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Vila Nova de Cerveira

Fundação: Bienal de Cerveira reúne-se com secretário de Estado da Administração Pública

21 Agosto, 2012 - 15:51

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O presidente do conselho de administração da Fundação Bienal de Arte de Cerveira revelou hoje que se vai reunir na quarta-feira com o secretário de Estado da Administração Pública por causa da avaliação negativa atribuída pelo Governo.

O presidente do conselho de administração da Fundação Bienal de Arte de Cerveira revelou hoje que se vai reunir na quarta-feira com o secretário de Estado da Administração Pública por causa da avaliação negativa atribuída pelo Governo.

O encontro entre José Manuel Carpinteira, que também preside à Câmara de Vila Nova de Cerveira, e o governante Hélder Rosalino está prevista para as 17:00, em Lisboa, e foi agendado na sequência do relatório de avaliação a dezenas de fundações portuguesas, entre as quais aquela instituição, que recebeu 33,5 pontos de um total de 100.

A administração garante que esta avaliação foi feita “com dados insuficientes, uma vez que apenas obteve o seu reconhecimento apenas em 2010”.

“Iniciou a sua atividade, na realidade, só em 2011. Assim, dado que a apreciação se reporta ao triénio 2008-2010, os resultados da avaliação apenas concernem a seis meses de atividade de instalação da fundação, período manifestamente insuficiente para se ter uma real fotografia da mesma”, afirmou José Manuel Carpinteira à Lusa.

O responsável acrescentou que a ficha de avaliação refere 535 pessoas no que toca ao parâmetro do número de utentes ou beneficiários da fundação.

“Não sei onde foram buscar esse número, porque são muitos mais os beneficiários”, disse.

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira recebeu cerca de 118 mil euros de apoios financeiros públicos, não diretamente do Estado, mas através da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira. Esses apoios públicos tiveram, no período em análise, um peso de 96,7 por cento do total de proveitos.

“E apesar de o Governo dizer que os administradores das fundações receberem remunerações chocantes, no caso de Cerveira os membros da administração não são remunerados nem têm senhas de presença”, afirmou José Carpinteira.

A fundação foi constituída a 18 de maio de 2009, com um património inicial de 1,3 milhões de euros, envolvendo a Câmara de Vila Nova de Cerveira, a Universidade do Minho, a Escola Superior Gallecia e várias outras entidades, empresas e particulares.

Entre os seus propósitos figuram o perpetuar das raízes e a organização da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, bem como a gestão e conservação do respetivo espólio, ou ainda o desenvolvimento do turismo cultural local e regional.

O Governo lançou no início do ano um censo obrigatório a todas as fundações e o resultado foi divulgado na quinta-feira.

Com base nesses resultados, o Governo tem até ao final do mês para decidir que fundações vão continuar a receber apoios do Estado.

A maior preocupação do executivo, assumida no relatório, é a de “reduzir o peso do chamado Estado paralelo”, mas é em 227 fundações que o Governo estima cortar por ano entre 150 milhões e 200 milhões de euros.

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