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Valença

Domingues Azevedo: ‘Por vezes temos de ser ‘loucos’. Avançar com coisas que outros acham impossível’

4 Março, 2016 - 15:19

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Bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados não poupou elogios ao novo Campus da ESCE.

“Por vezes temos de ser um bocado ‘loucos’. Ter a coragem de avançar com coisas que muita gente acha que é impossível realizar”. As palavras foram deixadas esta sexta-feira pelo Bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados, a propósito do novo pólo da Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença. Ainda a cheirar a novo, aquele espaço acolheu as IV Jornadas de Contabilidade e Fiscalidade e mereceu inúmeros elogios por parte de Domingues Azevedo, sobretudo dirigidos à Câmara de Valença e ao Conselho Diretivo da Escola. “Nós hoje estamos numa realidade diferente. Eu sou do tempo em que só estudava quem tinha dinheiro. Mesmo que houvesse uma pessoa muito inteligente numa família pobre, não tinha condições de estudar. Eu mesmo estudei trabalhando de dia e estudando de noite porque os meus pais não tinham dinheiro para pagar-me os estudos”, lembrou o Bastonário. “Esta aproximação do ensino às populações e esta possibilidade dos jovens, independentemente da sua origem familiar, terem acesso ao ensino é uma mudança radical no conceito que temos na forma de dar o ensino”, considerou. “Quando o ensino procura as pessoas no local onde elas estão, está a preparar uma sociedade melhor”, continuou. “O conceito de que o ensino é uma ‘coisa’ lá muito distante numas escadarias da Universidade de Coimbra tem de ser ultrapassado. Aqueles que vivem em Valença, aqueles que vivem em Monção e nestas regiões não podem ter um estatuto de proscritos. Que não têm direito a nada a não ser respirar o ar para continuar a viver”, defendeu.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Valença mostrou-se obviamente muito orgulhoso pela obra conseguida. Um Campus onde foram investidos sete milhões de euros, com apoio em 85% de fundos comunitários. No seu discurso, Jorge Mendes aproveitou para enviar alguns ‘recados’. “Se não fosse a União Europeia, não existiam estas instalações”, atirou edil valenciano. “Num tempo em que estamos a questionar sempre a Europa, deveríamos refletir um pouco mais antes de falar. Sobretudo pessoas que têm responsabilidades políticas em Portugal e por essa Europa fora”.
De olhos postos no futuro, Jorge Mendes regozija-se com um espaço “onde podemos dar lugar a eventos que até agora não podíamos realizar. Não só no âmbito das conferências e seminários, mas também espetáculos musicais e teatro”, disse. “Para além da programação científica e académica, este espaço terá também uma programação cultural que será da responsabilidade da Câmara Municipal”, adiantou.
De referir que a Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) é uma unidade orgânica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, cujo edifício principal está localizado no centro urbano de Valença.
A ESCE disponibiliza uma oferta formativa variada aos níveis de graduação e pós-graduação e, também, de especialização tecnológica. Paralelamente a estas atividades formativas, a ESCE tem-se ainda destacado na organização regular de conferências, seminários, exposições e outros eventos e atividades de disseminação de conhecimento, contribuindo assim para o enriquecimento cultural e cívico dos seus alunos, bem como da comunidade envolvente.

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