“Celebramos uma organização servida por milhares de homens e mulheres de Melgaço, ou não, que ao longo dos séculos e até hoje souberam interpretar o espírito fundador e sempre revisitado de apoio aos menos favorecidos”. Foi desta forma que o presidente da Câmara iniciou este domingo o discurso de felicitação à Santa Casa da Misericórdia do concelho no arranque das celebrações dos 500 anos de vida desta instituição. “O tempo é de celebrar. Mas o tempo de celebrar é também de pensar e ousar. Num passado recente, soubemos criar novas respostas sociais. Mais adaptadas às necessidades das populações”, lembrou Manoel Batista. “Soubemos destinar envelopes financeiros importantes quer para a construção física dos equipamentos, quer para a gestão das referidas respostas. Soubemos alargar o número de instituições e o seu perfil tornou-se muito mais eclético”. Neste cenário, o edil melgacense congratulou-se perante um concelho com “um setor social forte de grande relevância para as economias local e nacional”.
Manoel Batista: “Soubemos alargar o número de instituições e o seu perfil tornou-se muito mais eclético.”
Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, marcou também presença nesta cerimónia de abertura. “As misericórdias têm origem neste continente europeu mas Portugal teve um papel muito relevante na sua difusão, na sua consolidação, no seu aprofundamento e na sua divulgação”, sublinhou o antigo Primeiro-Ministro. “São um baluarte extraordinário na sociedade portuguesa e cumpre fazer-lhes essa homenagem”, acrescentou Santana Lopes que, já aos microfones da Rádio Vale do Minho, considerou que a Santa Casa da Misericórdia de Melgaço “é uma instituição de referência! Muito importante! Apresenta uma obra notável tal como outras misericórdias do país e por isso aqui estou”.
Pedro Santana Lopes: “A Santa Casa da Misericórdia de Melgaço é uma instituição de referência! Muito importante!”
Pleno de contentamento, o provedor da Santa Casa da Misericórdia congratula-se com o “papel muito importante que a instituição tem tido nas respostas sociais que vão desde a infância à terceira idade”. No entanto, apontou Jorge Ribeiro, esse papel já se estende também à preservação do património. Em números, a Santa Casa da Misericórdia de Melgaço apresenta hoje várias valências: creche, jardim-de-infância, ATL, apoio domiciliário, centro de dia, dois lares e a RLIS. Em números totais, a infância regista cerca de 150 utentes. Ao nível da terceira idade, são cerca de 200 utentes.
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