Sob pena de a validade da convenção atribuída pela ARS-Norte à Santa Casa da Misericórdia de Monção caducar, a construção do projeto que previa um centro de hemodiálise e serviços de radiologia e fisioterapia já está no terreno, mas surgem agora algumas incertezas se a obra vai mesmo acolher a hemodiálise.
Há dois fatores que podem inviabilizar a concretização desta intenção que já vem desde 2004, pelas mãos do antigo provedor. Por um lado, a atribuição da convenção necessária, que agora pertence aos grandes grupos económicos e não à ARS-Norte, e por outro, avaliar se o número de utentes justifica uma clínica destas.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia monçanense, o padre Agostinho Afonso, explica que a convenção para a hemodiálise foi dada há alguns anos atrás, mas que poderá já ter ultrapassado o prazo concedido. A questão já foi colocada à ARS-Norte, mas ainda não obtiveram resposta.
Contudo, a ideia ainda não foi colocada de parte.
Mesmo perante esta dificuldade, a construção deste edifício com dois pisos está no terreno para estar conluída no final deste ano. No início de 2013 devem entrar em funcionamento os serviços de fisioterapia e radiologia, no piso inferior, ficando o espaço superior vazio para acolher, ou um centro de hemodiálise, ou então um plano B para outras necessidades da Santa Casa da Misericórdia de Monção.
Num orçamento inicial a rondar 1,2 milhões de euros para dotar o equipamento dos três serviços, esta incerteza no arranque da hemodiálise emagrece o montante para cerca de 800 mil euros, investimento totalmente comparticipado pela instituição monçanense, mas com a garantia de que haverá restituição do IVA, medida anunciada pelo atual Governo.
O padre Agostinho Afonso recorda que a concentração da radiologia e fisioterapia é uma mais-valia quer para utentes quer para o cofre da Santa Casa, uma vez que um dos atuais espaços é alugado.
O edifício para acolher hemodiálise, radiologia e fisioterapia da Santa Casa da Misericórdia de Monção já está a nascer junto ao Centro de Saúde local. No entanto, o piso superior pode ficar vazio, isto se a instituição não conseguir a convenção necessária para o serviço de hemodiálise, bem como o número de utentes exigidos.
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