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Valença

"É inaceitável que o concelho tenha um corredor de 400m bloqueado até 2012 para a construção do TGV que não tem prazos concretos"

2 Março, 2011 - 08:42

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Insatisfeito com a indefinição do Governo de José Sócrates quanto ao avanço ou não da construção da futura linha de alta velocidade, o presidente da Câmara Municipal de Valença reitera que é "inaceitável" que o concelho fique "eternamente" com um corredor de 400 metros bloqueado para uma obra que não tem prazos concretos.

Insatisfeito com a indefinição do Governo de José Sócrates quanto ao avanço ou não da construção da futura linha de alta velocidade, o presidente da Câmara Municipal de Valença reitera que é "inaceitável" que o concelho fique "eternamente" com um corredor de 400 metros bloqueado para uma obra que não tem prazos concretos.
Jorge Mendes reagia, desta forma, ao despacho publicado, esta terça-feira, em Diário da República, em que prolonga por mais um ano as medidas preventivas para a construção do troço Braga-Valença.
O autarca social-democrata explica que esta decisão não é mais do que "acautelar eventuais posições que possam vir a ser tomadas no futuro sobre este investimento público", e que para o município tem consequências na "limitação da gestão do espaço municipal", ou seja, até 2012, "não se pode fazer nada naqueles espaço".

Jorge Mendes recorda que, na eventualidade de a obra avançar, o traçado seleccionado para a passagem do TGV por Valença é o que causa menos impactos, depois de vários encontros com responsáveis pela RAVE, concluídas na construção de um túnel na zona da Seara, e outro em Cerdal, e ainda de um viaduto na freguesia de Fontoura.

No entanto, e mediante a conjuntura económico-financeira que o país e o mundo atravessa, o autarca de Valença não acredita na execução da obra nos prazos previstos pelo Governo português, embora relembre que, o troço Braga- Valença, é prioritário para os espanhóis, "posição partilhada pelo executivo valenciano".
Por seu turno, o presidente da Câmara de Ponte de Lima também se mostra descontente com a prorrogação por mais um ano das medidas preventivas. Apesar de seleccionado o traçado com menos impactos, Vitor Mendes insiste que o concelho limiano "é o mais afectado pela passagem do comboio de alta velocidade", e por isso vai continuar a negociar com a tutela a melhoria do corredor.

Aquando do anúncio da suspensão da construção da ligação de TGV Porto-Vigo por mais dois anos, os autarcas de Valença e de Ponte de Lima exigiram de imediato o levantamento das medidas preventivas que foram impostas pelo Governo para o arranque da obra. No entanto, acaba de ser publicado em Diário da República um despacho que prolonga por mais um ano. O mesmo é dizer que os terrenos dos traçados escolhidos nestes dois concelhos para a passagem do comboio de alta velociade estão bloqueados até Janeiro de 2012.

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