Antevisão à jornada de 3/4 de Maio

Para a maioria das competições de seniores, o primeiro fim-de-semana de Maio traz-nos a penúltima jornada dos campeonatos. E apesar de já haver campeão nacional da I divisão – falemos à moda doutrora, até porque voltou o habitual campeão doutras eras, não obstante estarem definidos todos os lugares europeus e apesar de já haver campeão da principal divisão distrital, sobejam motivos de interesse e expectativas em mais uma jornada recheada de emoções.
Fazendo uma escala descendente, na Zon Sagres mencionámos o trio de jogos mais importantes como sendo o Olhanense/Porto, Rio Ave/Paços de Ferreira e o Estoril/Belenenses, em função do perigo reinante no Olhanense, lanterna vermelha, com o precipício à sua mercê, não garantindo sequer uma vitória a sua salvação; ao invés, poderá mesmo confirmar a despromoção, caso o Paço de Ferreira saiba explorar o mágico pensamento dos vilacondenses em Leiria, onde a meio da semana disputam a primeira das finais das Taças e, simultaneamente, o Belenenses se não perca na Linha, num trajecto que bem conhece em razões de vizinhança.
Braga/Marítimo, por um lado, Académica/Guimarães, por outro, e ainda Arouca/Gil Vicente, num terceiro par, são encontros muito interessantes para definir pares consecutivos de lugares, respectivamente sexto, nono e décimo primeiro, com a mistura do Setúbal, no primeiro caso, com os sadinos a aplaudir o Benfica na Luz pelos seus brilharetes e quem sabe a desfrutar dum certo descanso dos guerreiros, mais vocacionados para outras finais. De modo que certeza definitiva de postos só está reservada ao jogo entre Nacional e Sporting, podendo, por isso, ser desencontrado e antecipado para o final da tarde de Sábado.
Na Cabovisão, também em penúltima jornada, concedemos destaque aos jogos Chaves/Portimonense, sobretudo a este, e Tondela/Aves, pois aqui se jogará, supostamente, para encontrar o terceiro clube que poderá lutar pela promoção na liguilha. Não está ao alcance do Tondela, mas poderá travar o adversário e poder facultá-lo a um dos intervenientes na outra partida, sendo certo que quem sair derrotado se ficará pelo sonho.
Passemos depois para a Madeira, onde poderá haver dupla festa, mas também um dissabor. Motivos antagónicos jogam-se no Marítimo B/Moreirense, com os forasteiros a poderem festejar o título, em caso de vitória, a qual poderá arrastar a queda dos locais, sendo certo que ambas as situações poderão ser adiadas. Já no União/Penafiel só poderá haver lugar a festa visitante, que ocorrerá com a vitória ou ajudas em Chaves e Tondela, mas não provocará qualquer prejuízo aos anfitriões.
Mantém-se intensa a luta para evitar a descida, com sete emblemas em apuros, além dos insulares, o já mencionado Marítimo e ainda Santa Clara, a jogar em Viseu, o Braga B a enfrentar a congénere do Porto, ainda com ligeira réstia de esperança no título, bem como dois embates terríveis entre Oliveirense/Atlético e Covilhã/Leixões, todos em apuros. Já agora que está mencionada quase toda a ronda, acrescente-se-lhe o clássico entre equipas B, no Sporting/Benfica, pontualmente empatados, podendo um superar o outro.
Ainda pelos nacionais, em seniores, o Valenciano terá um encontro nas Pedras Salgadas que poderá traçar o destino imediato ou prolongar a ansiedade. Derrota será sinónimo de despromoção imediata. Empate, não deverá ser senão um adiamento de oito dias, e mesmo uma vitória inferior a três golos será ainda insuficiente. Mesmo um triunfo robusto (por três golos de diferença) será sempre condicionado a mais duas vitória e desfecho favorável numa eliminatória. Missão quase impossível, convenhamos, mas enquanto há vida, vamos dar lugar à esperança e esta só será alicerçada se o Vilaverdense se impuser, caseiramente, ao Ninense para que este não progrida, até porque a vitória valerá apenas de consolo, mas os locais quererão ser vencedores da série, podendo ainda lá chegar Vianense ou Fafe, o vencedor, já que se defrontam ou nenhum se ambos se anularem por empate, bem como o Mirandela que joga em santa Maria, com os barcelenses já libertos de qualquer percalço.
Na série de subidas, menção a dois encontros, com epicentro no Freamunde/Guimarães B, com os “capões” garantindo praticamente a subida em caso de vitória, ficando a segunda vaga em aberto ao desfecho deste encontro, bem como ao desenrolar do Cesarense/Vizela. Cumprirão calendário, nitidamente, Boavista/Ver e Bragança/Limianos.
E apeemos nos distritais, onde na principal haverá um jogo em que os conjuntos poderão terminar irmanados na desilusão: trata-se do Darquense/Bertiandos, com os forasteiros já despromovidos e os anfitriões a seguirem o mesmo rumo, em caso de derrota, ou independentemente do resultado, se o Moreira do Lima vencer os vizinhos de Correlhã. Mas… nunca se sabe se a decisão final avançará oito dias.
De resto, um cumprir calendário com mais ou menos afectos, se bem que ninguém goste de perder. Todavia, haverá dois dérbis sempre apetecíveis como o serão sempre um Cerveira/Campos e ainda um Arcos/Ponte Barca, apesar da tranquilidade reinante entre o quarteto. Expectativa ainda num Courense/Neves, até pelos antecedentes, ou num Lanheses/Castelense, para saber se a equipa sensação garante a vice-liderança, passando ainda por Vila Fria onde se deslocará o Melgacense, em acentuada diferença pontual, concluindo no Manuel Lima com o Desportivo/Vitorino de Piães, esperando os monçanenses terminar bem melhor que o início.
Na segunda divisão, aguarda-se festa em Perre, já que uma vitória sobre o Fachense, aguardada com normalidade, garante não só a promoção senão também o título de campeão, antevendo-se que a decisão do segundo lugar transite para a ronda derradeira, já que Paçô, em Castanheira, frente à lanterna vermelha, e Vila Franca, em seu ambiente perante o Gandra, são favoritos e daí a esperada continuidade do mano a mano até final, e, curiosamente, até poderá nem haver decisão dentro do campeonato.
Tal como na divisão superior, um cumprir por cumprir calendário no Caminha/Raianos, gorado o sonho raiano, bem como no Chafé/Távora, sendo que o quarteto ainda poderá oscilar lugares entre si, e bem assim no Arcozelo/Lanhelas ou no Águias do Souto/Darquense B, com este trio último igualmente a poder alternar postos, para concluir no Moreira/Ancorense, na expectativa dos do Gadanha deixarem a série negra e poderem voltar aos pontos, reconquistando o lugar que aguentaram durante meses.
Entramos já nos apontamentos finais com a menção à final da Taça do Inatel, onde mais um conjunto Vale do Minho tentará reerguer o troféu levantado na época transacta. Citérios de organização levaram a que Longos Vales vá disputar a final da Taça após dois meses sem competição enquanto o adversário Cabaços esteve empenhado na disputa do campeonato. E a final vai ter lugar em casa do campeão, Adecas, podendo assim, a organização aproveitar para a entrega dos dois troféus.
No que concerne a formação ou pequenada, vamos deixar um abraço de consideração e muita simpatia aos mais novinhos – aos Sub 10 – cujo campeonato terminará este Sábado e que seguimos com enorme entusiasmo. Parabéns à Academia que vai chegar na frente e felicitações aos bravos catorze conjuntos, entre os quais os nossos representantes, Moreira e Cerveira. A toda esta miudagem e mais crescidinhos um pouco, ainda daremos espaço nos últimos dois fins-de-semana da época, esgotados, por assim dizer, os jogos dos maiores, cujo acompanhamento manteremos por mais duas jornadas, especialmente nas tardes de Domingo, sendo a próxima a última da época neste horário – 15h30.
É óbvio que os esperamos para saudar e informar a par e passo do ritmo e andamento dos jogos, mas permitam-nos que, neste Domingo, façamos uma saudação muito especial à minha, e à vossa – a todas as mães.