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Melgaço

Juntas de Melgaço contra reforma do território recorrem a Supremo Tribunal Administrativo

29 Maio, 2013 - 08:42

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As dez Juntas de Freguesia abrangidas pela reforma administrativa do território no concelho de Melgaço interpuseram, junto do Supremo Tribunal Administrativo (STA), uma ação para tentar impugnar aquele processo, disse o porta-voz destes autarcas.

As dez Juntas de Freguesia abrangidas pela reforma administrativa do território no concelho de Melgaço interpuseram, junto do Supremo Tribunal Administrativo (STA), uma ação para tentar impugnar aquele processo, disse o porta-voz destes autarcas.

A contestação, explicou o autarca Maximiano Gonçalves, deu entrada na sexta-feira, naquele tribunal, sob a forma de uma ação administrativa especial “contra a Assembleia da República Portuguesa”, por ter aprovado, em janeiro deste ano, o novo mapa do concelho de Melgaço.

Entre outras pretensões, estas dez Juntas de Freguesia abrangidas pela reforma pedem que seja declarada a nulidade do ato administrativo ou a inconstitucionalidade da sua aplicação.

“A ação chama, também, a atenção para o modo chocantemente diferente em como estas freguesias foram tratadas relativamente à reorganização administrativa das freguesias de Lisboa, o que parece violar o princípio de igualdade de tratamento que é devido pelo Estado português a todas as freguesias do país”, sublinhou à Lusa o porta-voz destes autarcas de Melgaço e presidente da Junta de Freguesia de Prado.

Apontam ainda “inconvenientes para as populações” resultantes da extinção dos respetivos órgãos e recordam que estas freguesias “jamais se pronunciaram sobre a alteração das suas fronteiras territoriais nem sobre a agregação ou associação com outras freguesias”.

Na proposta enviada em 2012 à Assembleia da República pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) foi indicada a redução das atuais 18 freguesias do concelho de Melgaço para 13, envolvendo dez agregações.

Com menos cinco Juntas, do novo mapa autárquico de Melgaço constam a União das Freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro, a União das Freguesias de Parada do Monte e Cubalhão e a União das Freguesias de Chaviães e Paços. Ainda a União das Freguesias de Prado e Remoães e a União das Freguesias da Vila (Melgaço) e Roussas.

Como exemplo, o porta-voz destes autarcas aponta a agregação de duas das mais extensas, isoladas e envelhecidas freguesias do concelho, Lamas de Mouro e Castro Laboreiro, em plena área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo esta última a receber a sede do novo órgão.

“Em Lamas de Mouro o atual presidente da Junta tem 55 ex-emigrantes em França que a cada seis meses têm de lhe pedir uma declaração como prova de vida para continuarem a receber a reforma daquele país. São idosos que vão passar a ter de fazer uma viagem de oito quilómetros, até à sede, em Castro Laboreiro, para tratarem deste tipo de coisas”, criticou Maximiano Gonçalves.

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