“Aquecimento” para o fim-de- semana desportivo de 1/2 de Abril

Até poderá parecer que entramos numa de encadeamentos, iniciando com a conclusão da crónica anterior. Não se pretende tal, mas justifica-se, ao menos neste primeiro de Abril, que até inclui o Dia de Mentiras.
Então foi assim: “Ponto final por esta semana. E já todos sabem, sobejamente, que na próxima haverá esse Benfica/Porto. Pois sim, mas não será por causa dele que voltaremos, senão por tantos outros que também farão subir a adrenalina”.
Dito e feito. Ora, se não é o clássico que aqui nos traz ou não é razão suficiente, só por si, vamos ao que será matéria predominante, entre nós, para mais uns momentos de emoções a rodos ou não chegássemos ao fim-de-semana dos dérbis, os quais representam metade dos jogos nos nossos dois campeonatos, para já não falar nos dois decisivos em que intervêm, curiosamente, os dois emblemas cerveirenses.
Atendendo a que o Atlético dos Arcos recuperou a liderança na semana anterior e que se obriga a não desperdiçar pontos caseiros, nomeadamente já na recepção ao Campos, que até está bem próximo da tranquilidade, o Cerveira/Neves comporta as principais atenções e concentrações da ronda, porquanto os locais não poderão perder um ponto que seja na rota do título, mas os forasteiros despedir-se- ão dele se forem vergados a derrota no Rafael Pedreira. Outrossim, a jornada torna-se importante, nesta rota ao título, para o Lanheses, com tarefa, teoricamente, menos complicada no primeiro dos dérbis, passando à outra margem para defrontar a lanterna vermelha, Vila Fria, que, com elevado grau de probabilidade será, matematicamente, despromovida.
E para este grupo de luta acesa pela manutenção – descontando os vilafrigidenses – concorrem, num primeiro passo, Valenciano e Arcozelo, projectando ultrapassagem a Chafé e Castelense, tornando a situação altamente complicada ao grupo primeiro se não pontuam, piorando em inversão conseguida pelo par perseguido.
O Valenciano trava mais um dérbi na recepção ao Desportivo de Monção e, embora os de Deuladeu já sustentem sossego, um dérbi desta natureza é sempre uma incógnita, mas os efeitos nefastos recairão todos sobre os anfitriões, pelo que o jogo é autêntica final. Já o Arcozelo terá mais um dérbi fora do seu reduto, na deslocação ao Vitorino de Piães, um campo sempre difícil em qualquer circunstância e concretamente agora que os objectivos dos locais estarão definidos. Por banda do par perseguido, o Chafé terá tarefa complicada em mais um dérbi na capital perante o Vianense, cujos dez pontos de distância ao líder já terão repercutido efeito dissuasor, enquanto o Castelense será anfitrião de Correlhã e não pretende desperdiçar o momento para amealhar uns pontos.
Resta um Courense/Távora, com ambos sensivelmente equilibrados e sem riscos de maior, devendo o factor casa ser mais-valia para os courenses confirmarem, em definitivo, a permanência.
A divisão secundária apresenta mais três dérbis, todos envolvendo pelo menos um dos contendores na “molhada”, que é a luta pela ascensão, em ronda mais animada ainda pela folga do líder Moreira do Lima, que provocará aproximação de outros emblemas. O primeiro, seguindo mesmo a tabela, será o Ancora Praia/Ancorense, no qual manifestam interesse não só estes intervenientes e mormente o que joga na condição de forasteiro, que não diremos único interessado, mas único com possibilidade; em seguida, o Moreira/Melgacense, com importância para os de Inês Negra, mas os “canarinhos”, em casa, gostam de surpreender; por último, tanto que se realizará uma hora mais tarde que os restantes, o Raianos/Longos Vales, em dia de aniversário do clube anfitrião, que não deverá permitir o primeiro triunfo aos sanjoaninos, mantendo-os pela cauda da tabela.
Há mais dois interessados nesta pugna, concretamente o Vila Franca, que “hospedará” o Lanhelas, já sem quaisquer hipóteses, pelo que o factor casa poderá sem preponderante, e ainda o Bertiandos que tem deslocação bastante complicada até ao 15 de Agosto, onde o espera o Cardielense, habitual vencedor em seus domínio.
Fora do âmbito promoção, e por isso com expectativas reduzidas, teremos um Anais/Perre e ainda um Fachense/ Darquense, em mero cumprimento de calendário.
Em Portugal Prio inicia-se a contagem decrescente para a meta, com o arranque da segunda e decisiva volta, sob o signo da esperança para Limianos, pois joga, de novo, diante do seu público, frente ao Mirandela, o emblema que terá que ultrapassar para evitar a despromoção. Ora, se com triunfo apenas o alcança, o inverso deverá significar derrocada fatal. Além do mais, jogará, por fora, no Pedras Salgadas/ São Martinho, desejando segurança total dos forasteiros, através de triunfo, pois os transmontanos são os mais próximos na tabela. Por outro lado, Ponte da Barca tem deslocação dificílima ao líder Felgueiras e as parcas possibilidades poderão acabar hipotecadas, mormente em dependência do desfecho do Gandra/Trofense.
Na outra série, a lanterna vermelha Moncorvo, não obstante ser anfitriã de Bragança, deverá consumar a despromoção, deixando os conterrâneos praticamente aliviados, enquanto os emblemas madeirenses se digladiarão na Camacha, em jogo vital para esta equipa se deixar fugir o vizinho Caniçal. Este par vai seguir com atenção a prestação do líder Vilaverdense, que vencendo na recepção a Pedras Rubras, confirma, matematicamente, a manutenção, embora coloque o adversário à mercê dos madeirenses. Resta o Torcatense/Montalegre entre dois emblemas, por ora, mais tranquilos.
Na promoção, o líder Merelinense, enquanto anfitrião de Amarante, reúne trunfos para se manter no pedestal, afastando, definitivamente, os amarantinos, e esperando escorregão quer de Oliveirense UD, na Gafanha, onde funcionou o “chicote”, por meios digitais, quer de Marítimo B, em deslocação a Salgueiros, numa derradeira ocasião proporcionada ao conjunto de Paranhos para aspirar a promoção. Provavelmente fora deste âmbito, AD Oliveirense recebe Vildemoinhos, na expectativa dos famalicenses abandonarem a lanterna vermelha, já que poderão ultrapassar o Amarante, jogando em terreno do líder.
Iniciando o futebol profissional pela Ledman, o Aves/Santa Clara é cartaz da ronda, mormente pela confirmação de segurança dos galináceos e consequente despedida dos açorianos ou vice-versa pela aproximação do Varzim que é anfitrião do Penafiel e não poderá voltar a sofrer colapso caseiro. O líder Portimonense viaja a Vizela, a adversário em posição difícil, mas os algarvios quererão terminar o suspense o mais depressa possível, residindo ainda uma derradeira esperança na Académica em trânsito a Barcelos, para defrontar Gil Vicente, em meados da tabela, além de outros encontros mormente os que envolvem luta pela permanência, com muitas equipas ainda em situação aflitiva.
Por NOS, obviamente quem vencer o clássico da Luz ficará bem encaminhado ao título, a não ser que venham por aí castigos atrasados. Se for o Benfica, não restarão tantas dúvidas, quantas em sentido contrário ou a indecisão prolongar-se- á em caso de empate. Aguardemos, com as expectativas ainda no Sporting, em deslocação a Arouca com intuito de manter o “bronze” e com concentração ainda nos restantes lugares europeus, com realce à partida Braga/Marítimo, também ela fundamental para o quarto posto, em sintonia com o Nacional/Guimarães, pois os vitorianos têm esse lugar à mercê, mas poderão enterrar, em definitivo, os madeirenses.
Esse Nacional/Guimarães é tenebroso para os locais, pois encontram-se a um passo do abismo, jogando-se ainda partida excitante entre Tondela/Estoril, pois os anfitriões poderão cair por triunfo dos “canarinhos”, mas também estes entrarão em angústia com vitória dos caseiros, todos com ouvidos e olhos ainda no Setúbal/Moreirense, por via da situação periclitante dos Cónegos.
Entre um e outro dos grupos, três encontros pelos meados da tabela, sinónimos de relativa tranquilidade para Paços de Ferreira na deslocação a Chaves, com os transmontanos já sossegados, bem como o quarteto onde intervêm Boavista/Rio Ave e Belenenses/Feirense, com intuitos únicos de atingirem o patamar mais elevado possível ou réstias de esperança pela via europeia.
Este primeiro fim-de- semana de Abril, sem mentira, traz-nos ainda mais uma bela jornada de Futebol de Sete, integralmente na manhã de Sábado, além da presença em todos os campeonatos distritais de formação, com destaque para início da segunda fase da primeira divisão nos escalões de Juvenis e Iniciados. A mesma formação, dentre as provas nacionais, contará com o regresso dos Juniores, em ambas as divisões, com extensão aos Juvenis nas derradeiras jornadas.
O Futsal distrital terá honras de entrega de Taças a Seniores Femininos e Juniores Masculinos. No sexo feminino, atenção ao duelo limiano entre Piães e Limianos, no Monte da Ola, só podendo um ser finalista que poderá defrontar Zona Fut, já que favorita diante de Deucriste. No entanto, a Taça costuma criar surpresas e daí que em Juniores também não seja fácil antever os finalistas que sairão dos pares Ancora Praia/ Anha e do duelo barquense entre o campeão Lavradores e a Barca, da sede concelhia.
Na Sport Zone, o Belenenses/Benfica será o ais ansiado e de desfecho incerto, pois o Sporting não deverá deixar de somar a trigésima sétima vitória consecutiva na recepção ao Pinheirense, e o Braga tem condições para manter o “bronze” com a visita do Urgicentro.
Finalizamos, como norma, pelos stiques, em pausa nos campeonatos para dar lugar a oitavos da Taça, embora Porto, em Oeiras, Benfica, na Juv. Salesiana e o encontro Oliveirense/ Juv. Viana fiquem mais para o meio da semana, ficando-nos, na tarde de Sábado, por um dérbi entre Espinho e Sanjoanense e mais para a noite pelo Candelária/Barcelos, entre primodivisionários.