“Se conseguirmos cumprir, se conseguirmos – como estou certa – transformar Portugal tornando-o mais coeso, se conseguirmos ter uma voz mais dura na Europa como tivemos neste Orçamento [do Estado], se formos capazes de transformar os vários serviços do Estado nós iremos apresentar-nos às próximas eleições Autárquicas com redobrada credibilidade”. A mensagem foi deixada este sábado pela Secretária Geral Adjunta do PS, na cerimónia de encerramento do XVII Congresso da Federação Distrital do partido. O evento, recorde-se, teve lugar em Monção e a vila ‘berço do Alvarinho’ teve direito a palavras especiais de Ana Catarina Mendes. “E porque estamos em Monção, quero saudar a nossa Vice-Presidente [Conceição Soares], pedindo-lhe que dê um abraço ao nosso Presidente [Augusto Domingues]. Cá estarei para, ao seu lado, fazer campanha nas próximas eleições e voltarmos a ganhar esta Câmara Municipal”, garantiu a dirigente socialista. As palavras, naturalmente, arrancaram os aplausos dos congressitas.
Ana Catarina Mendes apontou baterias à direita, mas deixou também ‘recados’ aos socialistas mais puritanos. “O PS não pode continuar a ficar fechado sobre si próprio. Temos hoje a formação de um Governo do qual muitos socialistas duvidaram. Duvidaram que fosse possível rebentar muros à esquerda e fazer Governo com o apoio dos partidos mais à esquerda parlamentar”, apontou. “Muitos socialistas duvidaram que fosse possível aprovar este Orçamento do Estado em que, pela primeira vez, a esquerda votou a favor. Nunca tinha acontecido. E isto acontece por uma simples razão: falta na Europa e tem faltado no país liderança, sentido de Estado, sentido de compromisso, sentido de diálogo e sentir o que as populações querem. E aí, caros camaradas, temos um grande Secretário-Geral à frente do PS e um grande Primeiro-Ministro que soube fazer a leitura correta das eleições do último mês de outubro”, considerou a Secretária Geral Adjunta.
Em jeito de balanço dos primeiros 100 dias de Governo de António Costa, a dirigente socialista não teve dúvidas. “Estes 100 dias de Governo mostram já que é possível ter, ao mesmo tempo, três compromissos: o compromisso com os nossos eleitores; o compromisso com os nossos parceiros que apoiam o Governo; e o compromisso com a Europa”, evidenciou.
Antes do ‘ponto final’, o presidente da mesa deste congresso, José Manuel Carpinteira, deu as tradicionais vivas ao próximo. Deverá ter lugar em 2018. A reunião socialista encerrou ao som do hino nacional.
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