Depois de conhecida a deliberação negativa do Tribunal Constitucional ao recurso contencioso interposto pelo PSD de Monção, Augusto Domingues, eleito presidente da Câmara de Monção, vai iniciar contactos com a oposição, durante a próxima semana, com vista a uma coligação, “de forma a idealizar uma equipa maioritária”.
Contrariando o que disse na noite eleitoral, “a quente”, de que a estratégia poderia ser uma governação sozinho, Augusto Domingues não tem dúvidas de que “o melhor” é um entendimento para se concretizar uma gestão “tranquila e duradoura”.
O socialista admite ser “doloroso” perder por uma diferença de três votos, mas acredita que “as cabeças se vão esfriar, porque o mais importante é os monçanenses e Monção”.
Com três vereadores eleitos para PS e outros três para PSD, a chave para um entendimento pode estar nas mãos do CDS-PP que conseguiu eleger um vereador, concretamente Abel Batista.
Augusto Domingues diz que vai encetar negociações porque encara como “uma boa hipótese”, assegurando a existência de laços de amizade.
Colocando a hipótese de não aceitação de coligação por parte da oposição, Augusto Domingues diz que lhe resta governar “mediante as circunstâncias”, mas assegura: “A história ensina-nos: quem não colabora, é penalizado eleitoralmente”.
O socialista refere-se ao passado na comunidade monçanense, em que não existindo coligações possíveis, “um a dois anos depois”, a população foi chamadas às urnas, e penalizando quem não colaborava.
Governar só com acordos pontuais no executivo é a última estratégia a seguir. “Se estiverem sempre a boicotar e votar contra, não é positivo no futuro, mas não se vai chegar a esse ponto.
A tomada de posse de Augusto Domingues no executivo monçanense deve acontecer a 21 ou 22 deste mês.
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