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Monção

Monção: CDS-PP quer repor verdade sobre Pimenta de Castro

15 Abril, 2015 - 08:47

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História traçou um perfil ditador ao general de Monção. CDS considera que isso não corresponde à verdade.

O CDS-PP Monção quer corrigir aquilo que considera alguns erros à volta da personalidade de Joaquim Pimenta de Castro. Nascido em Monção, a 5 de Novembro de 1846, Pimenta de Castro foi um General que chegou a Chefe de Governo em 1915. Nos últimos cem anos, a história traçou-lhe uma personalidade intolerante. Foi deposto por um movimento militar liderado por Álvaro de Castro. Na última reunião do Executivo Municipal de Monção, o vereador Abel Batista defendeu que Pimenta de Castro nunca foi um ditador. “Ele foi Presidente do Ministério [Chefe de Governo] durante um período bastante curto. Isto para tentar, muito rapidamente, acabar com uma situação de ilegalidade que estava a acontecer no país. As eleições deveriam ter ocorrido, mas acabaram por não realizar-se. Os partidos não se entendiam, a Assembleia Legislativa não se demitia e havia um conjunto de procedimentos a fazer. Ele, sendo um general, foi indicado para fazer as alterações necessárias. Teve, por isso, de ser uma pessoa bastante firme durante algum tempo. Isso incomodou alguns setores, nomeadamente o de Afonso Costa que acabou por acusá-lo de ter sido um ditador”, recordou o autarca.
Abel Batista alertou para a necessidade de ser reposta a verdade sobre esta figura histórica monçanense. “Ficaria bem a Monção a realização de uma sessão pública evocativa de Pimenta de Castro. Perante a controvérsia da própria figura deste general, deveríamos trazer aqui alguns estudiosos para repor a verdade”, defendeu o vereador.
Na resposta ao autarca centrista, o presidente da Câmara de Monção aplaudiu a ideia. Augusto Domingues apontou para o mês de Outubro a possibilidade de realizar-se esta sessão. “Acho bastante interessante e pertinente, com o apoio da Universidade do Minho, fazermos a evocação de Pimenta de Castro no Cine Teatro João Verde”, referiu o edil socialista.
Pimenta de Castro chegou a escrever um livro em sua defesa pessoal, intitulado “A Afrontosa Dictadura”. Durante toda a sua vida exerceu vários cargos administrativos e recebeu vários títulos militares. Faleceu em 1918, em Lisboa, com 71 anos de idade.

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