O presidente da Câmara de Melgaço faz um balanço positivo das ações de sensibilização sobre limpeza de terrenos que têm vindo a ser efetuadas nas várias freguesias do concelho. A iniciativa, recorde-se, debruça-se essencialmente sobre a obrigatoriedade da limpeza dos terrenos em redor das habitações, estaleiros, armazéns e outras edificações, inseridas nos espaços rurais. “O feedback que tenho é que estas sessões têm corrido muito bem. Têm tido uma excelente adesão por parte das pessoas que se mostram preocupadas e interessadas em perceber quais as exigências da legislação”, disse Manoel Batista à Rádio Vale do Minho. “A Câmara também está preocupada em encontrar soluções para aquela que será a sua competência a partir de 15 de março”, acrescentou.
Manoel Batista: “Não conseguiremos fazer em seis meses aquilo que em 40 anos não fomos capazes de fazer.”
No entanto, o presidente da Câmara foi firme e direto aos microfones da Rádio Vale do Minho sobre esta matéria. “Não conseguiremos fazer em seis meses aquilo que em 40 anos não fomos capazes de fazer”, atirou. “É um bocadinho utópico pensar que vamos disciplinar a nossa floresta neste período entre os incêndios de outubro e aquela que será a nova época de incêndios que começa a 15 de maio”, disse.
Manoel Batista: “Temos de agarrar este desafio de prevenir mas temos claramente de ser também capazes de pensar a floresta de forma mais cuidada e estruturada.”
Manoel Batista descarta qualquer pessimismo ao assumir esta opinião. “Estou a ser realista em relação aquele que é o desafio que os municípios têm. Que as pessoas têm!”, disse. “Temos de agarrar este desafio de prevenir mas temos claramente de ser também capazes de pensar a floresta de forma mais cuidada e estruturada”, defende o presidente da Câmara de Melgaço. Para o edil, a floresta deve ser abordada como um “recurso económico importante” no sentido de que “não precisemos de andar, de forma reiterada, todos os anos desesperadamente a fazer este tipo de intervenções”.
Estas sessões de sensibilização estão a ser desenvolvidas pelas juntas de freguesia de Melgaço, em colaboração com a Câmara Municipal e o Núcleo de Proteção Ambiental da GNR.
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