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Monção: Barbosa promete Orçamento Municipal “virado para os pobres”

22 Novembro, 2017 - 02:10

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O presidente da Câmara Municipal de Monção garante que o próximo Orçamento Municipal será “virado para os pobres”. O anúncio foi feito no passado domingo, precisamente no Dia Mundial dos […]

O presidente da Câmara Municipal de Monção garante que o próximo Orçamento Municipal será “virado para os pobres”. O anúncio foi feito no passado domingo, precisamente no Dia Mundial dos Pobres, enquanto discursava na inauguração da requalificação do adro da Igreja Paroquial de Tangil.

Os números ainda não são conhecidos. Para já, à porta fechada, a maioria social-democrata e a oposição socialista estarão a debater e a trocar ideias na elaboração do documento. “Este Orçamento vai dar já um sinal forte nessa área com a recuperação de casas de pessoas sem capacidade financeira, para que possamos dar condições mínimas de habitabilidade a quem não as tem”, sublinhou António Barbosa sem adiantar mais pormenores mas que deixou bem patente, na última reunião do Executivo Municipal, a política que irá seguir. “Para mim, um cêntimo é um cêntimo”, sublinhou perante um auditório do Centro Cultural do Vale do Mouro à pinha. O documento deverá subir muito em breve à mesa do Executivo Municipal.

 

Frio nos números – Dois orçamentos chumbados

 

Tido como muito sorridente, António Barbosa depressa perde o sorriso quando se fala de números sérios. Enquanto vereador da oposição, nunca levou calculadora para as reuniões de Câmara. Mostrou músculo no cálculo mental proveniente da área profissional ligada às finanças. Chumbou dois orçamentos socialistas sem apelo nem agravo [em 2013 e 2015]. Na retina ainda está bem presente aquela reunião do Executivo Municipal em dezembro de 2015. O voto contra dos social-democratas foi essencialmente justificado pela insatisfação relativamente à transferência de verbas para as freguesias. Os números do PS propunham cerca de 1 milhão e 300 mil euros. O PSD reivindicava 1 milhão e 500 mil euros. Após acesa negociação, o presidente da Câmara, Augusto Domingues, chegou mesmo a fazer à vereação ‘laranja’ uma contra-proposta: subir aquele valor para 1 milhão e 425 mil euros. O PSD não aceitou e votou contra o documento. O PSD classificou-o mesmo como um “orçamento pobre” e de “um executivo sem ideias”.

Barbosa não perdoava. O fogo da direita quase não deixava o PS respirar. “Este Executivo não é mais do que a continuação de 16 anos de governação socialista. Isto é uma amostra de que o poder perpetuado dá nisto. Dá no amorfo. As ideias são sempre as mesmas”. O autarca insistiu no aumento da transferência de verbas para as juntas de freguesia. Como critérios de distribuição, o PSD propôs que população e área da freguesia tivessem igual relevância neste campo. António Barbosa lançou para a mesa o valor de 1 milhão e 500 mil euros. As cifras do orçamento mostravam 200 mil euros abaixo do que era pedido pelos social-democratas. O dirigente ‘laranja’ deixou desde logo claro que, se esse valor não fosse corrigido, o PSD iria votar contra.

A governar em minoria, os socialistas não tiveram hipótese. Volvido um mês foi apresentado novo Orçamento. O PSD absteve-se perante os números que vinham reivindicando – 1 milhão e 500 mil euros. Essa foi, conforme explicou presidente da Câmara na altura, uma das principais mudanças no documento. “Na discussão anterior já nos tínhamos aproximado. [Em dezembro] o valor apresentado foi 1 milhão e 375 mil euros. Foi depois elevado para 1 milhão e 425 mil euros. O PSD entendeu que deveria ir até 1 milhão e 500 mil euros. Depois de termos dialogado, entendemos chegar até esse valor”, disse Augusto Domingues. 

Passaram-se dois anos desde este episódio. Agora é a vez de António Barbosa apresentar o primeiro Orçamento Municipal. Governa com maioria e, por isso, com vida mais facilitada. Mas o líder da oposição, Augusto Domingues, fez questão de deixar o ‘aviso à navegação’ logo na primeira reunião de Câmara: “Se na gestão deste Município houver rigor e imparcialidade, deixaremos de ser opositores puros e até passaremos a colaboradores”, assegurou. No entanto, “se assim não for, adotaremos a forma mais complicada que é uma oposição incómoda”.

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