Antevisão à jornada de 12/13 de Setembro

Há períodos que são marcados por acontecimentos, circunstâncias, factos ou tarefas apropriadas. Por estes meados de Setembro, a nível geral, a política vai pontificando, terá um crescendo durante cerca de um mês e dominará um tom ambiente nem sempre do agrado universal; paralelamente, a nível nacional, embora com características regionais, surge a época das colheitas, mormente a das vindimas; outrossim, a abertura de novo ano lectivo, que acarreta peripécias várias, sendo no caso concreto de Monção tema para jocosidade e zombaria, com contornos “novelísticos” dignos para os melhores primores queirosianos. Enfim…
Mas nem política nem ensino constituirão os alvos das nossas crónicas semanais, a partir desta ocasião. Nem tão pouco as colheitas senão mesmo o seu oposto – início dos trabalhos com vista a uma colheita saborosa lá para a Primavera. Volta a mover-nos, isso sim, nova época desportiva, carregada, como normal, de emoções e ansiedades e esperançada, como sempre, em “casos” e “peripécias”. Afinal, nada que não estejamos habituados, nada que nos venha a surpreender, mas de que nunca nos sentiremos saturados. Como noutras coisas…
No início de nova época desportiva, como regra, cumpre-nos saudar todos os intervenientes, principiando naturalmente pelos ouvintes e/ou leitores, razão principal da nossa intervenção, procurando alargar o leque de actuações, comparativamente com o passado recente, prosseguindo pelos clubes, nas mais diversas modalidades e distintas faixas de competição, englobando os seus dirigentes, corpos técnicos e atletas, bem como pelas equipas de arbitragem, seus dirigentes e observadores, especialmente aos da nossa área de abrangência. A todos o desejo e vontade expressa de uma excelente época desportiva e boas prestações ao longo dos nove meses.
Uma saudação que pretendemos estender às comunidades locais e seus representantes oficiais, vulgarmente designados autarcas, bem como aos órgãos associativos/federativos que tutelam o fenómeno desportivo, e, segundo consta, todos legitimamente mandatados. Ao menos a este nível, que tutelem os eleitos!
A nível zonal, teremos que nos contentar pelas duas competições distritais de seniores, com arranque este fim-de-semana, em duas maratonas, de comprimentos diferentes, e chegada simultânea prevista para 29 de Maio.
A mais “honrada” será, obviamente, a primeira, que, comparativamente à época anterior, se vê “despojada” do Melgacense, acompanhado por Perre até à secundária, bem como do Neves, promovido após horas extra aos nacionais, mas “reforçada” por um Cerveira sempre crónico candidato ao ceptro, merecendo ainda saudação a dupla vianense, Chafé/Vila Franca, promovidos ao convívio dos grandes. Como sempre, Desportivo de Monção em crença enorme, Valenciano, em luta constante ou Courense com intenções positivas pelo melhor, aliando-se ao Arcos, ainda a pensar na “desforra” anterior ou Barca, também entusiasmado, constituem os nomes mais sonantes para uma prova que promete emoções, havendo que contar sempre com as tradicionais dificuldades colocadas por Correlhã ou Piães, mormente em seus recintos, onde também não serão fáceis de vergar Lanheses, Moreira do Lima, Vila Fria, Castelense ou Paçô, concluindo com o Campos, que tentará evitar os calafrios da prova anterior.
Ei-los, então, os dezasseis magníficos em périplo de trinta rondas, com destaque num arranque deveras tremendo para o Desportivo de Monção (seis rondas de “ou vai ou racha”), com início pelas terras de Valdevez, num duelo de titãs a merecer as honras de jogo de abertura e da ronda. Interessantes serão os restantes embates, desde logo por serem os primeiros, mas um Valenciano/Campos, pela rivalidade que sempre caracteriza este dérbi à beira Minho, o duelo das Vilas, com a Fria a “hospedar” a Franca ou o Lanheses a receber o estreante Chafé, pelas margens do Lethes, deverão ser olhados com pormenor.
De Courense e Cerveira também não se poderão inferir tarefas fáceis, pois o Moreira de Lima, em seu terreno de reduzidas dimensões, complica demasiado e os da vila das artes terão que se bater, intramuros, com um Vitorino de Piães, que acaba de sair de cabeça bem erguida da Taça! A não ser que encontre repescagem!
E para fecho de inauguração, por agora, resta um equilibrado duelo entre duas formações com boas prestações anteriores, como sejam Castelense e Paçô, em confronto à beira-mar, isto porque Barca e Correlhã só se encontrarão já mais rodados, lá para 8 de Dezembro.
A divisão secundária comporta, esta época, dúzia e meia de “cores”, pois pesem as saídas de Caminha e Águias do Souto, a quem dizemos um até breve, ou ausência dos dois promovidos em permuta com Perre e Melgacense, assinala-se o regresso do “histórico” Âncora Praia e uma estreia absoluta do “nosso” Longos Vales, a quem auguramos os maiores êxitos, bem como a “filiação” de tradicionais do Inatel, Cardielos e Anais.
No meio de tantos clubes, difícil se torna equacionar prognósticos vaticinando vencedores. No entanto e pelo que nos toca, Melgacense e Raianos pretenderão regressar ao convívio dos “grandes”, mas para o mesmo objectivo não deixarão de lutar também Perre, Darquense, Távora ou Bertiandos, que já por lá andaram, merecendo cuidados um Arcozelo que já sinalizou a intenção ou ainda um Vianense B, pese a “crise” clubística, aliás como outros, sem retirar Longos Vales, Moreira ou Castanheira.
Vamos lá então aos primeiros pontapés que, exceptuando Moreira e Anais, com início aprazado mais adiante, vão ocorrer por campos vários. Os “nossos” não viajarão na abertura, com os da terra de Inês Negra a receber Bertiandos; os estreantes nestas andanças, Longos Vales, serão “apadrinhados”, nas Caldas, pelo despromovido Perre e os Raianos, num Areal mais “alcatifado”, “hospedarão” velhos conhecidos de Darque, cabendo ao Castanheira a recepção ao ambicioso Arcozelo.
Dois duelos poderão ser algo faiscantes pelos antecedentes e proximidade: Távora/Gandra ou Vianense B/Âncora Praia, não deixando de merecer ainda destaque os embates entre Fachense/Lanhelas e a estreia do Cardielense em terras de Âncora, diante do conceituado Ancorense.
Tal como há um ano, vai já para a terceira ronda o Campeonato Nacional de Seniores, com os “nossos” Vianense e Neves pouco produtivos, com apenas um ponto em companhia do estreante Argozelo e os Limianos ainda sem amargo de derrota no grupo do trio de comandantes onde se incluem Marítimo e Vilaverdense.
Limianos/Vianense é o jogo do nosso entusiasmo, com os da capital a pretenderem dar “pontapé na crise”, enquanto o Neves tentará deixar o colega Argozelo sem companhia na retaguarda, abarcando o primeiro triunfo. Bragança/Mirandela será “prato forte” no principal duelo transmontano, enquanto os dois insulares se deslocam até ao continente, com o líder Marítimo em Pedras Salgadas, onde espera boa digestão, e o Camacha na Cruz do Reguengo, em terras de Vila Verde.
O sexto andamento da Liga segunda terá no dia de Sábado uma dúzia de partidas de alto gabarito, enquanto o quarto ritmo da principal arrancará esta noite com clássico na Luz onde os da Cruz de Cristo pretendem manter a tremedeira das “águias”, prosseguindo pela noite sabatina com o Porto a visitar o primeiro “carrasco” dos encarnados, que mora pela serra da Freita, em Arouca, não sendo também fácil a tarefa do agora “Jesuíta” Leão nas águas ainda “imaculadas” do Rio Ave, para as bandas de Vila do Conde, em final da tarde de Domingo, além de mais meia dúzia de partidas repletas de interesse e importância.
Uma pincelada final nesta abertura para uma excelente sugestão para o seu fim-de-semana – o 2º torneio Euro Cidade, com campeões de Hóquei em Patins, em Valença, a começar esta mesma noite com um OC Barcelos / Corunha, seguindo-se o Valença HC – Benfica, e prosseguindo na tarde de Sábado, com os jogos entre vencidos e vencedores.
Tudo excelentes propostas para um bom fim-de-semana em matéria desportiva. Seja bem-vindo. Desfrute.