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Monção

Manifestação contra linha de alta tensão em Santiago: Monçanenses admitem iniciativa idêntica do lado de cá

9 Janeiro, 2014 - 09:56

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O objetivo é travar a construção desta linha nestes moldes. Carlos Eça, da União de Freguesias de Messegães, Valadares e Sá, assegura que há alternativas, desde logo enterrar a linha ou subdividi-la.

Cerca de meia centena de monçanenses vai participar na manifestação de protesto, agendada para esta manhã, em Santiago de Compostela, contra a construção de uma linha de alta tensão em território galego, a 400 KV, entre Fontefria e a fronteira portuguesa.

A acompanhar esta deslocação, a RVM esteve à conversa com Carlos Eça, da União de Freguesias de Messegães, Valadares e Sá, e um dos impulsionadores desta deslocação de representantes da Câmara e de juntas de freguesias de Monção.

Sublinhando que todo este processo foi elaborado “nas costas dos monçanenses”, o autarca diz-se surpreendido por ser colocada “em cima das nossas cabeças uma linha de alta tensão e não ser dada infrmação”.

Se na última manifestação, o concelho de Arbo, Galiza, recebeu 600 pessoas, Carlos Eça acredita que este protesto tenha uma maior dimensão.

Realça que a participação de Monção pretende demonstrar solidariedade para com os galegos, para depois quando se programar uma iniciativa idêntica do lado português também contar com o apoio deles.

O objetivo é travar a construção desta linha nestes moldes. Este presidente de junta assegura que há alternativas, desde logo enterrar a linha ou subdividi-la.

Relativamente à posição da Câmara de Monção neste processo, o autarca diz que teve uma reação e não ação, após ser alertada pelas freguesias.

Os participantes neste protesto, promovido pela associação de afetados da linha de alta tensão do país vizinho, deslocam-se até à capital galega em diversos autocarros que saem do pavilhão multiusos de Arbo.

Chegados ao destino, 11h00 (hora espanhola), vão percorrer várias ruas do centro histórico, concentrando-se na Praza do Obradoiro, junto à catedral.

A RVM sabe que o protesto vai simular um enterro da saúde das pessoas, “subjugada aos interesses económicos das grandes empresas de energia”.

Este projeto, da responsabilidade da Red Electrica Espanhola, como o projeto pensado para o território nacional, da responsabilidade da Rede Elétrica Nacional (REN), encontra-se, até 13 de fevereiro, em fase de consulta pública do estudo de impacto ambiental, podendo ser consultado nos municípios abrangidos.

Em Portugal, o projeto de alta tensão atravessa os concelhos de Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez, Valença, Monção e Melgaço.

No concelho de Monção, o projeto abrange as freguesias de Riba de Mouro, Tangil, Merufe, Portela, Abedim, União das Freguesias de Messegães, Valadares e Sá, União das Freguesias de Ceivães e Badim e União das Freguesias de Anhões e Luzio.

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