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Monção: Barbosa absoluto faz História e devolve Câmara ao PSD

2 Outubro, 2017 - 03:39

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António Barbosa é o novo presidente da Câmara Municipal de Monção. O candidato pelo PSD venceu as eleições autárquicas deste domingo com 47% dos votos. Uma viragem histórica de Monção […]

António Barbosa é o novo presidente da Câmara Municipal de Monção. O candidato pelo PSD venceu as eleições autárquicas deste domingo com 47% dos votos. Uma viragem histórica de Monção à direita, que acontece precisamente 20 anos depois do PSD ter perdido a Câmara para o PS, na altura liderado por José Emílio Moreira.

Em 2013, recorde-se, Barbosa perdeu esta batalha apenas por três votos. O PS, comandado por Augusto Domingues, saiu vencedor mas perdeu a maioria. Este ‘duelo’ de gigantes voltou a repetir-se este ano e os números foram bem diferentes. O candidato da direita triunfou e com uma diferença bem superior aos badalados três votos de há quatro anos. Em termos mais precisos, o PSD somou 5.774 votos para a Câmara Municipal. O PS, segunda força política mais votada, totalizou 5.282 votos.

António Barbosa: “Monção mostrou que sabe escolher! Soube dizer que quer mudar!”

O CDS-PP, que em 2013 tinha conseguido colocar um vereador e ‘estragar’ a maioria aos socialistas (17,7% dos votos), não conseguiu a mesma proeza nestas eleições. Os centristas desiludem e caíram para os 4,9%. O novo Executivo Municipal de Monção passa desta forma a estar novamente bipolarizado. O PSD coloca quatro elementos. Os socialistas, agora oposição, encaixam três vereadores. “Quero em primeiro lugar deixar o meu agradecimento muito especial a todos aqueles que me têm acompanhado estes anos. A todos os que acreditaram no projeto e que têm estado comigo. São para eles as minhas primeiras palavras e para a minha família, como é evidente”, disse o novo presidente da Câmara de Monção em direto para a Rádio Vale do Minho durante a grande noite eleitoral deste domingo.

Visivelmente emocionado, António Barbosa mostrou-se incansável no agradecimento aos eleitores. “Monção mostrou que sabe escolher! Soube dizer que quer mudar! E aquilo que vamos fazer agora, a partir do dia da tomada de posse, é trabalhar e dar um novo rumo a Monção”, assegurou o recém-eleito edil monçanense.

 

Rangel acertou ‘na mouche’

 

“António Barbosa vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD depois de ser presidente da Câmara de Monção”. As palavras foram proferidas por Paulo Rangel, eurodeputado social-democrata, em dezembro do ano passado. No imediato, esta equação foi batizada de «Profecia de Rangel». Concretizou-se. Pelo menos uma das partes. O futuro falará quanto ao resto.

No passado mês de junho, durante a cerimónia da apresentação da candidatura do PSD monçanense, o presidente da Câmara dos Arcos de Valdevez também profetizou. As palavras tiveram impacto e chegaram mesmo a irritar a trincheira socialista. “Hoje, nesta praça, com a força de António Barbosa e com a vossa força só me recordo de uma personagem de Monção. Recordo-me de Deu-la-Deu Martins”, disse João Esteves. Esta foi, recorde-se, a heroína que libertou Monção do cerco dos castelhanos durante as guerras fernandinas, no século XIV. “Salvou Monção do cerco! Salvou Monção da fome! Salvou Monção da derrota! E é isso que António Barbosa vai fazer! Também vai salvar Monção”. Vitória profetizada. Vitória concretizada.

 

PS deixa o aviso: “Perdemos mas não caímos”

 

Do lado dos socialistas, a desilusão e o silêncio. À Rádio Vale do Minho, o coordenador da concelhia optou apenas por deixar ficar um aviso ao poder social-democrata. “Perdemos mas não caímos”, garantiu Manuel José Oliveira sem prestar mais declarações.

Augusto Domingues: “Outros atores se seguirão e eu cá estarei para lhes tramitar a minha experiência. Assim eles a aceitem porque Monção, está acima de tudo.”

Já o candidato socialista à Câmara Municipal deixou ao final da noite uma mensagem nas redes sociais. “O povo decidiu está decidido. Temos que respeitar a decisão. Não é só quando nos serve que é boa. Ela é soberana. Foram vinte anos de dedicação à terra que amo. Assim ela continue a desenvolver. Porque mais importante que as quezílias políticas estão as pessoas e o seu bem estar”, escreveu Augusto Domingues. “Agradeço do fundo do coração a toda a gente que colaborou comigo. Na câmara, no partido e na comunidade. Outros atores se seguirão e eu cá estarei para lhes tramitar a minha experiência. Assim eles a aceitem porque Monção, está acima de tudo…”, frisou o líder dos socialistas que desta vez ficaram-se pelos 43% dos votos.

De referir que a CDU, liderada por Amélia Barbeitos, não foi além de 1% na preferência do eleitorado. A Taxa de Abstenção foi de 40%.

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