios que teve início na noite de sábado e terminou na manhã de segunda-feira.
Além de animais mortos e alfaias agrícolas destruídas, contabilizaram-se 5 casas de primeira habitação ardidas mais um anexo com recheio de habitação, 28 edifícios devolutos, 51 anexos de apoio à agricultura e algumas empresas dedicadas à transformação de madeira e de pedra. Foram afetados 15 postos de trabalho que, conforme adiantou Pedro Marques, podem ser salvaguardados recorrendo-se ao “lay-off”.

 

Sede do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita totalmente destruída

 

A antiga escola primária de Barbeita, atual sede do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita, ficou completamente destruída no interior, originando avultados prejuízos para aquela coletividade cultural que, todos os anos, realiza o “Folk Monção – O Mundo a Dançar”.
A propagação assustadora dos incêndios obrigou à evacuação de 42 utentes do lar de Barbeita e 21 utentes do lar de Merufe. Passaram a noite de domingo para segunda-feira no pavilhão desportivo da vila, tendo regressado a “casa” na segunda-feira após “luz verde” das autoridades.
De registar ainda 48 evacuações de habitações dispersas, 25 feridos ligeiros assistidos no Centro de Saúde de Monção e 3 feridos ligeiros enviados para o Hospital de Viana do Castelo. Referência ainda para inúmeras assistências das equipas do INEM aos bombeiros e civis por irritação ocular devido à constante exposição ao fumo.

 

Líder parlamentar do PS garante que nenhuma vítima ficará sem ajuda

 

O líder parlamentar do PS, Carlos César, garantiu esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, que nenhuma vítima dos incêndios ficará sem ajuda e prometeu o contributo socialista numa reforma intensa do sistema de Proteção Civil.  O também presidente do PS mostrou-se satisfeito com a confluência da Presidência da República e do Governo no “novo ciclo na abordagens deste temas” e sublinhou as palavras do primeiro-ministro, que reiterou a necessidade de nada ficar como dantes. “O PS tem dado contribuições, continuará a fazê-lo para que sejam tomadas medidas para este novo ciclo de maior confiança e alívio dos portugueses perante a repetição de situações desta natureza”, afirmou. No entanto, sublinhou que as medidas de médio e longo prazo, que se vão tomar no Conselho de Ministros extraordinário de sábado, só fazem sentido se se olhar para quem tudo perdeu. “Sabemos de pessoas que perderam a sua terra, o seu sustento, conhecemos famílias que foram decepadas e milhares de pessoas que perderam as suas memórias, o Governo  terá que ter uma atenção muito grande para que estas famílias, estas pessoas e as empresas que despareceram sejam reabilitadas e ressarcidas”, defendeu.

O socialista, que falava antes da reunião semanal do Grupo Parlamentar, regozijou-se ainda com a escolha do primeiro-ministro para a Administração Interna, Eduardo Cabrita, uma “personalidade profundamente conhecedora da administração pública e do país, e com um curriculum que lhe permitirá desempenhar essas funções com a eficiência necessária”. Salientou ainda o facto de o ministro, que vai ser empossado sábado, ser conhecedor dos dossiers. “Acresce que, tratando-se de uma escolha de alguém que já está dentro do Governo, permite também que todo o trabalho que tem sido feito nestes últimos meses de preparação de medidas no âmbito da reforma global do sistema de Proteção Civil seja plenamente aproveitado por essa experiência e por essa participação de Eduardo Cabrita nestes trabalhos preparatórios da resolução que será aprovada no Conselho de Ministros”, sustentou.

 

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